Editora: Dinalivro
Ano de Publicação: 2011
Nº de Páginas: 40 |
Reforçado pelo primor das ilustrações, O Autocarro de Rosa Parks, livro recomendado a leitores maiores de 7 anos, tem a incumbência de se revelar uma obra de carácter educativo. Temas sérios, como o racismo, em vez de histórias de fantasia, de príncipes, dragões, é o que podemos encontrar nesta obra de formato 200x300mm, do escritor italiano Fabrizio Silei, publicada em Portugal pela Dinalivro.A história conta a história verídica de Rosa Parks (1913-2005), a mulher que transformou um país só por não ter cedido o seu lugar num autocarro, a uma pessoa branca, nos E.U.A., no ano de 1955.A narrativa inicia-se com a visita de um avô afro-americano com o seu neto ao Museu Henry Ford, onde está em exposição o Autocarro de Montgomery, onde a «desobediência» cometida por uma mulher negra — que resultou-lhe em prisão — marcou o início de uma revolução contra a segregação racial e igualdade de direitos civis, e que elegeu Rosa Parks como uma das mulheres mais corajosas do século XX. Uma das figuras que associou-se a esta luta pela descriminação de raças foi Martin Luther King, Jr.O narrador recorda ao neto esse episódio, dizendo que ele próprio era um dos passageiros do autocarro, que presenciou o gesto de coragem da senhora de meia-idade naquele dia, levantando uma série de perguntas por parte do neto.O Autocarro de Rosa Parks é acima de tudo uma lição de como a intolerância e a indignação podem ter um lado positivo, e de que não devemos ter receio de darmos um passo em chão desconhecido: «O importante é vencer o medo e estar sempre do lado daquilo que é justo.»Por transmitir uma importantíssima mensagem, esta obra já está publicada em países diversos como a França, Alemanha, Espanha, Grécia e Brasil. É um livro apoiado e recomendado pela Amnistia Internacional. Um belo livro.
4 comentários:
Interessantes temáticas para apresentar aos meus alunos. Obrigada pela partilha.
Parece interessante mas será verosímil? Quero dizer: porquê o relato na 3ª pessoa de um observador que, em partida, será branco uma vez que estava no autocarro...
Os factos tendem a ser distorcidos à medida que acrescentam um ponto. Não vá uma criança achar que existiu mesmo um narrador branco que relatou a história a menos que tenha mesmo existido e deixado provas disso. Rose só fez foi sentar-se. Acreditem que, o resto, foi a imprensa e os interesses sociais, políticos e as lutas pelo poder.
Uma perspectiva bem interessante. Tenho de folhear este livro.
Eu ganhei este livro num passatempo da editora no blogue, e confesso que se não fosse pelo livro em questão não sabia da existência desta situação nos anais da história.
Enviar um comentário