terça-feira, 15 de outubro de 2013

Da ‘rentrée’ literária

Entre as muitas novidades que as editoras portuguesas anunciaram nas últimas semanas para fazer companhia aos leitores na estação em que as folhas caem (por exemplo os novos livros de Richard Zimler, Mario Vargas Llosa, J. M. Coetzee, Paul Auster e dos lusófonos Ana Luísa Amaral, José Tolentino Mendonça, Lídia Jorge e José Rodrigues dos Santos (e, não esquecer, o primeiro livro do ínclito ex-primeiro-ministro José Sócrates, que será lançado na próxima semana, sub-intitulado ‘Sobre a tortura em democracia’)) está ‘Quando o Cuco Chama’, o primeiro policial da escritora da saga Harry Potter, que assinou-o sob o pseudónimo Robert Galbraith. O objectivo de J. K. Rowling era escrever um policial sem que se soubesse a sua identidade, só que esse ‘segredo’ – ou estratégia de marketing, diria eu – foi descoberto e revelado num jornal britânico, em Julho, dois meses após a publicação e recepção positiva por parte da crítica. Esta fuga de informação fez subir vertiginosamente o policial para o top de livros mais vendidos na Inglaterra, destronando do trono o mais recente ‘thriller’ de Dan Brown. O livro, publicado pela Editorial Presença, está à venda a partir de hoje em Portugal, tem 496 páginas e conta a história de Cormoran Strike, um veterano da guerra do Afeganistão que se torna detective privado e tenta desvendar o caso do suicídio de um modelo feminino. Segundo o jornal ‘USA Today’ este é “um dos livros do ano.” Assim, depois de uma tentativa falhada com ‘Uma Morte Súbita’, o seu primeiro romance para o público adulto, em 2012, a escritora multimilionária que vendeu mais de 450 milhões de exemplares em todo o mundo, volta à ribalta, agora com histórias intricadas e com suspense. E o próximo policial já está pronto, e deverá sair para o ano.
(Texto publicado no Diário de Notícias da Madeira, em 15/10/2013)
 

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