quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

As três primeiras apostas literárias da Parsifal para 2014


Tempo de Combate
de Baptista-Bastos 
Data de Publicação: 22/01/2014
N.º de Págs.: 212
Sinopse
Quarenta anos após o fim da ditadura, Portugal vive momentos extraordinariamente difíceis e perigosos. Os jovens não têm emprego, os estudantes não têm condições para aprender, os trabalhadores não têm protecção e os idosos estão cada vez mais abandonados. A pobreza instalou-se em todos os sectores da sociedade portuguesa, levando a um êxodo para o estrangeiro como não conhecíamos há meio século. O país está hoje refém de uma estratégia liberal cujos resultados têm sido terríveis para os portugueses. Palavras como «Esperança» ou «Amanhã» desapareceram do vocabulário quotidiano. Com a mesma coragem que demonstrou quando foi despedido por motivos políticos durante a ditadura salazarista, Baptista-Bastos traça nesta obra um retrato amargo mas lúcido de uma época em que a governação é exercida sem rumo e entre escândalos, atropelando leis, derrubando direitos e dilacerando ideais. Tempo de Combate não é apenas um livro necessário para meditarmos sobre esta triste e perigosa realidade; é um livro urgente para agirmos civicamente. Enquanto há tempo.
«Um conjunto de textos não recomendável ao leitor que aprecia as suavidades que disfarçam a dureza de uma realidade imposta sem legitimidade.»
João Céu e Silva, in «QI», suplemento do «Diário de Notícias», 18.Jan.2014, sobre Tempo de Combate

Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras
de Manuel da Silva Ramos, com Ilustrações de João Pedro Lam

Data de Publicação: 19/02/2014
N.º de Págs.: 148

​Sinopse
Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras é um livro singular. Porque é uma obra para saborearmos à lareira ou para levarmos para a praia (no Inverno, quando o sol é mais clemente, mas também no Verão, época em que chove menos), porque é um livro culto e divertido, didáctico e pós-moderno. Ou, apenas, porque é uma obra de um dos mais originais escritores portugueses – Manuel da Silva Ramos (monsieur, s’il vous plait…).

Neste livro podemos encontrar histórias para serem lidas enquanto se espera pelo autocarro matinal a caminho da fábrica, durante o check-in de uma viagem de jovens finalistas a Varadero, enquanto se aguarda pelo INEM, que vem célere em socorro de um peão recém-atropelado, ou para saborear durante uma pisadela de um tacão afiado na intimidade do jogo amoroso.

De Viana do Castelo ao castelo de Paderne, do arsenal da Marinha à Marinha Grande, da transmontana aldeia da Carrapatosa às longínquas florestas da ilha de Java, Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras é uma obra que estimula o prazer (da leitura ou outro) em qualquer parte do globo.

Manuel da Silva Ramos
Nasceu na Covilhã, em 1947. Estudou Direito em Lisboa, mas por causa do fascismo exilou-se em França. Aos 21 anos ganha o Prémio de Novelística Almeida Garrett, com Os Três Seios de Novélia. Publica em parceria com Alface: Os Lusíadas, As Noites Brancas do Papa Negro e Beijinhos. Regressa a Portugal em 1997, e em 1999 publica quatro livros: Portugal, e o Futuro?, O Tanatoperador, Adeusamália e Coisas do Vinho. Em 2000 edita Viagem com Branco no Bolso e nos anos seguintes Jesus, The Last Adventure of Franz Kafka, Café Montalto, Ambulância, O Sol da Meia-Noite, A Ponte Submersa, Três Vidas ao Espelho e Pai, Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela.

A Montanha e o Titanic

De Luísa Franco (Edição de Miguel Real)



Data de Publicação: 19/02/2014
N.º de Págs.: 196



Sinopse

No dia em que recebe a notícia que autoriza a sua aposentação, Luísa Franco é uma mulher naturalmente feliz. Professora do ensino secundário durante mais de 30 anos, poderia finalmente descansar. Mas esse dia haveria de trazer-lhe também uma novidade devastadora e para a qual não estava preparada: o resultado das análises médicas a que procedera não deixava margem para dúvidas, explicando as dores, as manchas no corpo e a ausência de vigor muscular que vinha sentindo nas últimas semanas – sofria de leucemia mielóide aguda.

Confrontada com esta situação e tendo consciência de que não lhe resta muito tempo de vida, decide enfrentar um último desafio: escrever a história de Álvara Bitancurt e de Manuel Franco, seus avós, vítimas do naufrágio do Titanic.
Com edição de Miguel Real, que fixou definitivamente o texto, e agora apresentada a título póstumo aos leitores, A Montanha e o Titanic é uma obra intensa, emotiva e, nalguns casos violenta, na qual realidade e ficção se vão intercalando, que não deixará nenhum leitor indiferente.

Luísa Franco
Nasceu na vila da Calheta, na ilha da Madeira, em 1953. Depois de terminar os estudos secundários, foi para Coimbra, em cuja universidade se licenciou em Românicas.
Após os estudos, decide recuperar a casa que herdou dos avós, em Madalena do Pico, nos Açores, onde lecionou no ensino básico e secundário durante mais de 30 anos. Nunca se casou, nem se lhe conheceram namorados. Morreu a 15 de Abril de 2012, no dia em que se cumpriam os 100 anos da tragédia do Titanic.

2 comentários:

nuno chaves disse...

A minha atenção despertou para "A Montanha e o Titanic", apenas pela sinopse, fiquei convencido.
A edição de texto de Miguel eal é uma mais valia (visto gostar do autor)
Gostei bastante da sinopse.Entrou na lista de futuras aquisições

Miguel Pestana disse...

Esse é precisamente uma das minhas próximas leituras. Está separado já no topo dos 'a ler'.