sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Novidade da editora O Lado Esquerdo: «Os Idiotas», de Rui Ângelo Araújo



Os Idiotas
de Rui Ângelo Araújo

Sinopse
O Lúcio, o Luís, o Óscar, o Avelino, o Sérgio e o Vasco foram em tempos pessoas quase normais, projectos individuais de cidadania como outros quaisquer. O que hoje são e aquilo a que se dedicam não se resume tão facilmente, embora possamos tentar encontrar uma tímida explicação na trágica convergência de certos eus e de determinadas circunstâncias. Aos idiotas, ainda por cima, calhou-lhes Bồ Đào Nha como país, um pedaço de terra que lhes impõe uma visão do mundo apocalíptica e irada, a de um presente desértico a cavalgar para um futuro impossível, estilhaçado pela corrupção e por uma montanha compacta de sobreposições 'non sense'. Os idiotas poderiam ter permanecido assim, em desequilíbrio perfeito, para sempre, mas a chegada de Helen, uma mulher misteriosa e dorida, vem catalisar o inevitável.
Romance futurista? Não... 'Os idiotas' acontece hoje, aqui e agora. 'Os idiotas' acontece-nos. 'O que quer que sejamos, somo-lo por oposição aos cretinos, que são o resto das pessoas.' diz, algures, o Lúcio. E, se calhar, diz bem.


O autor
Fundou e dirigiu o 'Eito Fora – Jornal de Vilarelho' (1998-2002), uma publicação cultural da região de Trás-os-Montes, mas que não cabia nela. Posteriormente, fundou e dirigiu a revista literária, artística e crítica 'Periférica' (2002-2006), a 'new yorker portuguesa', com distribuição nacional e panegíricos ibéricos (‘la mejor revista cultural lusa se 'cuece' en una aldea remota’, jurava o ‘El Mundo’). Escreveu algumas dezenas de contos e três romances, todos indignos de ‘imprimatur’. Mantém o blogue 'Os Canhões de Navarone', onde verbera o país ou se senta a observar a vida selvagem em volta. Numa era remota tocou viola-baixo. Hoje vacila no seu desempenho do Quixote, mas a culpa é da realidade.
Um ex-baixista que depois de ter enterrado duas revistas resolveu pôr-se a escrever romances — e com isso provavelmente cavou a sua própria sepultura. Uma parte do país nunca lhe perdoará ter cometido 'Os Idiotas'.

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