Editora: Editorial Presença
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 328
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Emilia vive em Manhattan e é uma jovem advogada devastada pela morte do seu filho recém-nascido, falecido nos seus braços, vítima de Síndrome de Morte Súbita Infantil (SMSI). Para superar a dor, ela tenta criar um laço afectivo com William, o seu enteado de cinco anos. Pouco tempo antes, quando conheceu Jack (o seu actual marido) no escritório de advocacia a que veio trabalhar, não se pensava vir a se apaixonar por ele, um homem mais velho, casado e com um filho.William é uma criança inteligentemente precoce, embora soberbamente mimada por Carolyne, a mãe. Emília uma vez por semana vai buscar o enteado à escola e é nesse dia que ela sente o olhar desaprovador das outras mães direccionado a si. Emilia sente que ser madrasta é sinónimo de ser um pária, para essas mulheres conservadoras. Não obstante, William repudia todas as tentativas de aproximação entre ambos. Para somar a este naipe de situações conflituosas, a advogada também tenta superar as suas divergências com o seu pai, além de ter que suportar os dramas despropositados da ex-mulher do seu marido. Gerir todo o imbróglio de emoções que provocam a sua exaustão, torna-se complicado e resta-lhe apenas o consolo e apoio de Jack. Mas o seu recente casamento está também a ponto de ruir.Mas o que ninguém sabe é que Emília acarreta um segredo que a dilacera constantemente…O primeiro retracto desta personagem é o de uma mulher miserável, vingativa, estulta e que não consegue amenizar as suas dores internas e seguir em frente. Esta é a primeira impressão que a autora incute ao leitor sobre a personagem principal deste romance.Na primeira parte, o romance é escrito em tom melodioso, não fosse a morte de um filho um tema frágil a ser abordado. Mas Ayelet Waldman não é uma escritora novata neste tema. Ela é conhecida por os seus ensaios e crónicas para revistas provocarem celeuma entre os leitores, por ser dona de uma escrita incisiva sobre temas sensíveis como a maternidade, os filhos, as relacções conjugais, o divórcio, etc.As Coisas Impossíveis do Amor faz jus ao epíteto sobre o que se diz sobre a escrita da autora. É um romance astuto, perverso, corrosivo, mas também terno, que conta uma história que poderia ser baseada em um caso verídico.Embora com um final presciente, este romance deixa-nos com a sensação de ter lido uma obra com um tema massivamente batido, mas em nada prototípico, muito em prol da hábil sapiência no tema, que a autora possui, e em prever díspares reacções nos seus leitores.Este livro foi publicado em 2006 e o seu título original, Love and Other Impossible Pursuits, é o homónimo da sua versão cinematográfica, realizado em 2009 e que teve no papel de protagonista, Natalie Portman, galardoada em 2011 com o Oscar de melhor actriz. Em Portugal, o filme nunca esteve em exibição nas salas de cinema, nem nunca foi editado em formato DVD. Uma lacuna.
1 comentário:
Não sabia da existência do filme e nem do livro mas estou bastante curiosa!
Beijinhos
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