Acordei nesta manhã
Sobre um manto branco
Que sobre o mar ondulava
À mercê do além
E do caminho obscuro
Tão longínquo…
Senti que estava acordando
Para uma nova vida
Para um mundo recente
Onde só os raios solares
Poderiam alimentar-me
Quis voltar ao sono
Porque nesse mundo novo
Queria não estar
De súbito
As nuvens chocaram
E deram fruto
Relâmpagos e trovões faiscaram
As ondas subiram
E o manto desapareceu…
Fizera-se noite
E um branco no mar
Luziu ao encontro das estrelas
Miguel Pestana
(2003)
4 comentários:
não te sabia poeta.
lindissimo.
beijo.
Belíssimo! Se o mundo novo nos abre as portas, tão intensamente, só nos resta para ele acordar.
Bjs.
Gostei muito!
Obrigado.
Apeteceu-me tirá-lo da gaveta!
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