segunda-feira, 9 de agosto de 2021

«Maurice», uma história de auto-descoberta e aceitação da sexualidade

O escritor britânico Edward Morgan Forster, mais conhecido por E. M. Forster (1879-1970), escreveu seis romances, entre os quais Um Quarto com Vista (Ed. Relógio d'Água (esgotado)), Passagem para a Índia (Ed. Relógio d'Água (esgotado)) e Maurice (publicado em Portugal em 1989 pela editora Cotovia). Este último, uma obra controversa, que desvenda e exalta o amor homossexual, foi originalmente publicado em 1971, embora o autor tenha começado a escrevê-lo em 1913.
Há muitos anos esgotado no nosso país, Maurice volta a ser editado em meados deste mês, pelas Edições Asa.
Maurice foi adaptado a filme por James Ivory em 1987 e impulsionou a carreira de Hugh Grant (foi o 3.º filme em que o actor participou), que após interpretar a personagem de Clive Durnham passou a actuar com mais intensidade no mercado cinematográfico europeu. O filme foi um dos grandes destaques do Festival de Veneza em 1987.

Sinopse
Da adolescência aos anos da universidade, em Cambridge, e à vida profissional na firma do seu pai, Maurice Hall representa o papel do homem inglês convencional. Mas por baixo da fachada de conformidade, Maurice sonha poder libertar-se das amarras da sociedade e assumir a sua verdadeira identidade.
O primeiro amor de Maurice, Clive Durham, apresenta-o aos gregos antigos e à beleza da atração pelo mesmo sexo. Para Clive, a relação entre os dois é uma forma elevada do amor, uma relação puramente platónica, sem espaço para intimidade física.
Quando Clive casa com uma mulher, Maurice fica devastado. Incapaz de seguir o mesmo percurso, procura um hipnotista que o possa curar da homossexualidade. Neste confronto entre solidão, vergonha e busca pela felicidade, Maurice acaba por se revoltar contra as regras tácitas da sociedade em que vive
.

Outro livro com a mesma temática, recentemente publicado pela LeYa: A Biblioteca da Piscina, de Alan Hollinghurs.

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