«Fiquei imediatamente deslumbrada com Anne, esta primeira amiga, embora tenha percebido rapidamente que éramos muito diferentes. Eu tinha o hábito de me encolher, de inclinar a cabeça para o lado e de pensar no que queria dizer antes de falar. (…) Anne tinha uma pele cor de azeitona pálida e era cerca de uma cabeça mais baixa do que eu. (…) Mas o seu pequeno tamanho escondia uma grande personalidade. Era excelente a dar ideias para jogos e a liderar outras crianças. Era confiante mesmo com os adultos. Era capaz de perguntar qualquer coisa a um adulto; de facto, parecia estar sempre a fazer perguntas».
Hannah Pick-Goslar, sobrevivente do Holocausto, ficou conhecida por ter sido amiga de infância de Anne Frank. Após a deportação de Anne Frank, reencontraram-se no campo de concentração de Bergen-Belsen.
Passados oitenta anos sobre esta fase negra da nossa História, chega às livrarias A Minha Amiga Anne Frank, um livro (com tradução assinada por Maria Ferro) que conta-nos uma história da amizade. Neste depoimento profundamente tocante, a autora, falecida em 2022, aos 93 anos, mostra toda a sua admiração por Anne Frank. E, ao mesmo tempo, revela alguns detalhes dos últimos dias da adolescente que escreveu, provavelmente, o mais famoso diário da história.
Esta obra, inspirou o filme da Netflix «A Minha Melhor Amiga Anne Frank», com interpretações das actrizes Josephine Arendsen e Aiko Mila Beemsterboer.«A história de Hannah finalmente completa o que Anne não pôde concluir. É tão desoladora quanto defensora dos valores e atitudes mais importantes da vida, e precisamos da sua verdade agora mais do que nunca.» Edith Eger, autora de O que Aprendi em Auschwitz e A Bailarina de Auschwitz.
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