Diogo Lopes tem dezasseis anos mas fala com a segurança de quem é mais velho. Aos dez anos descobriu que sofria de Charcot-Marie-Tooth, uma doença neurodegenerativa, também conhecida como atrofia fibular muscular, que leva à perda de força e sensibilidade dos membros superiores e inferiores. Uma doença rara e incurável. A sua condição delicada provoca atrofia muscular, deformação óssea e perda de sensibilidade. Se no presente o seu equilíbrio já está afetado, no seu futuro está em causa a sua autonomia.
Baluartes: Episódios de uma Vida com Banda Sonora (Vogais l 216 pp.), à venda a partir de hoje, é o seu testemunho, sentido, poético e emocionante, sobre a possibilidade de se ser feliz apesar dos obstáculos que a vida, por vezes, nos impõe.
«A maturidade do Diogo é inexplicável e quase inquietante. O que sabe ele da vida para saber tanto sobre ela?»
Sérgio Godinho
«O
prazer da leitura; pois, é que se trata de um livro mesmo bom, do ponto
de vista literário; quero dizer, o estilo, o manejamento dos truques
da arte são já o de um jovem mestre. Daqui, a surpresa. O Diogo é um
escritor muito jovem, um puto, diga-se, mas tanto a modulação dos ritmos
narrativos como o dosear das intensidades de humor (negro, às vezes) e
poesia são já de uma grande maturidade. Morrem regularmente escritores
célebres, em idade avançada, sem terem atingido este nível.»
João Paulo Esteves da Silva, pianista e compositor
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