Serotonina, com tradução de Valério Romão, é uma das grandes apostas da Alfaguara para Maio. Romance
lírico, irónico, cruel, cirúrgico e profético, Serotonina é uma
radiografia do futuro que nos espera, atravessada pelo olhar sempre
provocador do escritor francês Michel Houellebecq, autor de romances como A Possibilidade de uma Ilha e Submissão.
Sinopse
Florent-Claude Labrouste tem quarenta e seis anos, é funcionário do Ministério da Agricultura e detesta o seu nome. Divide o apartamento na periferia de Paris com Yuzu, a namorada japonesa, muitos anos mais jovem. Cínico, profundamente desesperançado e intimamente só, tudo lhe parece insuportável: a França está à beira do precipício, a Europa ameaça ruir, a sua vida é um beco sem saída.
A descoberta de uns vídeos comprometedores da namorada, que ele planeava há muito abandonar, leva-o a despedir-se de muito mais: deixa o emprego, a namorada e a casa, e aluga um quarto de hotel. Dedica os dias a divagar e deambular pelos bares, restaurantes e lojas da cidade. E descobre Captorix, um antidepressivo que liberta serotonina e lhe devolve a possibilidade de aguentar o dia-a-dia mas lhe rouba aquilo que poucos homens estariam dispostos a perder.
Aproveita a ruptura radical para rememorar o passado: as aspirações e ideais de jovem agrónomo; as relações amorosas, de fim desastroso; a nostalgia de um amor perdido; e o reencontro com um velho amigo aristocrata, que o ensina a manusear uma espingarda. Entre passado e futuro, é-lhe forçoso contemplar, com uma feroz acidez, um mundo sem bondade, desumanizado, atingido por mutações irreversíveis.
Com Serotonina, romance-profecia de um futuro pouco perfeito, Houellebecq reafirma-se uma vez mais como um cronista impiedoso da decadência da sociedade ocidental, um escritor indómito, incómodo e por isso imprescindível.
Críticas de imprensa
«Houellebecq tem a capacidade de transformar lugares-comuns em perfeitas comédias. Adorei esta leitura.»
Sunday Telegraph
«Michel Houellebecq pode bem ser o romancista mais interessante dos nossos tempos.»
Evening Standard
«Houellebecq conseguiu mais uma vez. Tem um olfacto indiscutível para captar aquilo a que os alemães chamam o zeitgeist: o espírito dos tempos.»
El País
«Um romance demolidor, apesar de na sua escuridão cintilar uma esperança. Houellebecq é um autor de génio.»
El Mundo
O livro de ficção infantil O Barco das Crianças, do Prémio Nobel da Literatura em 2010, Mario Vargas Llosa, ilustrado por Zuzanna Celej e traduzido para português por Vasco Gato, é um dos próximos lançamentos da Editorial Presença.
Sinopse
De manhã, ao preparar-se para ir para a escola, Fonchito vê um homem sentado num banco do parque, contemplando o mar, Intrigado, por vê-lo ali a cada manhã, decide ir ao seu encontro para lhe perguntar o que procura ele, sempre sentado no mesmo banco, O velhinho, com um sorriso nos lábios, decide partilhar com Fonchito uma história muito antiga e extraordinária. E todos os dias, antes de o autocarro da escola chegar, Fonchito passa a ouvir um novo capítulo das aventuras de um barco cheio de crianças que, desde a época das Cruzadas, navega nos mares do mundo.
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