O impulsionador do Festival Literário da Madeira, Francesco Valentini, director da editora Nova Delphi — promotora do FLM —, deu por aberto oficialmente a 3ª edição do FLM. No seu texto de abertura direcionou-se sobre o papel interativo tanto da palavra como o da escrita, para o fomentar da escolha e liberdade de expressão dos cidadãos. Vincou a importância de ler para o crescimento pessoal, dizendo que uma pessoa que não lê (jornais, revistas, livros, etc.) é como uma pessoal que se distancia da sociedade do seu meio; que se isola e não interage com os outros, e mesmo consigo própria. Coube-lhe a tarefa de introduzir e explicar o por quê do tema-cartaz desta edição do festival: Manifesto à Arte. Francesco Valentini proferiu, diante de uma sala que se apresentou cheia, o objectivo maior da presente edição: fazer da Madeira um dos centros de diálogo e debate sobre literatura, através da profusão de ideais e pensamentos de vários intervenientes.O vereador da Cultura da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, na sua intervenção, parabenizou a organização, e ressaltou a importância do festival para a dinamização cultural na ilha. Afirmou que o FLM vem, de certa forma, vem suportar financeiramente a vinda de autores nacionais e internacionais à Madeira, numa altura de retenção de despesas.A escritora feminista norte-americana Naomi Wolf, a cabeça-de-cartaz do FLM, subiu ao palco e uma das suas primeiras frases foi «Esta noite vou falar sobre a vagina». Dito e concretizado. Mas antes agradeceu a presença de todas as pessoas presentes no Teatro Baltazar Dias, e proferiu elogios sobre a gastronomia madeirense e sobre o interesse da população em debater temas intelectuais. A sua apresentação primou pela espontaneidade e simpatia com que parentesava as suas ideologias. Assuntos como o orgasmo feminino e masculino, os nervos pélvicos, a oxitocina vs dopamina, a obsessão pelo sexo («Why people are so obsessed about feminine sexuality?»), pornografia, masturbação, etc., tudo contribuiu para que a sua apresentação fosse um momento descontraído e em nada tabu.A primeira Conversa à Mesa juntou Rui Tavares e a jornalista norte-americana. O tema vestiu-se de sério e teve como base os livros dos dois participantes, «O Fim da América» e «A Ironia do Projecto Europeu». Depois do tema sexual falou-se de um tema repressivo, a política.O tema da Conversa Cruzada de amanhã, previsto para as 18h, é A Arte de Morrer Longe, e terá como intervenientes: João Tordo, Raquel Ochoa, Tiago Salazar e Tiago Patrício. A moderação da conversa está a cargo da jornalista Cláudia Rodrigues.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Dia 3 do Festival Literário da Madeira
publicado por Miguel Pestana
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