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sábado, 31 de dezembro de 2011

Top Livros lidos em 2011

Estes são os livros –  por ordem a que os li - que este ano mais me marcaram.

Este foi, sem sombra de dúvida, o ano em que mais li. Claro, tenho que agradecer a todas as editoras que colaboram com o Silêncios de Falam.
Para este 2012 que aí vem, espero me embrenhar nos Clássicos, pois sinto uma “lacuna” em não ter ainda lido alguns “monstros” da literatura.

E vocês já leram algum livro da minha lista acima?

E a vossa balança literária, para que lado pendeu este ano?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Top Filmes vistos em 2011

Estes são os filmes –  por ordem a que os assisti - que este ano mais me marcaram:


Cinema Paraíso além de ter sido o melhor filme que assisti este ano, tornou-se o o meu filme favorito de sempre.

         E vocês, que filmes marcaram o vosso ano?

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Passatempo: «O Livro das Tentações», de Oscar Wilde

O blogue em parceria com a Editora Coisas de Ler tem para sortear 3 exemplares do livro         «O Livro das Tentações», de Oscar Wilde.

O passatempo decorrerá até às 23h59 de 31 de Dezembro.

Sinopse
Tão perfeitos eram os ataques verbais de Oscar Wilde que as suas vítimas se sentiam frequentemente lisonjeadas. As suas tiradas raramente eram cruéis, pois, por detrás delas, estava uma personalidade simpática com espírito generoso, e uma compreensão profunda acerca da vida humana e das suas fraquezas.
O Livro das Tentações
demonstra-nos a razão por que, cem anos após a sua morte, pessoas de todas as idades continuam a ler este grande dramaturgo, escritor e autor de contos maravilhosos.

Para participar, só tens de ser seguidor do blogue e da página do mesmo no Facebook e responder acertadamente ao formulário seguinte, e esperar seres o feliz contemplado.
Nota: As participações - neste passatempo apenas - são ilimitadas. Portanto quanto mais vezes participares, mais hipóteses tens de ganhar!!! Boa sorte.





Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui no blogue, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Para Sempre - Susanna Tamaro

Editora: Editorial Presença
Ano de Publicação: 2011
Nº de Páginas: 160
Susanna Tamaro é uma das escritoras italianas mais conhecidas em todo o mundo. Tenham lido ou não o estrondoso Vai aonde te leva o coração – publicado em 1995 - é um livro que tem sido reeditado constantemente pelas editoras de todo o mundo. Em Portugal o livro já vai na sua 51ª edição.
Em Para Sempre, último livro (e talvez o seu melhor) da escritora, esta brinda-nos com uma extraordinária exortação sobre a profundidade da alma humana. No prelúdio do romance é-nos apresentado Matteo, um médico que «trata de corações», que tem uma bela esposa, um filho de dois anos e outro a caminho. Ora, nesta moldura de felicidade uma tragédia vem abalar a vida do médico e alterá-la «para sempre». Matteo perde a vontade, a dignidade, a modéstia, respeito por si mesmo e torna-se indiferente para com os outros após o drástico acontecimento e é esta a força-motriz que o leva a ir viver na montanha, tornando-se um eremita que procura o sentido da vida através do contacto com a natureza e os animais - um lugar onde a natureza amplifica com a sua beleza a força dos pensamentos do protagonista.

Focada na candura dos sentimentos, Para Sempre é a história de um amor, do que dele resta e perdura no tempo ad infinitum.
Não posso deixar de evocar um aspecto que achei muito subtil, propositadamente ou não pela autora, que é o paradoxo de um médico cardiologista que abandona a sua profissão para tentar curar o seu próprio coração.

Buscando respostas às perguntas sem fim do narrador e protagonista, Tamaro conta uma história de grande elegância e introspecção narrativa forte, dolorosa, poética e profunda: um caso de amor tão intenso que obriga o leitor a enfrentar a história de uma vida que, no final, não se limita apenas ao protagonista, mas a de todos que o lerem.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Filme: Um Dia (One Day) 2011

Trailer

Baseado no livro bestseller homónimo de 2009 de David Nicholls – publicado em Portugal pela Civilização Editora - Um Dia é um filme que é protagonizado por Anne Hathaway e Jim Sturgess, que interpretam na tela Emma Morley e Dexter Mayhew, respectivamente. 
A abertura do filme tem o ano de 1988 em pano de fundo. Emma e Dexter depois de passarem a noite de formatura juntos, comprometem encontrarem-se anualmente no mesmo dia em que se conheceram, para ver como as suas vidas pessoais e profissionais vão desenrolando, tendo por base a amizade que os une. A relação entre Emma e Dexter não é uma relacção vincada pela frontalidade de sentimentos a que cada um sente perante o outro e é no suceder de anos que o sentimento que os une fortalece. O filme se concentra muito nos dois personagens, assim como na viagem retro através da música e mudanças drásticas na sociedade perante as quase duas décadas.
Anne Hathaway apresenta-nos uma personagem sonhadora e ambiciosa mas ocasionalmente irritante, devido a uma pronúncia claramente esforçada. O livro de David Nicholls obteve um enorme sucesso mundial devido aos seus fascinantes elementos românticos. Eu não li o livro, mas aposto que este será mais agradável e fascinante que o filme.
Apontando fraquezas: Anne Hathaway  e os seus variantes sotaques ao longo do filme, dependendo da cena. Sendo a sua personagem uma londrina, a actriz devia manter o dialecto british, o que não aconteceu, criando uma desuniformidade de carácter na sua personagem. Notei um grande esforço da parte da actriz para conseguir deslargar o seu sotaque norte-americano. Penso que não foi a actriz melhor escolhida para o papel; Os trabalhos de envelhecimento nos dois protagonistas não são muito convincentes visualmente. Entre 1988 e 2006 interpõe-se um hiato de 18 anos, e as únicas diferenças que notei nos actores foi a mudança de indumentária e de corte de cabelo. O rosto deles não foi minimamente trabalhado para que o espectador notasse o envelhecimento das personagens. Um descuido imperdoável; O fio condutor da história chega a cenas que entrelaça-se e emaranha-se de tal forma que é difícil compreender alguns acontecimentos; Os personagens secundários estão no filme, como bolas de natal para uma árvore.


Mas no seu todo o filme não é fardo para quem o vê, por isso realço alguns aspectos positivos, nomeadamente em algumas cenas em que a realizadora Lone Scherfig usa jogos de espelhos subtis, realçando momentos sensuais; O final da história não é a que estava à espera que fosse, embora admitamos que não tenha sido um mérito da realizadora, mas do enredo figurado pelo escritor.

Em suma, um filme completa e absolutamente banal.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Novidades Bizâncio (Divulgação)

Título: 7 Ideias Filosóficas que toda a gente Deveria Conhecer
Autor: Desidério Murcho
Pág.: 144
Ano: 2011
Preço de Capa: €7

«Penso, logo existo», «Só sei que nada sei»: estas são algumas das ideias filosóficas de que todos ouvimos falar, mas cujo significado e importância muitas vezes desconhecemos. Numa linguagem clara e directa, este livro esclarece o significado destas e de outras ideias filosóficas que mudaram a história do pensamento europeu. Integrando informação histórica e explicações pormenorizadas, eis um livro de filosofia que se lê como um romance e nos ajuda a reflectir em algumas das mais importantes ideias da Filosofia.

Novidades Papiro Editora (Divulgação)


ECOS DE UMA MENTE OBSCURA - Roberto Valente
Ecos de Uma Mente Obscura aborda temas polémicos, através de um regurgitar de ideias e emoções. Assumindo o processo de escrita como algo doloroso, consequência da sua complexidade e genuinidade — se assim não fosse, o poeta não se empenharia na sua construção — Roberto Valente incita a nova geração a não baixar os braços. Ecos de uma mente obscura instiga a imaginação do leitor sem jamais o separar da mensagem real que subjaz a seus versos.

SAGA LIBERTÉ - Monny Esmerallda
Seria o passado a razão do nosso destino ou este o resultado da nossa verdade?
No final do século XVIII, dois jovens rompem as barreiras das imposições sociais da sua época e rendem-se à busca incessante pela verdade dos seus destinos. Movidos pela força de um sonho, Luzia e Simão mudam as suas vidas, lapidando a coragem em busca da razão de ser e viver feliz.
s cidades de Vila do Conde, em Portugal, e Santo Amaro da Purificação, na Bahia, Brasil, são o palco de uma misteriosa e envolvente trama.
Assim como Luzia e Simão, todos possuímos um destino, começo, meio e fim e, independente de raça, credo ou nacionalidade, somos caçadores de nós mesmos, em busca das nossas verdades, frutos das nossas escolhas, compreendidas por uns e rejeitadas por outros.


O TESOURO DO MAR DE MANSORES - José Pinho dos Santos
Em Mansores, Arouca, existe um imponente vale verde com nascentes de água límpida. Quando o rio Arda transborda, o nevoeiro permanece no fundo do vale e forma-se um mar em Mansores, sobre o qual existem várias lendas. Passados seis anos, Amélia e Mário reencontram-se para finalmente viver o amor que tinham sido impedidos de viver no passado. Com o incentivo da família de Mário, este casal e outros jovens ousados e liberais vão revitalizar uma seita e um culto herdados dos seus antepassados, descobrindo o prazer e a liberdade que só existem no mar de Mansores.
O Tesouro do Mar de Mansores é uma história repleta de mistério e erotismo a que o leitor vai adorar abandonar-se.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

«História do Livro», de Albert Labarre

Editora: Livros Horizonte
Ano de Publicação: 2005
Número de Páginas: 104
Em 1882 definia-se o livro assim: «reunião de várias folhas que servem de suporte a um texto manuscrito ou impresso»;
Em 1931: «Reunião de cadernos impressos, cosidos em conjunto e colocados dentro de uma capa comum»;
Em 1962: «conjunto de folhas impressas e reunidas num volume brochado ou encadernado»
Actualmente no dicionário de língua portuguesa o significado da palavra livro é «Conjunto de folhas de papel, em branco, escritas ou impressas, soltas ou cosidas, em brochura ou encadernadas

Ninguém mais adequado para escrever sobre o Livro, do que Albert Labarre, conservador da Biblioteca Nacional de Paris.
Neste História do Livro o autor apresenta a evolução histórica do livro ao longo de sete capítulos.
Labarre considera que na definição de livro é necessário recorrer a três noções que têm de andar bem juntas: suporte da escrita, difusão e conservação de um texto e manuseamento.
O livro surge inicialmente como um objecto: produto fabricado, mercadoria, peça de arte, e foi-se assumindo durante muito tempo como o único meio de difusão e conservação do conhecimento, em que participava na história da civilização e da cultura.
O aparecimento do livro está ligado aos suportes de escrita. O mais antigo foi a pedra, depois a madeira – tanto que as palavras que em grego e em latim designam o livro (biblos e liber) tinham como primeiro significado casca de árvore - , a argila, a seda, a ardósia, o tijolo, o marfim, o couro e a pele de animais, o osso serviram também como suporte antigo do livro, mas os principais suportes do livro antigo foram o papiro e  pergaminho.
Fiquei a saber que o papiro é uma planta que cresce nas margens do rio Nilo - aliais a maioria dos papiros são originários do Egipto – e que este apresentava-se em forma de rolo feito de folhas coladas umas às outras, indo de 10m a 40m.
O que não sabia também era que o pergaminho foi inventado pelo rei de Pérgamo, Êumenes II, na Ásia. Para fazer o pergaminho utilizavam-se peles de ovelhas, de vitela e de cabra.

Houve uma altura em que o livro também era um objecto de luxo e ornamento. O scriptorium era onde os livros eram escritos, à mão, decorados e encadernados. Este lugar fazia parte das dependências de mosteiros e igrejas.
A execução de um livro era tida como uma obra de arte, e como tal, chegar a Deus. Portanto o livro e a religião já andaram de mãos dadas faz muito tempo atrás. O aparecimento do papel levou à multiplicação dos manuscritos. Neste estudo de Labarre fiquei a saber que o papel foi dado a conhecer ao mundo pelos Árabes.
O papel tinha, sobre o pergaminho, a vantagem de um preço mais baixo e de maiores possibilidades de fabrico. Os primeiros moinhos para fabrico de papel apareceram por meados do ano de 1100. Sabiam?
Claro que depois inventaram a imprensa – os alemães -  e o objecto livro ficou mais em foco pelo mundo inteiro.
Os principais centros de produção e de difusão de livros impressos foram feitos em feiras em Veneza, Lyon e Frankfurt, sendo esta última cidade onde o livro teve a sua maior expansão.
Todos sabemos que anualmente o maior encontro mundial do sector editorial do mundo realiza-se lá.

Segundo o autor – e sendo sublinhado por mim - o livro apenas recebe o seu inteiro significado e finalidade quando chega às mãos dos leitores.
«O livro para se completar, para ser um verdadeiro livro, na sua acepção da palavra, deve ser lido pelo leitor, tem que estar nas mãos dos leitores

Para o leitor bibliófilo, ter informação acerca da origem do livro, suas transformações consoante os tempos e descobertas tecnológicas e digitais, é imprescindível. O utensílio impresso continua indispensável para quem queira ser responsável pela sua informação e ter uma atitude activa perante a cultura.
Claro que aconselho a sua leitura. Um livro editado pela Livros Horizonte.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

No (r)Encanto da Leitura

Reggiannini-Vittorio «The Poetry Reading»

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Passatempo: «As minhas Montanhas», de Roberto Leal

O blogue em parceria com a Livros d'Hoje tem para sortear o livro «As minhas Montanhas», de Roberto Leal.

Sinopse: 
Roberto Leal foi o grande vencedor do popular programa de televisão, «O Último a Sair» (RTP1). Na sequência da sua participação, Portugal rendeu-se finalmente ao cantor. Ao longo de toda a sua vida, esta montanha, a que o levou a fazer as pazes com Portugal, talvez tenha sido a mais difícil de escalar. 
Era, para Roberto, também uma das mais importantes. Um acerto de contas necessário com o país que o viu nascer. 
Todas as outras montanhas da sua vida, todas as dificuldades, todas as provas que teve de superar desde muito jovem, que o levaram ao sucesso, fizeram parte de um caminho que, desde muito jovem, sentiu que tinha de percorrer para se tornar num ser humano melhor. Um percurso de fé e amor conduzido pela sua alma, que o levou a um lugar de paz e esperança.


O passatempo decorrerá até às 23h59 de 16 de Dezembro.

Para participar, só tens de ser seguidor do blogue e responder acertadamente ao formulário seguinte, e esperar seres o feliz contemplado.




Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui no blogue, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Obama, os segredos de uma vitória - Barry L./ Rick F.

Editora: Centro Atlântico
Nº Paginas: 184
Ano publicação: 2009
B. Libert e R. Fault, os autores deste livro são dois génios em software informático que trabalham com empresas de alto prestígio em todo o mundo. Tendo como foco de todo o estudo do livro, a campanha eleitoral de Barack Obama, este livro visa acentuar o impacto da vitoriosa estratégia de Marketing utilizada pelo vasto stuff do político. Obama foi um político pioneiro no uso de redes sociais online e no modo como se apropriou destas de forma brilhante, que entendeu como poucos o poder da interacção social no mundo digital - através do Facebook, Twitter, MySpace, Youtube, blogues, fóruns de discussão e o seu próprio mybarackobama.com – para comunicar com os seus eleitores.
Segundo os autores «o segredo do sucesso de Obama parece ser um equilíbrio entre descontracção e firmeza, a vontade de exercer o poder e a capacidade de sedução. Ele aprendeu precocemente que uma máscara de calma era tão eficaz como uma armadura de ferro».
Obama compreendeu que o grande desafio de um governo - e de qualquer modelo de administração nos dias de hoje - é se mostrar próximo de todos, mas sem deixar de cumprir seus objectivos. E este é um equilíbrio muito difícil de alcançar e que pelos vistos ele soube balancear tão bem. Obama usou a tecnologia a seu favor e não se deu mal.
O seu opositor, o republicano McCain era muito "tradicional" e continuou com o seu status quo, que foi um prejuízo para a sua campanha.

(Não obstante nota-se que os autores enaltecem e sublinham a temática das redes sociais, como veículo fundamental para um bom trabalho de marketing, que por coincidência (!) é a área em que a empresa deles é especializada.)

O livro oferece pistas de para onde o mundo dos negócios está indo, ou seja, de que é impossível evitar as novas tecnologias nos dias correntes. Focadas estão também as estratégias que funcionaram menos bem a Obama e de como esses percalços foram quase ignorados pelos eleitores. Lição descrita nas páginas do livro é que os líderes empresariais devem abraçar a Mudança e se tornar a mudança que eles oferecem. Só então os seus eleitores, funcionários, fornecedores, clientes, irão aderir.

Este livro é direccionado a empresários, a políticos, a líderes e a qualquer pessoa que queira elevar o seu poder de persuasão, seja esta utilizada para os usos mais variados. O livro dá ao leitor lições básicas sobre liderança, como manter-se sempre calmo, ser coerente, usar toda a tecnologia disponível para se conectar com as pessoas individualmente e de forma íntima.

É de uma leitura fácil e rápida, um livro útil que pode começar e terminá-lo numa tarde.
Publicado em 2009, este livro já evidenciava o poder que as redes sociais tinham até então. Agora e quase a entrarmos em 2012, é indiscutível que as redes sociais estão mais abrangentes e poderosas do que nunca.
O livro está repleto de lições, prontas a serem postas em prática, para quem as quiser ler.
Mas será que podemos confiar nessas lições?
Yes, we can!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Minha Cozinha - Clara de Sousa (Divulgação)

Sinopse
«Uma jornalista a publicar um livro de receitas? Sim… mas aqui a jornalista fica à porta. Aqui está a mulher e a mãe que, como tantas outras, tem refeições a fazer, tem família e amigos para receber e tem, sobretudo, uma grande paixão pela cozinha. Aqui está a filha de uma cozinheira profissional, que desde muito cedo lhe deu responsabilidades na preparação das refeições da família e que tantas vezes lhe provou que a culinária, os seus cheiros e sabores são uma bela forma de gerar felicidade e bem-estar.
É “A Minha Cozinha”. É mesmo. Tudo foi feito na minha casa, na minha cozinha, com as minhas frigideiras velhas, as minhas colheres de pau já gastas, o meu robot que já me conhece tanto quanto o conheço a ele, o meu forno e o meu fogão que dão o calor certo às receitas do meu lar. Só assim fazia sentido. Só assim poderia sair bem.
São muitas as receitas da minha mãe que estão nas páginas deste livro, as que tanto sucesso faziam nos muitos casamentos e baptizados que a deixavam 3 dias longe de casa. São algumas das suas “armas secretas” que nunca desiludiam ninguém. 
Também aqui estão receitas que me foram dadas por amigos e outras que fui aprendendo, recolhendo e testando ao longo dos anos. Há opções simples para fazer em casa em vez de gastar mais comprando feito, como é o caso dos patés de fígado ou do salmão curado (semelhante ao fumado), que pode fazer em quantidade em dias de festa. 
Não me esqueci das receitas que desenvolvem a natural curiosidade das crianças pela cozinha, e que nós, enquanto mães, devemos incentivar. A cozinha é um espaço de organização e criatividade, óptimo para o desenvolvimento dos mais pequenos. Vai também encontrar soluções para dias especiais, que causam um impacto muito positivo, mas que afinal nem dão assim tanto trabalho. Este livro está recheado de coisas boas. Muito boas.»

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os Factos da Vida - Graham Joyce

Editora: Bizâncio
Nº Paginas: 356
Ano publicação: 2005
Graham Joyce é um escritor presente no catálogo da Bizâncio editora, que conta já com quatro livros publicados. É autor de vários romances premiados, tendo vencido com este romance o World Fantasy Award.
Os Factos da Vida percorre a vida de Martha Vine e das suas sete filhas na cidade britânica de Coventry, nos anos durante e após a segunda guerra mundial.
Um recém-nascido pronto para ser adoptado é o ponto de partida deste romance.
Cassie, a mãe do bebé é a filha mais nova, das sete, de Martha Vine, uma mulher que tem um dom especial.
Cassie tinha sido forçada a dar o seu rebento porque o resto da família não acreditava que ela estivesse apta para ser uma boa mãe. Mais do que apenas descuidada, ela sempre foi propensa à melancolia e a volatizar pela fantasia.
Mas a criança acabou por não ser entregue. Então Martha decreta que todas as irmãs vão colaborar numa percentagem na criação e educação de Frank.
O menino irá ser um nómada ao “rodar” pelo seio familiar de cada uma das suas tias, Aida, Una, Olive, Beatrice, Evelyn e Ina. Cassie acompanha por algumas vezes as estadias do filho, mas vivendo num mundo só seu, onde a fantasia e a realidade se misturam., mas nunca deixando de amar o filho.
O lar da tia Una e William que moram numa fazenda é o primeiro abrigo de Frank. Nessa fazenda, o jovem Frank descobre o «homem-por-detrás-do-vidro», uma figura amorfa e misteriosa..
Pouco tempo depois Frank é mandado para a casa das tias gémeas Evelyn e Ida, umas espiritualistas solteironas e super tradicionalistas. É nesta casa que o menino irá evidenciar o seu dom, em sessões espíritas realizadas pelas ditas tias. Ao causar ignomínia entre as beatas amigas das tias, o menino é forçado a viajar com Cassie até Oxford, onde serão recebidos na comunidade académica e intelectual, onde a irmã de Cassie vive e estuda. A estada de Frank e Cassie em Oxford é uma das passagens mais fortes do romance, onde o autor vinca sem pudor o lado sexual do ser humano, seja qual for o seu status quo e critica a sociedade dita intelectual.
A próxima paragem será na casa da tia Aida, onde irá presenciar um ritual pouco comum, muito menos para um menino da sua idade. No entanto Frank participa ajudando o tio Tom nos seus afazeres exornamentais..
Na verdade, de cada uma das suas estadias, Frank irá tirar uma lição sobre a vida, pois as irmãs Vine e seus cônjuges são mostrados como pessoas reais com suas forças e fraquezas, com vidas em um constante estado de mutação, consoante os próprios factos que a vida vai apresentando.

Não há nada a queixar-se neste romance muito bem estruturado, com personagens muito bem desenhadas.

Algumas cenas estão brilhantemente descritas - algumas de índole erótico, mas com toda a subtileza - que só tem como consequência, o leitor ficar mais agarrado ao livro, cujas páginas vão escorregado por entre os dedos muito rapidamente.

Esta saga épica sobre a família, guerra e a magia, mostra-nos um escritor audaz e maduro, que soube equilibrar o realismo histórico com a fantasia.
Se o leitor até agora ficou com a ideia de que o mundo fantástico predomina maioritariamente neste romance, então só posso dizer que está redondamente enganado.

Recomendo esta leitura a quem esteja familiarizado com a escrita de autores como Garcia Marquez, Laura Esquivel ou ainda Isabel Allende (aliais, esta última diz mesmo que este foi um dos livros que mais a surpreendeu nos últimos tempos - como podemos ler na capa do romance).
O virar da última página foi o momento em que tive de me despedir de personagens que por uns dias viveram comigo. Antes de fechar e arrumá-lo na estante, tive de ouvir «Moonlight Serenade» de Glenn Miller. E porquê? Deixo a resposta ser desvendada pelo leitor que ler esta obra.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Passatempo: «Ultimo Adeus» - Inês Martinho

O blogue em parceria com a Edições Vieira da Silva tem para oferecer 1 exemplar do livro “Último Adeus” de Inês Martinho.

O passatempo decorrerá até às 23h59 de 11 de Dezembro. 
Sinopse: A amizade é o mais importante da vida, quando esta acaba é como se um pouco de nós morresse com ela. Quando um nosso amigo morre e não estamos preparados, pode ser uma situação muito complicada de ultrapassar. É o que se relata neste livro. A Beatriz tenta colmatar a perda da sua amiga escrevendo cartas que a Leonor nunca vai ler. Arrastada pela saudade da amiga, vai ter um fim drástico mas não sem primeiro passar pelas experiências que ela tanto deseja.

Este passatempo será realizado de maneira diferente do habitual.
Para participares tens de escrever uma frase que inclua as palavras silêncio(s) e adeus, e colá-la aqui, na página do blogue no Facebook. A frase do participante que tiver mais likes/gostos até ao dia do término do passatempo será a vencedora.

Concorre e pede ajuda aos teus amigos facebookianos para ganhares!

Resmas, resmas de livros cá em casa


O dia devia ter 48h e não 24. Não dou vencimento a tanta página para ler!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Filme: O Principezinho (The Little Prince) 1974

Trailer
Há histórias simplesmente belas. 
Grandiosas. 
Há histórias que nunca perdem-se no tempo. 
Há histórias que valem a pena serem contadas e lembradas centenas de vezes...e mais vezes.
Ontem enquanto via o filme, era com um sorriso estampado no rosto que o admirava, qual criança que é-lhe apresentado um brinquedo novo.
Muito mais poderia falar sobre o filme, mas há filmes assim, que vemos e queremos guardá-los só para nós.

Um excerto do filme

sábado, 3 de dezembro de 2011

Agradar a Todos e a Ninguém

Antoine de Saint-Exupéry [1900 - 1944]
«Aqueles que procuram agradar andam muito enganados. Para agradar, tornam-se maleáveis e dúcteis, apressam-se a corresponder a todos os desejos. E acabam por trair em todas as coisas, para serem como os desejam. Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos.
As próprias mulheres se cansam quando alguém, para lhes demonstrar amor, aceita fazer-se eco e espelho, porque ninguém tem necessidade da sua própria imagem. Mas eu tenho necessidade de ti. Estás construído como fortaleza e eu bem sinto o teu núcleo. Senta-te ali, porque tu existes. A mulher desposa e torna-se serva daquele que é de um império.»

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Resultado do Passatempo: «O Poder de Dar - Dar enriquece a sua vida»

Mais um passatempo chegado ao fim aqui no Silêncios que Falam.

Quero agradecer à Caleidoscópio pela coloboração e a todos os 133 participantes do passatempo O Poder de Dar” de Azim Jamal & Harvey Mckinnon.

O vencedor escolhido aleatoriamente através do randon.org, é:

Participante nº77 - Margarida Lencastre S.
(Lisboa)
 
Parabéns e boas leituras!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Encontra-me em Nova Iorque - Duarte Monteiro

Editora: Papiro
Nº Paginas: 140
Ano publicação: 2011
Primeiro registo literário de Duarte Monteiro, Encontra-me em Nova Iorque é um romance com resquícios de policial, que desde o início prende a atenção do leitor. Tal como o personagem principal deste livro, o autor também é jornalista e viveu em Nova Iorque; portanto estamos perante um livro com alguns traços biográficos:
«Numa das noites em que o sono parecia tão distante quanto a sua cidade natal, decidiu começar a escrever o livro que há anos vinha idealizando, mas que nunca tinha tido ganho vida através das palavras. Alguém lhe dissera um dia que todos os jornalistas têm como objectivo escrever, pelo menos, um livro na vida. Mas tinha quase a certeza que essa paixão nascera nele bem antes de ter decidido enveredar pelo mundo das notícias.» (p. 79)

Tomando Londres e a cidade Nova Iorquina como cenários deste romance, o autor apresenta-nos Edward Grant, um jovem londrino, que após o término de uma relação amorosa, decide viajar até à cidade que lhe causa deslumbramento, Nova Iorque. Antes da sua partida, visita Richard, o seu melhor amigo e casualmente descobre algo inimaginável a respeito do amigo. A sua viagem com o intuito de estar só, irá sofrer bruscas alterações de planos e verá na sua estadia em Nova Iorque uma oportunidade para reencontrar o amor. Com suspense e cenas de acção e sedução, a leitura torna-se celeremente agradável até ao epílogo.
Não obstante, o romance poderia ser mais aprofundado a nível de enredo, mencionando mais características dos personagens, aprimorando mais a obra.
Aguardo o segundo livro de Duarte Monteiro, pois tenho conhecimento que o autor já está trabalhando nele.

    Passatempo: «Simão, o Fantástico» + «Os Imperfeccionistas»

    O blogue em parceria com a Editoral Presença e pensando já no Natal, tem para oferecer 
    1 pack constituído por 2 livros: 
    - Os Imperfeccionistas, de Tom Rachman;
    - Simão, o Fantástico, de Sofia Bragança Buchholz.
    O passatempo decorrerá até às 23h59 de 16 de Dezembro.

    Para participar, só tens de ser seguidor do blogue e responder acertadamente ao formulário seguinte, e esperar seres o feliz contemplado.



    Regras do Passatempo:
    1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
    2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
    3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui no blogue, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail.

    quarta-feira, 30 de novembro de 2011

    Ser Poeta, segundo Florbela Espanca



    Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
    Do que os homens! Morder como quem beija!
    É ser mendigo e dar como quem seja
    Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

    É ter de mil desejos o esplendos
    E não saber sequer que se deseja!
    É ter cá dentro um astro que flameja,
    É ter garras e asas de condor!

    É ter fome, é ter sede de Infinito!
    Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
    É condensar o mundo num só grito!

    E é amar-te, assim, perdidamente…
    É seres alma e sangue e vida em mim
    E dizê-lo cantando a toda a gente!

    (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)