É tarde, meu amor
É muito tarde.O tempo implacável me consomeE destrói o vigor do corpo moço:Apagou o fulgor do meu olharRoubou a altivez do seio cheioSecou o rio manso do meu ventreCobriu de pergaminho a minha mãoÉ tarde, muito tardeMas… por dentroAinda bate, por ti, o coração.
Maria Aurora Carvalho Homem, in Discurso Amoroso
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