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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Um romance sobre a velhice, a solidão e o Holocausto


Sextante Editora publica Belladonna, da escritora croata Daša Drndic (1946-2018), numa tradução do inglês assinada por António Pescada. É um romance sobre a velhice, a solidão e as cicatrizes deixadas pelo terror do nazismo.

Texto sinóptico
Andreas Ban, psicólogo que já não exerce e escritor que já não escreve, vive sozinho num apartamento austero numa pequena cidade da Croácia. Rodeado por livros, fotografias, resultados de exames médicos, cartas por responder e caixas por abrir, resgata memórias da família, de amigos perdidos, de antigos pacientes, e das suas histórias irremediavelmente entrançadas com a sombra da Segunda Guerra Mundial e do nazismo croata. Vendo-se definhar às mãos da velhice e da doença, apenas o cinismo e a ironia servem de armas a um intelectual marginalizado.
Belladonna
é uma poderosa parábola sobre o envelhecimento e a enfermidade numa Europa onde as atrocidades cometidas no século passado ainda palpitam. Pois, como defende Andreas Ban, é precisamente sobre coisas de que não se pode falar que devemos falar.

Já publicado pela editora: Trieste.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Eric Frattini tem novo livro: «Ahnenerbe: Os Cientistas de Hitler»

Em Ahnenerbe: Os Cientistas de Hitler, o autor italiano Eric Frattini explica o que foi a Ahnenerbe, por que foi fundada e como foi possível o patrocínio científico de um misticismo conspiratório, paranoico e racista no qual participaram mentes tão torpes quanto inteligentes. A sua versão da história da «ciência» usada para validar a ideologia nazi e as leis de Nuremberga sai em meados de Outubro e tem a chancela da Bertrand Editora.

Texto sinóptico

A Ahnenerbe, ou Sociedade para a Investigação e Ensino da Herança Ancestral Alemã, foi um departamento das SS criado por Himmler (e disputado por Goebbels) com três objetivos: pesquisar o alcance territorial do espírito da «raça germânica», investigar e recuperar as tradições alemãs e difundir a cultura tradicional alemã entre a povoação. Na verdade, sob a capa da Antropologia, da Arqueologia e da Medicina, escondia-se uma ferramenta de propagação da política racial do Terceiro Reich, que combinava ocultismo, pseudociência e ideologia e procurava reunir evidências (ou falsificá-las) que fundamentassem a ideologia nacional-socialista e justificassem as Leis de Nuremberga.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Nova biografia de Marilyn Monroe, ilustrada pela artista María Hesse

Foi um dos grandes ícones do século XX, o rosto mais popular de todos os tempos. O grande público apaixonou-se por esta mulher, e, para além dele, também cineastas, escritores e até o próprio presidente dos Estados Unidos. No entanto, morreu sozinha e incompreendida aos trinta e seis anos.

Marilyn - Uma Biografia, de María Hesse

A actriz mais conhecida da História do cinema, o símbolo sexual de uma era inteira, o protótipo, por excelência, de loira burra e, sobretudo, alguém que, até hoje, permanece uma grande incógnita. Nesta obra é revelada a alma de Marilyn Monroe, uma mulher que, como tantas outras das suas contemporâneas, explodiu todos os cânones e merece ser lembrada, hoje mais do que nunca, pelo seu talento, a sua sensibilidade, a sua inteligência e as barreiras que quebrou.

De Itália chega um livro que abre a discussão sobre a (in)fidelidade


É correcto ser-se fiel aos outros sem se ser verdadeiramente fiel a nós próprios? Estaremos a ser fiéis quando resistimos à tentação?

Estes são temas  do romance Fidelidade, do escritor italiano Marco Missiroli. Esta obra teve muito sucesso em Itália e também noutros países onde ganhou tradução, porque toca, na opinião no autor, «num tema que aparentemente já tinha sido abordado muitas vezes, mas que, agora, procurou um novo olhar revolucionário ao conduzir a [questão da] fidelidade e [d]a infidelidade em direcção a nós mesmos e não em direcção ao outro.»

Brevemente, disponibilizado numa série na Netflix, Fidelidade (que chegou hoje às livrarias, com o cunho da Gradiva) constrói uma narrativa que procura pôr de lado os estereótipos sobre um tema intemporal, abordado no romance com um novo olhar.
Os romances de Marco Missiroli estão traduzidos em mais de trinta países. Infidelidade marca a sua estreia em Portugal.

Sinopse
Carlo e Margherita são um jovem casal que pode ser considerado feliz. Um casal como muitos. Até mesmo no «mal-entendido». É assim que começam a chamar a um indício de dúvida que está lentamente a corroer o seu casamento.
Alguém viu, alguém avisou, colegas falaram, e a suposta traição acaba por se tornar um álibi poderoso que abre portas à imaginação. Somos capazes de resistir à tentação de ser infiéis aos nossos próprios sentimentos.
Com um estilo comovente e envolvente, Marco Missiroli desvenda o coração dos seus personagens: ele, ela, o outro, a outra... Nós mesmos. Prepare-se para ler a sua própria história.

Vídeo de apresentação do livro, aqui.

Baseado em factos reais, «O Comboio da Esperança» é a grande aposta da Planeta para este mês

A partir de hoje chegam às livrarias 3 novidades imperdíveis da Planeta. Destaque para o romance de estreia da professora de inglês inglesa Gill Thompson, que foi best-seller em vários países, e considerado pela crítica internacional como ‘O melhor livro do ano’.
O Comboio da Esperança, de Gill Thompson
Passado durante a ocupação nazi, O Comboio da Esperança resgata a verdadeira história da fuga de comboio de milhares de crianças judias para Londres durante o Holocausto.
Na minuciosa investigação que levou a cabo para escrever este livro, Gill Thompson deparou-se com vários acontecimentos improváveis, como o salvamento de centenas de crianças checas debaixo dos narizes dos nazis por um corretor londrino; um campo de concentração onde os judeus podiam organizar concertos; o triplo desvio de aviões que permitiu que checos ex-pilotos da RAF fugissem de Praga sob o regime comunista. Todos estes episódios ocorreram realmente.

Excertos
«Há coisas tão horríveis que os homens e as mulheres decentes têm dificuldade em considerar credíveis, tão monstruosas que o mundo civilizado se retrai, incrédulo, ante a sua existência.»

«Dentro do cemitério, os altos castanheiros-da-índia e sicómoros filtravam os raios baixos do sol. As lápides erguiam-se dos dois lados do caminho, gravadas com símbolos antigos e caligrafia antiquada. O Abba dissera-lhe em tempos que algumas campas tinham até dez cadáveres, postos uns por cima dos outros para poupar espaço.»

Hegemonia - 7 Duelos pelo Poder Global, de Jaime Nogueira Pinto
O reputado comentador e politólogo, retrata os sete grandes conflitos da História, em que as potências mundiais se debateram pelo domínio económico e político no mundo
Um retrato extraordinário e uma análise profunda sobre as causas e as motivações que ao longo dos séculos levaram homens e nações a entrar em conflito, com várias imagens ilustrativas destes momentos históricos.

1821 - O Regresso do Rei, de Armando Seixas Ferreira
O jornalista Armando Seixas Ferreira, grande repórter da RTP, traz-nos um relato empolgante sobre a viagem de regresso do rei D. João VI do Brasil para Portugal, resultado de uma investigação minuciosa de documentos históricos, diários de bordo e outras fontes inéditas.
No ano em que se assinalam os 200 anos sobre esta viagem histórica, o livro relata não só o que aconteceu durante os 68 dias de viagem no Atlântico, como era a vida a bordo num navio do séc. XIX, as consequências políticas desta expedição, como os episódios marcantes do reinado de D. João VI e a vida no Brasil.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Estão a chegar livros das séries infanto-juvenis 'Mortina' e 'Anna Kadabra'

Uma nova aventura da série infanto-juvenil 'Mortina', que se tornou um sucesso internacional, já traduzida para 24 idiomas, da italiana Barbara Cantini, está prestes a ser publicada: Mortina e a Viagem ao Lago Mistério.

Finalmente chegaram as férias!
A Mortina e a família não passavam uns diazinhos fora há… séculos!
Destino: visitar a tia Megera e o primo Dário, no Casarão Ninharia.
Mas o descanso acaba quando a Mortina descobre que um burocrata enfadonho quer leiloar o casarão, achando que está desabitado.
Conseguirão eles salvá-lo, antes que seja tarde demais?

Da mesma colecção: Mortina, Mortina e o Primo Odioso e Mortina e o Namorado Fantasma.

Para os leitores de livros infantis que gostam de bruxas como protagonistas, vai ser publicado os dois primeiros volumes da série de livros 'Anna Kadabra', com texto de Pedro Mañas (o mesmo autor do álbum O Segredo do Avô Urso) e ilustrações de David Sierra Listón. Anna Kadabra - O Clube da Lua Cheia e Anna Kadabra - Um Problema com Asas são os títulos que prometem fazer as delícias dos mais pequenos.
A Anna está furiosa porque tem de deixar a sua casa, a escola e a cidade onde vive. Vai mudar-se com os pais para Moonville, uma aldeia antiquada no meio de um bosque cheia de lendas e segredos.
Por exemplo:
Quem é o gato misterioso que segue a Anna para todo o lado?
Pode o gato ser de uma bruxa?
Esperem lá um momento… e se a bruxa for ela?

Em Moonville estão sempre a acontecer coisas estranhas, mas é a primeira vez que se vislumbra cocó com purpurina!
O culpado parece ser um pequeno porcórnio, um animal voador, metade porco metade unicórnio.
A Anna Kadabra e os amigos do Clube da Lua Cheia têm de o pôr a salvo antes que os seus inimigos, os malvados Caça-Bruxas, o descubram.

Outra novidade infanto-juvenil cuja protagonista é uma bruxa e o seu gato: Mimi e Rogério - O Melhor Amigo da Mimi.

Em Outubro chegam «O Livro da Saudade» e «O Livro do Chá»


De Sue Monk Kidd (n. 1948), a mesma autora de A Vida Secreta das Abelhas e A Invenção das Asas, chega-nos, em meados de Outubro pelas Edições Chá das Cinco, O Livro da Saudade, «o relato da luta corajosa de uma mulher para seguir as suas paixões e fazer ouvir a sua voz num tempo, lugar e cultura projetados para a silenciar.»

Criada numa família rica de Séforis, Ana é uma jovem rebelde com uma mente brilhante e um espírito ousado. Ela estuda em segredo e escreve histórias sobre as mulheres da sua época, negligenciadas e silenciadas. Até que um encontro casual com Jesus muda tudo: o pacifista que se opõe ao domínio de Roma e que ajuda os pobres e as prostitutas cativa Ana, que abandona tudo para viver com ele em Nazaré.
Contudo, os desejos reprimidos que Ana guarda dentro de si colocam-na em perigo. Durante a turbulenta resistência à ocupação de Israel por Roma, ela é forçada a fugir para Alexandria, onde revelações surpreendentes, perigos ainda maiores e um ambiente inesperado a aguardam. Ana determina o seu próprio destino durante uma excecional convergência de acontecimentos, decisivos para a História da Humanidade.


Uma nova edição do clássico da literatura O Livro do Chá, chegará às livrarias também no próximo mês. Este livro de Kakuzo Okakura (1863-1913) enfatiza como a simplicidade induzida pelo chá, afectou a cultura, a arte e a arquitectura do Japão. Um século depois de ter sido escrita, esta obra permanece muito amada por leitores de todo o mundo e entrelaça uma rica história do chá com uma escrita comovente sobre a cultura asiática, justificando o fascínio que temos por ela.

«Aquele que não consegue ver a pequenez das grandes coisas em si tende a ignorar a grandeza das pequenas coisas nos outros.» Em 1906, na cidade de Boston, ao virar do século, um pequeno livro espiritual sobre o chá foi escrito com a intenção de ser lido em voz alta no ilustre salão de Isabella Gardner, a socialite mais célebre de Boston. O livro foi escrito por Kakuzo Okakura, filósofo japonês, especialista em arte e gestor de acervos artísticos. Pouco conhecido na época, Kakuzo emergiria, mais tarde, como um dos grandes pensadores do início do século XX , um génio perspicaz e gracioso, dedicado a unir ambas as culturas ocidental e oriental.
O Livro do Chá de Kakuzo Okakura transcende os limites estreitos do seu título e mostra-nos um conceito unificado de vida, poesia, arte, espiritualidade e natureza. Ao longo do caminho, explora temas como o zen e o taoísmo, mas também os delicados aspetos seculares do chá e da vida no Japão.

Romance de 1996 de Joan Didion é lançado por cá


The Last Thing He Wanted, traduzido para português como A Última Coisa Que Ele Queria é um tríler político publicado em 1996, da autoria da jornalista, ensaísta e romancista americana Joan Didion. Esta obra inspirou o filme estreado o ano passado na Netflix (A Sua Última Vontade), com Anne Hathaway e Ben Affleck e realização de Dee Rees. Este romance sai no próximo dia 14, pela Cultura Editora.

Sinopse
A jornalista Elena McMahon desiste da campanha presidencial que estava a cobrir para o Washington Post para fazer um favor ao pai. O pai de Elena faz negócios. Ao longo da atuação como agente num desses negócios – um acordo que rapidamente corre mal de todas as maneiras possíveis – Elena dá por ela numa ilha das Antilhas onde o turismo foi substituído pelo tráfico de armas, espiões, operações militares secretas e assassinatos.
Uma história intrincada, acelerada e de leitura hipnótica e provocadora, que analisa de perto as atividades e conspirações do governo dos Estados Unidos durante a presidência de Ronald Reagan na América Central dos anos 80.

A Última Coisa Que Ele Queria é um thriller persuasivo nos detalhes empresariais e nos jogos de interesses, espantoso na exposição de ambiguidades políticas e absolutamente encantador na celebração do melhor estilo de Joan Didion.
A aclamada autora de O Ano do Pensamento Mágico e Noites Azuis apresenta-nos a democracia através de um relato cru, frágil, negro e escondido, dependente de processos nos quais muitas mãos têm inevitavelmente de sujar-se.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

«Um Fogo Lento», de Paula Hawkins

Editora: Topseller
Data de publicação: 31-08-2021
N.º de páginas: 336

Um jovem de 23 anos, Daniel Sutherland, é encontrado morto – com esfaqueamentos múltiplos – numa embarcação no Regent’s Canal, ao norte do centro de Londres.
Miriam Lewis, uma solteirona de meia-idade que vive perto do local do crime, que é vista pelas outras pessoas como sendo uma bisbilhoteira (ela vê, ouve e sabe muito e tem algo muito escuro em seu passado), avistou a última pessoa que estivera com o falecido…
Laura Kilbride é uma jovem problemática, bem conhecida da polícia por estar sempre a se meter em sarilhos: embriaguez, furtos, conduta escandalosa. É, nas suas próprias palavras, uma «adulta vulnerável», com traumas por sarar: quando tinha 10 anos sofreu um acidente que a marcou profundamente…
Os tios da vítima, Theo e Carla Myerson, também o visitaram pouco tempo antes. Ambos sofreram uma perda terrível, uma tragédia em suas vidas, há 15 anos, a que o sobrinho presenciara…
Daniel foi criado por uma mãe alcoólica (falecida há poucos meses), que levou uma vida solitária e infeliz. Era visto como um homem «bizarro» e «perturbador», que seduzia e depois desprezava jovens raparigas, como foi o caso de Laura, a sua derradeira conquista.

«No canal, era possível encontrar todo o espetro da vida humana: pessoas boas, decentes, trabalhadoras e generosas à mistura com bêbedos, drogados, ladrões e tudo o resto.»

Três personagens femininas emocionalmente danificadas e sedentas por vingança, um assassinato sangrento e incontáveis segredos. E ninguém releva toda a verdade.
Este terceiro tríler da escritora britânica Paula Hawkins (após A Rapariga no Comboio e Escrito na Água) apresenta personagens que facilmente entram em confronto com o leitor, devido às suas más condutas, mas que, surpreendentemente, também o faz sentir empatia por elas, em algum momento das suas histórias, em que passaram por sofrimentos avassaladores. Em Um Fogo Lento, a autora interroga como a tragédia e o trauma podem moldar e afectar perenemente a índole das pessoas. Embora a primeira metade do livro esteja escrita de forma lenta, pouco ritmada, após algumas reviravoltas na trama, a narrativa ganha envolvência e balanço e ruma ferozmente até ao final, que embora satisfaça, não arrebata e pouco surpreende.

Excerto
«… ao folhear alguns dos livros mais antigos, as respetivas capas cor de laranja desintegraram-se e as páginas começaram a desfazer-se-lhe sob as pontas dos dedos. Sucumbindo já ao fogo lento, a acidificação do papel a corroer as páginas, tornando-as finas e quebradiças, destruindo-as a partir do interior. Era incrivelmente triste imaginar que todas essas palavras, todas essas histórias, estavam a desaparecer aos poucos. Esses livros teriam, infelizmente, de ser deitados fora.»

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

António Raminhos partilha em livro as suas vivências relacionadas com a ansiedade e obsessões

No último ano, António Raminhos tem assumido um papel de abertura nas questões sobre saúde mental ao abordar de forma despretensiosa, mas séria, a ansiedade, a depressão e a perturbação obsessivo-compulsiva (POC). O humorista já várias vezes falou - nos seus canais, em entrevistas televisivas, etc. - dos problemas de saúde mental dos quais sofre e agora publica o livro Somos Todos Estranhos Até Percebermos Que Isso é Normal, que é um testemunho poderoso e de grande honestidade.
Este livro, que pretende que contribua para o diálogo em torno da saúde mental, estará disponível nas livrarias a partir de 7 de Outubro, com o selo da Contraponto, editora que em 2017 também publicou As Marias.

Raminhos lançou recentemente o podcast 'somos todos malucos', conversas sobre saúde mental que podem ser vistas através do seu canal de Youtube, aqui.

Sinopse
A saúde mental não pode ser tabu. Sobretudo numa altura em que a própria trajetória do mundo nos convida a olhar à volta, e depois para dentro, e compreender que não estamos sozinhos nas nossas lutas. Por isso, este é um relato cru, pertinente e, sobretudo, muito útil para qualquer leitor. Neste livro, o humorista António Raminhos partilha um testemunho de grande honestidade sobre a ansiedade, os medos e as obsessões que há muitos anos o habitam e quase o fizeram enlouquecer. E, claro, em vários momentos bem-humorado, porque como o próprio diz, para haver comédia é preciso haver tragédia.
Nestas páginas, os episódios divertidos narrados pelo autor - como a tentativa de sedução de que foi alvo por um homem de metro e meio num bar gay - têm o mesmo valor ilustrativo que os mais emotivos - de que é exemplo o momento em que, vendo-o chorar, conseguiu perdoar e entender o próprio pai. Começando leve e divertido, este livro apresenta-se ao leitor em crescendo, terminando como um convite claro para descobrirmos mais sobre nós próprios. Porque só quando perdemos a vergonha de pedir ajuda ou de partilhar as nossas histórias, os nossos medos, ou as nossas derrotas sem julgamentos é que começamos a entender que somos todos estranhos. E também só nessa altura é que percebemos que isso é normal.

Livros Louise L. Hay e Lise Bourbeau entre as novas publicações de desenvolvimento pessoal


Pode Curar o Seu Corpo

de Louise L. Hay

Pode Curar o Seu Corpo é um verdadeiro clássico da New Age. Foi o primeiro livro alguma vez escrito por Louise L. Hay, e é nele que a autora, uma das mais vendidas em todo o mundo na área do desenvolvimento pessoal, dá os primeiros passos no tema da cura através do pensamento positivo. Louise L. Hay tinha já feito um trabalho significativo com a cura e explorado a fundo as consequências do pensamento positivo e das afirmações, mas é neste livro - conhecido pelos seus primeiros leitores como «o pequeno livro azul» - que sistematiza e oferece a leitores de todo o mundo o seu método simples e eficaz de ligar perturbações físicas às suas causas metafísicas, e de encontrar a cura através da afirmação positiva. Um clássico indispensável, tão atual agora como aquando da sua primeira edição, há mais de 35 anos.

Excerto do prefácio
«Este pequeno livro tornou-se um bem indispensável para muitas pessoas (...) abriu inúmeras portas e, com ele, fiz amigos em toda a parte. Sempre que viajo, conheço pessoas que me mostram os seus exemplares, já bem gastos, que levam sempre consigo, no bolso ou na carteira.»

Louise Hay (1926–2017) foi uma autora de prestígio internacional que publicou dezenas de bestsellers sobre desenvolvimento pessoal, tendo vendido mais de 60 milhões de livros.


Mais Idade, Mais Energia

de Lise Bourbeau

Lise Bourbeau é muitas vezes descrita como uma escritora intemporal, mas a verdade é que esta autora, conferencista e editora com a energia de uma mulher de 50 anos tem… 79! Neste livro, ensina como todos podemos, seja qual for a nossa idade, ter esta energia intemporal… e sim, o fulcral é ter o estado de espírito certo!
Mais Idade, Mais Energia apresenta métodos claros e simples para: Atrasar o envelhecimento do corpo físico, emocional e mental; Recuperar e energia perdida; Conservar e aumentar a sua energia natural; Escutar as suas necessidades; Viver com menos stresse e desgaste emocional - as grandes causas do envelhecimento prematuro.
Pôr em prática estes métodos no quotidiano permitir-lhe-á estar sempre em forma e viver como um ser espiritual em harmonia com o seu meio ambiente.

Em 1982, Lise Bourbeau (n. 1941) fundou um atelier destinado a promover o autoconhecimento através da análise da alimentação, das doenças e do mal-estar. Especializou-se em decifrar a metafísica da doença, desenvolvendo métodos para aumentar a autoestima. Em 1987, escreveu o seu primeiro livro – Escuta o Teu Corpo –, que se tornou o livro mais vendido no Quebeque. Desde então, tem continuado a escrever e todos os seus livros têm tido um sucesso semelhante em todo o mundo.

domingo, 19 de setembro de 2021

Nova edição de «Raparigas como nós», da activista literária Helena Magalhães


Uma nova edição reescrita do romance
Raparigas como nós, publicado em 2019, acaba de ser lançada pela Suma de Letras. Este livro da autora Helena Magalhães (n. 1985) se tornou um bestseller em Portugal há dois anos e conquistou o segundo lugar nos prémios Bertrand em 2020. A escritora já foi jornalista e actualmente escreve a tempo inteiro. Activista literária, criou o clube do livro Book Gang para incentivar a geração digital a ler mais e para divulgar literatura no feminino.

Uma reflexão sobre a juventude, pressão dos pares, laços de amizade entre raparigas, festas, drogas, depressão, morte e autodescoberta. Uma reflexão que é também o retrato de uma geração e a ânsia de pertencer.

Raparigas como nós é uma viagem entre Lisboa, Cascais e Madrid, contada pela voz de Isabel e que, numa narrativa veloz, nos revela o impacto que podemos ter na vida uns dos outros. Um romance sobre a eletricidade do primeiro amor e os intensos emaranhados das relações de amizade e das memórias de infância.

Citações
«Beijamo-nos ao som daquela música que ouvia em casa sozinha deitada na minha cama. Durante o resto da vida, não importaria o que estivesse a fazer ou onde, quando ouvisse os primeiros acordes […], recordar-me-ia do olhar do Afonso fixado em mim, da sua mão no meu rosto, do meu coração a tremer e de me sentir a rapariga mais feliz do mundo.»

«Se algum dia se sentirem sozinhas, estranhas, deslocadas do mundo que vos rodeia, lembrem-se da Isabel, da Alice, da Luísa, da Marina e até da Marisa das argolas… Raparigas como nós.»

O próximo romance da autora sai a 12 de Outubro: Ferozes.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O título mais recente da PACTOR Kids

O grande salto do Ouriço Bernardo é o título mais recente da PACTOR Kids, uma marca de livros infantis que pretende colocar a Psicologia ao serviço dos pais, educadores e professores.

Esta obra, para crianças a partir dos 3 anos e para todos aqueles que as querem ajudar a crescer de forma extraordinário, é o 4.º volume de uma série de livros que é recomendada pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).

O grande salto do Ouriço Bernardo conta «uma história sobre a importância da autoestima e da autoimagem, que ensina as crianças a aceitarem as suas diferenças e a valorizá-las, com a ajuda dos adultos e dos amigos.»

Lê a sinopse e acede a conteúdos do livro, aqui.

Tal como em O Urso Tobias queria ver a lua de perto, O Pássaro Nimas dá asas à diversão e A Estrelinha que muda de cor, este novo livro é da autoria das psicólogas Ivone Patrão e Filipa Pimenta, e contém ilustrações de Mónica Catalá.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Editora Objectiva publica novos livros de Hugo van der Ding e Diogo Faro

Joana d'Arc, Pablo Escobar, Maria Antonieta, Santo António, Rosa Parks, Napoleão, Ada Lovelace, Saramago, Lucrécia Bórgia, Jesus Cristo, Sartre, Lady Di, Bob Marley: todos mortos.
Não vale a pena esperar outra coisa da vida a não ser o seu fim. Porém, como dizia Camões, há aqueles que se vão da lei da morte libertando e, em vez de irem fazer tijolo, fazem História - nem sempre pelas razões mais nobres, mas é, provavelmente, para o lado que dormem melhor.

Com as suas notas necrológicas dignas de antologia, Hugo van der Ding demonstra, todas as manhãs, na rubrica 'Vamos Todos Morrer' da Antena 3, e, agora, com este livro, que nem a História tem de ser um relato aborrecido e soporífero dos grandes feitos e acontecimentos, nem o entretenimento tem de ser um atentado a todos os nossos neurónios.
Até ao fecho do presente livro, Vamos Todos Morrer, das 141 almas que foram desta para melhor e cujas venturas são aqui descritas, nem uma reclamou do obituário que lhe calhou em sorte.

O humorista, activista e cronista Diogo Faro acredita que um mundo melhor é possível. Mas um mundo melhor não se materializa à nossa frente por mero desejo ou pondo em prática a «lei da atracção». Denunciar crimes e injustiças, ouvir e observar o que nos rodeia com sentido crítico, conhecer o passado, desenvolver a empatia e praticar a generosidade não são apenas pormenores de conduta pessoal, mas sim o que nos separa de uma tragédia iminente.
Confrontar o privilégio de alguns, exigir equidade e rejeitar a violência e a exploração são acções de que já não podemos fugir se queremos sobreviver. Este é o momento para entrar na luta e erguer a voz contra o racismo, a homofobia, o fascismo, a emergência climática, a violência de género e o neoliberalismo. A luta contra a desigualdade é a luta pela Humanidade.
Neste Processo de humanização em curso, Diogo Faro demonstra que é possível ganhar consciência sem perder o sentido de humor. 

domingo, 12 de setembro de 2021

Pergaminho publica «Dizer Sim à Vida Apesar de Tudo», de psiquiatra que sobreviveu ao Holocausto

Após a publicação em 2017 de A Falta de Sentido na Vida, a editora Pergaminho volta a trazer aos leitores portugueses uma nova obra de Viktor E. Frankl, psiquiatra judeu e fundador da escola psicoterapêutica «Logoterapia e Análise Existencial». Da sua autoria encontram-se publicados pela editora Lua de Papel O Homem em Busca de um Sentido (2012, 1.ª edição) e A Voz que Grita por um Sentido (2021, 1.ª edição).

Sinopse
Em 1946, Viktor Frankl fez três conferências numa escola operária em Viena. Tinham-se passado poucos meses da sua libertação do campo de concentração de Turkheim. Nestas conferências, mais tarde publicadas com o título Dizer Sim à Vida Apesar de Tudo (um verso do poema «a Canção» de Buchenwald, aqui traduzido por João Barrento e com uma nota explicativa do tradutor), aborda a busca de sentido perante a destruição em massa e tenta responder à questão: haverá sentido depois de Auschwitz? Estas conferências levantam reflexões que vieram a dar origem ao seu método terapêutico - a Logoterapia - e permanecem de uma atualidade premente para o leitor dos nossos dias.
Excertos
«Fiquei completamente só. Quem nunca sofreu a mesma sorte não poderá compreender-me. Sinto-me indescritivelmente cansado, indescritivelmente triste, indescritivelmente só. Não tenho mais nada a esperar e nada mais a temer. Não tenho mais nenhuma alegria na vida, só tenho deveres: vivo somente porque me dita a consciência.»

«As inúmeras e minuciosas recensões e elogios de que foi alvo este pequeno livro tanto em jornais como revistas culturais e especializadas e ainda na rádio constituem uma prova de como ele tocou com precisão no nervo da época.» Prof. Dr. Franz Vesely (in posfácio)

O novo título da série infanto-juvenil 'Mimi e Rogério'

Mimi e Rogério - O Melhor Amigo da Mimi é o título mais recente da série de livros, criada em 1987, que tem como protagonistas uma bruxa e um gato. O texto é de Valerie Thomas e as ilustrações de Korky Paul. Em Setembro do ano passado, a Gradiva editou Mimi e Rogério - A Volta ao Mundo.

Esta é a história de como a Mimi conheceu o gato Rogério. Quando a Mimi se muda para a sua grande casa, está tudo muito silencioso. Primeiro, a Mimi convida as suas irmãs a ficarem dias consigo, depois, uns estranhos animais de companhia, e segue-se o caos. A Mimi teme ficar sozinha para sempre – até que avista um gato preto desgrenhado…

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Biografia de Jorge Sampaio (1939-2021)

Faleceu hoje o ex-Presidente da República Jorge Sampaio.
O Grupo Porto Editora publicou, em parceria com as Edições Nelson de Matos, a primeira e única Biografia de Jorge Sampaio autorizada pelo próprio, na qual, em dois volumes, foi revisitado o percurso singular do antigo Presidente da República (cargo que desempenhou de 1996 a 2006). O jornalista José Pedro Castanheira é o autor desta biografia que foi o trabalho que mais prazer lhe deu investigar e escrever.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Quem gostou de «O Monge que Vendeu o Seu Ferrari» vai querer ler este livro

Pouco depois de se ter formado em Economia, em Estocolmo, Björn Natthiko Lindeblad começou a trabalhar numa empresa em Espanha. Na véspera de ser promovido a Diretor Financeiro, decidiu procurar novo rumo. Foi professor substituto, trabalhou numa linha de aconselhamento e passou um ano na Índia, como economista ao serviço das Nações Unidas. O seu interesse pela meditação e budismo acabaram por o conduzir a um célebre mosteiro na floresta da Tailândia, onde passou vários anos. Em 2008, depois de 17 anos como monge regressou à Suécia onde desde então dá palestras, workshops e conduz retiros.
Posso Estar Errado, a editar pela Lua de Papel na próxima semana,
é a história real, repleta de espantosas lições de vida, de um executivo que abandonou tudo o que tinha para se tornar um monge budista.

Aos 23 anos, em vésperas de ser promovido a diretor financeiro de uma multinacional sueca, Björn Natthiko Lindeblad sentiu que tinha de mudar de vida. Abandonou uma carreira de sucesso e começou a sua caminhada espiritual. Acabou por se fixar num mosteiro budista na Tailândia, onde abraçou a antiga tradição dos monges da floresta. Durante 17 anos viveu sem sexo, sem álcool, sem família, sem férias, sem os confortos modernos, e a comer apenas uma refeição diária. E foi feliz.
Um dia, porém, sentiu o apelo de voltar a casa e regressou à Suécia. A vida de monge, porém, não o tinha preparado para o mundo real, onde agora era um estranho, sem casa, dinheiro ou emprego. Björn, que no mosteiro tinha enfrentado as mais terríveis provações, entrou em profunda depressão. E foi-lhe diagnosticada uma doença neurodegenerativa fatal (Esclerose Lateral Amiotrófica, ou ELA). Esteve quase a desistir. Mas os anos de experiência como monge, e a sabedoria adquirida na floresta, não tinham sido em vão. Voltou a meditar e com a ajuda de amigos (e da mulher com quem se viria a casar), conseguiu superar a depressão. Encontrou o seu espaço, começou a orientar retiros, a dar palestras e tornou-se num dos líderes espirituais mais amados do seu país.

Outro livro que pode interessar: As Cartas Secretas do Monge que Vendeu o Seu Ferrari, de Robin Sharma.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Edição actualizada do livro que dá a resposta certa para cada dúvida sobre como se escreve em bom Português


Com a chancela da Porto Editora, chega o livro que dá a resposta certa para cada dúvida, inspirado na mais antiga rubrica televisiva dedicada à língua portuguesa, da RTP. Bom Português – a resposta certa para cada dúvida apresenta centenas de casos ao longo de 200 páginas com uma abordagem bastante direta, estruturada em forma de pergunta e resposta, ou não se inspirasse na rubrica com o mesmo nome que a RTP emite, todas as manhãs, desde 2003 e cujos conteúdos são, desde 2004, da responsabilidade da Porto Editora.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Psiquiatra Daniel Sampaio relata em livro a sua experiência de superação à Covid 19

O escritor e psiquiatra Daniel Sampaio passou este ano por uma das experiências mais marcantes da sua vida. Esteve internado durante quase dois meses, precisou de ser entubado e ventilado. O seu próximo livro, que é um livro-testemunho, Covid 19 - Relato de um Sobrevivente, sai em meados deste mês pela Editorial Caminho.

O diário começa a 17 de janeiro de 2021, há pouco mais de meio ano, dia em que pela primeira vez Daniel Sampaio desconfia de que está infetado pelo coronavírus. Nos dias que se seguiram viveu esta incerteza na companhia de sua mulher, Maria José, receando mais por ela que por si próprio.
A 28 de janeiro é ele próprio internado, e nesse mesmo dia «pelas 14.30h, disseram-me que o meu estado se tinha agravado e que iria ser transferido para os cuidados intensivos. Senti uma enorme angústia e pela primeira vez pensei a sério que poderia morrer».
E é com este tom, coloquial e familiar, que Daniel Sampaio nos relata esta sua terrível experiência, que durou dois meses, a experiência de quem, de alguma maneira, «foi e voltou», para contar o que viu.
Covid 19 - Relato de um Sobrevivente ficará sem dúvida como um dos mais notáveis testemunhos da tragédia que a humanidade está a viver.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Em «A Cura Espontânea da Crença», Gregg Braden informa como dissipar o protótipo dos falsos limites

Após A Matriz Divina e Os Códigos da Sabedoria, ambos publicados em 2020 pela Lua de Papel, na última semana deste mês sairá um novo livro de Gregg Braden. Em A Cura Espontânea da Crença (The Spontaneous Healing of Belief, 2009), este autor americano actualmente com 67 anos mostra-nos que não estamos limitados pelas leis da física ou biologia tal como hoje as conhecemos. Gregg Braden, um dos nomes mais destacados internacionalmente no estudo das relações entre ciência e espiritualidade, informa que «mudando as nossas crenças, podemos mudar e melhorar o próprio código do nosso ADN e encontrar cura para a nossa alma e para o nosso corpo.»

Sinopse
Vivemos a nossa vida em função daquilo em que acreditamos em relação ao mundo, a nós próprios e aos nosso limites e capacidades. Com algumas exceções, essas crenças foram-nos transmitidas pela história, pela religião e por aquilo que nos dizem. Mas, e se essas crenças estiverem erradas? Historicamente, e durante séculos, disseram-nos que nós éramos espectadores passivos da realidade, e que uma série de leis governavam o tempo, o espaço e a nossa própria herança genética (ou seja, o nosso ADN).
Mas e se todas essas limitações estiverem apenas na nossa mente e no modo como vemos o mundo?
Não poderíamos viver de forma completamente diferente se descobríssemos que nascemos com o poder de escolher a nossa realidade?
Se pudéssemos determinar a nossa saúde?
Ou até quando poderemos viver?
Uma descoberta dessa grandeza mudaria tudo, a começar pela perceção que temos de nós mesmos. E é precisamente nesse sentido que apontam as mais recentes descobertas científicas.

Outro livro do autor: A Biologia da Crença.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Livros que marcarão a 'rentrée' literária da LeYa

Entre as apostas das editoras que compõem o Grupo LeYa para a rentrée literária deste ano constam um dos romances finalistas do Prémio Booker 2020 («Um livro de uma extraordinária perspicácia, coragem e sofisticação», segundo o Washington Post), o novo romance de Nicholas Sparks, e o livro que venceu o Prémio espanhol Francisco Umbral para Melhor Livro do Ano 2020.
Em seguida, os textos de apresentação de 10 destas novidades, que chegarão às livrarias até ao término deste mês de Setembro.

Açúcar Queimado, de Avni Doshi
Na sua juventude, Tara era uma rebelde. Abandonou o seu casamento infeliz e foi viver para um ashram, uma comunidade espiritual hindu, mendigou nas ruas – porque a família abastada lhe fechou a porta de casa – e passou anos a correr atrás de um artista sem eira nem beira, com a filha a reboque. Hoje, é uma mulher com falhas de memória, que paga o salário da empregada a dobrar e se esquece do gás ligado durante a noite. A filha, agora adulta, vê-se obrigada a cuidar de uma mãe que nunca quis saber dela em criança.
Acutilante e cáustica, Avni Doshi faz-nos questionar não só até que ponto conhecemos as pessoas que nos são mais chegadas, mas também em que medida conhecemos os nossos próprios limites.
Foi traduzido por Tânia Ganho.

As Mulheres Douradas, de Namina Forna
Somos raparigas ou somos demónios? Vamos morrer ou vamos sobreviver?
Deka, de 16 anos, devido à sua intuição e natureza sente-se diferente e vive com medo do ritual do sangue, o qual irá determinar se pode ou não ser um membro da sua aldeia. Se o seu sangue correr vermelho, será aceite pela comunidade. Mas no dia da cerimónia o seu sangue revela ser dourado - a cor da impureza, de um demónio, e as consequências serão pior do que a morte.
A jovem vê-se forçada a abandonar a aldeia onde sempre vivera na companhia de uma mulher misteriosa e a juntar-se a um exército de raparigas como ela - as alaki. Um grupo de raparigas quase imortais com dons raros e as únicas capazes de travar a maior ameaça do império.
Mas, à medida que avança até à capital para treinar para a derradeira batalha, Deka descobre que a grande cidade murada encerra em si muitas surpresas. Nada nem ninguém é exatamente o que parece ser - nem mesmo Deka…

O Sonho, de Nicholas Sparks
Em 1996, Maggie Dawes tem 16 anos e muito pouca vontade de ir viver com uma tia que mal conhece numa vila costeira remota e ventosa. Mas a ilha de Ocracoke, na Carolina do Norte, vai mesmo ser a sua nova casa.
Contrariada, Maggie encontra refúgio nas recordações da família e dos amigos que deixou para trás. Até ao dia em que a tia lhe apresenta Bryce Trickett, um dos poucos adolescentes da zona. Bonito e genuíno, o rapaz vai mostrar-lhe a beleza da ilha e despertar nela uma paixão pela fotografia que influenciará toda a sua vida daí para a frente.
Em 2019, Maggie é já uma fotógrafa de renome e divide o seu tempo entre viagens a locais remotos e uma galeria em Nova Iorque. Mas uma notícia inesperada obriga-a a permanecer na cidade durante o Natal. Com um fiel assistente por companhia, Maggie passa os últimos dias da quadra a recordar um Natal de outrora e a avassaladora paixão que mudou o rumo da sua vida.
Nesta história de descoberta, perda e redenção, Nicholas Sparks recorda-nos que o tempo que dedicamos às pessoas que amamos é uma dádiva preciosa.

Lady Whistledown Tem Algo a Dizer, de Julia Quinn, Mia Ryan, Suzanne Enoch e Karen Hawkins
Ao ler sobre o comportamento menos próprio da sua noiva na crónica de mexericos de Lady Whistledown, um (muito ansioso) noivo apressa-se a viajar até Londres para a conquistar de uma vez por todas… E o que acontece quando um conhecido patife (e eterno mulherengo) se apercebe de que a sua melhor (e única) amiga está de olho… noutra pessoa?
Depois de ser expulsa do seu lar por um insuportável (e irresistível) marquês, uma jovem descobre que ele não tenciona apenas tomar posse da casa… pretende possuí-la a ela também!
A alta-sociedade fica ao rubro quando a debutante mais promissora da temporada é rejeitada pelo seu prometido - para depois ser arrebatada por nada menos do que… o irmão dele!

Duas Vidas Num Instante, de Dani Atkins
A noite do acidente foi trágica... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel está a ruir. Ela mora sozinha num apartamento minúsculo, tem um emprego enfadonho e sem futuro e vive culpada pela morte do seu melhor amigo. Ela daria tudo para voltar atrás no tempo.
Mas a vida não funciona assim... Ou funciona?
A noite do acidente foi mágica... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, amigos fantásticos e a carreira com que sempre sonhou. Mas porque será que não consegue fazer parar as estranhas recordações de uma vida muito diferente?

Balada de Veludo, de Jude Deveraux
Alyx Blackelt vê o pai ser assassinado e o seu lar reduzido a cinzas. Desesperada, foge para a floresta e encontra refúgio no acampamento de Raine Montgomery, um nobre caído em desgraça por ordem do rei. Para se proteger, disfarça-se de rapaz. Para esconder a sua dor, esmera-se no seu papel de escudeiro de Montgomery.
Mas durante quanto tempo conseguirá Alyx manter o disfarce?
Durante quanto tempo fingirá Montgomery não ver o óbvio?
E enquanto uma disputa sangrenta ameaça as vidas de todos, o amor de uma boa mulher pode fazer toda a diferença… inspirar um intrépido cavaleiro, tocar o coração de um rei, e enaltecer o espírito de Inglaterra.



As Maravilhas, de Elena Medel
Qual o peso da família nas nossas vidas, e qual o peso do dinheiro?
Que acontece quando uma mãe decide não cuidar da sua filha, e quando uma filha decide não cuidar da sua mãe?
Seríamos diferentes se tivéssemos nascido noutro sítio, noutro tempo, noutro corpo?
Neste romance há duas mulheres: María, a que em finais dos anos sessenta deixa a sua vida numa cidade de província para trabalhar em Madrid; e Alicia, que faz o mesmo caminho trinta anos mais tarde, por razões distintas. E há, claro, a mulher que as une e de quem praticamente não se fala: filha de uma e mãe da outra.

O Reino, de Jo Nesbø
Quando os pais de Roy e Carl morrem inesperadamente, Roy tem de assumir o papel de protetor do impulsivo irmão mais novo. Porém, quando Carl decide partir para percorrer o mundo em busca de sucesso, Roy fica para trás na pacata vila, satisfeito com a sua vida de mecânico e proprietário da estação de serviço local. Alguns anos depois, Carl regressa a casa com Shannon, a sua carismática mulher arquitecta. Chegam cheios de planos e entusiasmo para construírem um hotel de luxo na propriedade da família. Carl não quer fazer ricos só ele e o irmão, mas toda a vila.
E é apenas uma questão de tempo até que um triunfante regresso a casa desencadeie uma série de acontecimentos que ameaçam tudo o que Roy mais ama, e os perturbantes segredos de família, há muito enterrados, comecem a vir ao de cima…


Notas sobre um Naufrágio, de Davide Enia
«Este livro é um romance. Conta o que está a acontecer no Mediterrâneo - as travessias, os salvamentos, os desembarques, as mortes - e fala da relação entre mim e o meu pai, abordando ainda a doença do meu tio, seu irmão.» É assim que Davide Enia apresenta este livro que parte da sua experiência em Lampedusa, lugar de um naufrágio simultaneamente individual e coletivo.
De um lado, estão os que atravessaram vários países, e depois o mar, para chegarem à Europa em condições inimagináveis - rapazes feridos e nus, raparigas estupradas e grávidas, crianças e adultos que viram morrer familiares durante a travessia. Do outro, homens e mulheres que os ajudam a desembarcar - voluntários, mergulhadores, pessoal médico, a Guarda Costeira… No meio, o autor, para os ouvir a todos e contar sem paninhos quentes o que realmente acontece em terra e no mar e como as palavras são manifestamente insuficientes para compreender os paradoxos do presente.

Os Exércitos da Noite, de Norman Mailer
21 de outubro de 1967, Washington. É o dia da Marcha sobre o Pentágono, a grande manifestação contra a Guerra do Vietname que culminou em violentos confrontos e com a detenção de centenas de pessoas. Nela estão presentes todos os grupos da Velha e da Nova Esquerda, hippies, liberais de classe média, militantes negros, quakers, cristãos, feministas e as mais variadas tribos urbanas.
Mailer, tal como muitas outras estrelas da cultura americana da época, foi, viu, participou, sofreu na pele a repressão, foi preso e depois escreveu um dos livros mais inteligentes sobre os anos sessenta, os seus mitos, heróis e demónios.
Um livro-documento que destrói os moldes da reportagem tradicional, entrelaçando magnificamente jornalismo, história e ficção, e que reflete algumas das grandes questões da sociedade contemporânea.