segunda-feira, 22 de agosto de 2016

1 milhão de visitas alcançadas

O sensor não engana: 1,000,000 de visitas desde 13 de Setembro de 2010.
Obrigado.
 

Segundo romance de Miguel Gizzas, «O Dia em Que o Mar Voltou», faz alusão ao Grande Terramoto de Lisboa

Depois de se estrear, em 2014, no romance, com o livro Até que o Mar Acalme, o músico e também escritor Miguel Gizzas publica O Dia em Que o Mar Voltou. Esta obra também musical, com 12 músicas inéditas, mantém o carimbo da Editora Gradiva.

Texto sinóptico
Lisboa é o centro deste mundo em que um dia tornou a acontecer aquilo que se julgava possível, e mesmo expectável, ainda que muitos se recusassem a acreditar. Duas pessoas previram, naquele amanhecer diferente, que algo terrível estava prestes a chegar. De nada valeu, pois o inevitável não tem travões. E, assim, a capital voltou a ficar destruída aos pés de um intenso terramoto e de um aterrador tsunami. Mas foi precisamente numa cidade que se mostrou presa fácil para a força da natureza que se ergueram braços humanos com vontade de a levantar. Mais ainda: destaparam-se sentimentos ocultos, descobriram-se outros ainda não revelados. No meio da devastação, do sofrimento e do choque há espaço para uma história de homens comuns tornados gigantes. E há espaço para o amor.

Neste novo romance musical de Miguel Gizzas a leitura serve-se com som o autor volta a apresentar uma narrativa para a qual compôs músicas. Assim, o que se propõe é um novo romance musical. Para ler. Para escutar. Para sentir.

Um romance musical.

Uma experiência vivida em vários canais. Assim como a banda sonora de um filme nos transporta para o sentimento que a história pretende narrar; assim como num musical a história é colorida pela música; neste romance Miguel Gizzas pretende colorir os sentimentos que transmite não apenas com a escrita, mas também com as músicas que acompanham cada capítulo. Um romance escrito, composto e interpretado pelo mesmo autor.
Leia a história e ouça a música no próprio livro através da leitura de QR codes que o acompanharão aos temas musicais do autor. Encontrará os temas também disponíveis em CD.

sábado, 20 de agosto de 2016

Dois livros de não-ficção que chegam às livrarias a 24 de Agosto

O Pequeno Buda
de Tomás de Mello Breyner
Texto sinóptico
O exagero de informação, os iPads, as actividades extracurriculares, a sobrecarga dos TPC fazem com que as crianças de hoje não tenham tempo. Muitas vezes, sem querer, acabamos por lhes colocar pressão numa idade em que eles deviam brincar nas poças de água na rua ou a subir às arvores.
A meditação infantil tem inúmeros benefícios no bem-estar e na saúde das crianças.


O Que Ganhamos Quando Envelhecemos
de Wilhelm Schmid
Texto sinóptico
A sociedade moderna renega o processo de envelhecimento. Comparamo-lo a uma doença, que deve ser eliminada. Schmid descreve o envelhecimento como um processo harmonioso e necessário, coerente com o ciclo natural das coisas.
O autor não procura aqui a eterna juventude, nem pretende ignorar a passagem do tempo, mas sim apresentar a verdadeira arte de envelhecer e o que realmente ganhamos ao ficarmos mais velhos. 

Conhece aqui outros dois novos lançamentos do Penguin Random House, Grupo Editorial do qual fazem parte as Editoras Arena e Objectiva.

Paulo Coelho está de volta com «A Espia»


Depois do romance Adultério, publicado por cá em Abril de 2014, A Espia é o título do mais recente livro do escritor brasileiro Paulo Coelho. Esta nova obra, inspirada na corresponência epistolar entre a dançarina holandesa Mata Hari e o seu advogado, chega às livrarias portuguesas a 16 de Setembro (No Brasil, será no dia 6 de Setembro), numa edição com a marca da Editora Pergaminho.
Baseando-se em documentação que tem sido divulgada pelas autoridades militares alemãs e holandesas, assim como pelo MI5, Paulo Coelho recria a vida de Mata Hari através da última carta que escreveu. Toda a narrativa do livro está na primeira pessoa, dando voz à própria Mata Hari.
«Mata Hari foi uma das nossas primeiras feministas», diz Paulo Coelho. «Desafiou as expetativas masculinas do seu tempo e escolheu viver uma vida independente e nada convencional. Ainda hoje, podemos aprender muito com a sua vida, pois as acusações levadas a cabo pelos mais poderosos continuam a custar a vida a muitas pessoas inocentes.»

Texto sinóptico
Mata Hari – O seu único crime foi ser uma mulher livre.
«Tudo o que sei é que o meu coração é hoje uma cidade fantasma, povoado por paixões, entusiasmo, solidão, vergonha, orgulho, traição, tristeza. E não consigo desenvencilhar-me de nada disso, mesmo quando sinto pena de mim própria e choro em silêncio. Sou uma mulher que nasceu na época errada e nada poderá corrigir isso. Não sei se o futuro se lembrará de mim, mas, caso isso ocorra, que nunca me vejam como uma vítima, e sim como alguém que deu passos com coragem e pagou sem medo o preço que precisava de pagar.»

Mata Hari foi a mulher mais desejada da sua época: a famosa bailarina que usava exóticas danças orientais para chocar e encantar as plateias de toda a Europa; a confidente e amante dos homens mais ricos e poderosos do seu tempo; a mulher com um passado enigmático que despertava o ciúme e a inveja das senhoras da mais alta aristocracia parisiense. Uma mulher que ousou libertar-se do moralismo e dos costumes provincianos das primeiras décadas do século XX – e pagou caro por isso.
Em A Espia, Paulo Coelho evoca de forma magistral a vida desta magnífica mulher, que nasceu à frente do seu tempo, apresentando-a ao leitor contemporâneo como uma poderosa lição de força e de liberdade.
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De referir que a agenda anual de Paulo Coelho, que no próximo ano tem o título Amizade 2017, estará à venda a partir do dia 2 de Setembro, numa publicação Arte Plural Edições.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

«Antes de Eu Partir», de Paul Kalanithi

Data de publicação: 22/04/2016
N.º de páginas: 224

Paul Kalanithi (1977-2015) tinha 36 anos e era um profissional em ascensão na neurocirurgia quando descobriu que tinha um tumor maligno no pulmão. Ele estava no 6.º e último ano de internato num Hospital em São Francisco. Nas páginas que perfazem o prólogo de Antes de eu Partir, ele conta ao leitor o momento em que recebeu o diagnóstico e como esse veredicto mudou a sua vida. A morte, tão familiar para ele no seu trabalho, fazia-lhe agora uma visita pessoal.
Na primeira parte da obra, o autor conta os momentos mais marcantes da sua infância, adolescência e transmite ao leitor que desde sempre se interessara por entender a relação que existia entre o sentido, a vida e a morte. Para compreender as particularidades da morte este jovem ambicioso estudou História e Filosofia da Ciência e Medicina em Cambridge, Literatura Inglesa em Stanford e por fim incursou na Faculdade de Medicina de Yale, nos EUA.
A primeira dissecação de um cadáver, o primeiro nascimento, a primeira morte de um paciente seu, são episódios que lhe marcaram e são relatados de forma íntima e emocionante, nas páginas do livro. Não é necessário ler muito do que Paul partilha na obra, para sabermos que ele dava imensa importância às relações humanas:
«Quando não há lugar para o bisturi, as palavras são o único instrumento do cirurgião.»
«antes de operar um doente ao cérebro tenho primeiro de entender a sua mente: a sua identidade, os seus valores»
A segunda parte do livro é guiada pela voz narrativa do neurocirurgião após ter sido diagnosticado com a doença terminal, a partir do ponto em que ele comeca a ver o mundo através de duas perspectivas: «começava a ver a morte simultaneamente como médico e doente.» Esta parte que ruma até ao final do livro, é mais perturbante, inquietante e simultaneamente emocionante. Aqui, ele disseca o seu íntimo de forma sincera, afirmando que o cancro o ajudou a salvar o seu casamento com Lucy, a mulher, e o ajudou a entender, finalmente, questões que ele desde há muito levantara e estudara sobre a mortalidade.
Metástase, cancro, cérebro, morte, vida, limbo, são vocábulos que surgem amiúde ao longo da leitura. O autor é comedido na forma como apresenta o conteúdo da sua vida, escreve usando linguagem pungente e adornada com termos pomposos, mas sem gíria médica.
Antes de eu Partir (When Breath Becomes Air; tradução de Teresa Carvalho) é uma obra póstuma intensa, emotiva e, nalguns casos, violenta, que nos fala sobre algumas das coisas mais simples e mais importantes da vida e da morte. Deste livro, uma contudente lição de como lidar com a morte, podemos absorver que a vida é breve, mesmo quando é longa.


Citação
«Recebi a pulseira de plástico que todos os doentes usam, vesti a familiar bata azul-clara do hospital, passei pelas enfermeiras que conhecia de nome, e fui admitido num quarto – o mesmo quarto em que vira centenas de doentes ao longo dos anos.» (p. 37)

«Preferida», de Sylvia Day, um dos romances que mais vende actualmente em Portugal


Preferida
de Sylvia Day

Texto sinóptico
Gideon Cross. Apaixonar-me por ele foi a coisa mais fácil que me aconteceu até hoje. Surgiu de forma instantânea. Completa. Irrevogável.

Casar com ele foi um sonho tornado realidade. Ficar casada com ele é a luta da minha vida. O amor transforma. E o nosso tanto é uma espécie de refúgio como uma tempestade violenta. Duas almas atormentadas entrelaçadas como se fossem uma.

Ele deu-me tudo. Agora, tenho de provar que consigo ser o seu porto de abrigo, tal como ele foi o meu. Juntos, vamos conseguir fazer frente a todos quantos tentam, por qualquer meio, interferir na nossa relação.

Comprometermo-nos com o amor foi só o primeiro passo. Lutar por ele vai libertar-nos ou separar-nos de vez.

Sedutor e emocionante, Preferida é o ansiosamente esperado final da série Crossfire, a incrível história de amor que cativou milhões de leitores em todo o Mundo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

POKÉMON GO, um livro (não oficial) do jogo, é publicado pela Editora Goody


Pokémon Go 
Guia Essencial
Não Oficial

Texto sinóptico
Este livro foi criado a pensar na comunidade de jogadores de Pokémon Go que cresce todos os dias. A história do jogo, um guia de A a Z para os treinadores, o Pokédex que detalha tudo sobre os 151 Pokémon, como ajudar a equipa a ganhar batalhas, e por por fim e importantíssimo, os segredos para se encontrar os Pokémon mais raros!

Um pouco de história
A marca Pokémon como nasceu, quem a fez nascer e como cresceu.
A Niantic ou a história por detrás de quem quis mudar a forma como as pessoas interagem como mundo que as rodeia.

Jogar cada vez melhor
Guia de A a Z: Como ser o maior treinador de Pokémons.
Itens: Como maximizar a mochila ao limite.
Equipas e batalhas: Melhorar a equipa e ganhar batalhas.
Truques escondidos: Os segredos do jogo para apanhar alguns Pokémon mais raros.
Pokédex: Os 151 Pokémon em detalhe – Forças e pontos fracos, ataques, evoluções, características.

Novidades: «Panama Papers - A História de um Escândalo Mundial» e «Cartas por um Sonho»

Panama Papers
A História de um Escândalo Mundial
de Frederik Obermaier e Bastian Obermayer
Texto sinóptico
Tudo começou com uma mensagem anónima: «Interessado em dados? Partilho com prazer.» Bastian Obermayer, jornalista do Süddeutsche Zeitung, respondeu de imediato que sim. E começou a receber uma série de documentos que os deixaram a ele e ao seu colega Frederik Obermaier perplexos.

Ministros, presidentes, ditadores, xeques, emires, reis, gangsters, agentes secretos, os oficiais da FIFA, aristocratas, artistas, estrelas do futebol, bilionários... A fonte era anónimo, mas não os envolvidos. Para processar o grande volume de documentos que iam recebendo, os dois jornalistas reuniram uma rede mundial de repórteres de investigação. Durante quase um ano, cerca de 400 jornalistas de alguns dos meios de comunicação mais importantes do mundo têm trabalhado em sigilo absoluto para analisar os milhões dos dados recebidos. Documentos que lhe abriram uma janela num universo paralelo, hermético, onde são geridas — e muitas vezes desviadas e escondidas — enormes quantidades de dinheiro.

Esta é a história fascinante de uma investigação jornalística internacional, que revelou como uma pequena elite, que crê não ter que responder a ninguém, lida com grandes fortunas, livres de impostos. É como acender uma luz num quarto escuro — de repente, está tudo à vista.
«Essa história ainda vai a meio e para contá-la são necessárias evidências. Difíceis de arranjar. Por que é que o núcleo duro dos Espírito Santo haveria de canalizar dinheiro que, de uma forma indireta, foi parar a uma conta de um amigo próximo de um primeiro-ministro?» Micael Pereira, in prefácio



Cartas por um Sonho
de Ángeles Doñate
Texto sinóptico
O Inverno chega a Prvenir e traz com ele uma má notícia: a estação de correios vai fechar e o pessoal vai ser transferido para a cidade. Quem precisa de um carteiro num mundo onde já não se escrevem cartas?
A comunicação virtual chegou às montanhas e até Sara, a única carteira da aldeia, tem um namorado virtual. Rosa, vizinha e amiga de Sara, uma mulher de oitenta anos, vai arquitetar um plano para evitar que a carteira e os seus três filhos passem pelo sofrimento de se mudarem para a grande cidade. Vai criar uma corrente de cartas, em que todos os intervenientes são um elo muito importante, para provar que a estação de correios continua a ser muito importante para a aldeia.

Cartas por um Sonho é um livro comovente, encantador e cheio de ternura, onde, através da corrente de cartas, vão desfilando personagens do nosso quotidiano, todas elas com os seus sonhos, a sua história, mais ou menos triste, as suas frustrações.
Conhece aqui outros dois novos lançamentos do Penguin Random House, Grupo Editorial do qual fazem parte as Editoras Objectiva e Suma de Letras.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A 18 de Agosto são publicados dois livros pela Editora Marcador, que têm em comum o tema da Psicologia


A Terapeuta
de Gaspar Hernàndez
Texto sinótico
Hèctor Amat, um ator famoso que sofre de ataques de ansiedade, vê-se envolvido num terrível crime. Sem saber como, nem porquê, aparece num parque de estacionamento, junto de uma mulher assassinada. Por mais que se esforce para reconstituir os seus passos, não consegue lembrar-se do que aconteceu.

O tempo e a investigação não jogam a seu favor, por isso, Hèctor decide pedir ajuda como derradeiro recurso para recuperar a memória. Visita então o consultório da psicóloga Eugènia Llort, a terapeuta que o atendeu depois do crime. Esta relação, num primeiro momento profissional, vai-se convertendo num relacionamento de dependência, que atingirá limites nada usuais. Para que Hèctor possa representar, a psicóloga vai todas as noites ao teatro onde ele interpreta Dick Diver, o protagonista de "Terna é a Noite". Mas, tal como a sua personagem, um psicólogo que se apaixona por uma paciente, também ele acaba por se apaixonar perdidamente pela terapeuta.

Elogios da imprensa
«Um excelente romance que aborda com sensibilidade e inteligência o problema do stresse e da ansiedade, um dos grandes desafios do mundo moderno.»
Culturamas
O autor
Mestre da divulgação psicológica em Espanha, é escritor e jornalista. Ganhou o Prémio Josep Pla com o romance El silencio (2009). Também publicou o ensaio jornalístico El oficio de vivir bien.


Porque Sofrem as Pessoas Inteligentes
de Eric Maisel
Texto sinótico
Em Porque sofrem as pessoas inteligentes, o psicólogo Eric Maisel extrai, dos seus muitos anos de trabalho com as mentes mais inteligentes e brilhantes, o conhecimento para identificar estes desafios, muitas vezes devastadores, e oferece soluções baseadas nas práticas e nos princípios pioneiros da psicologia natural. 
As suas estratégias ponderadas incluem a lógica e a criatividade para lidar com os problemas que advêm de um cérebro que entra em sobrecarga de um instante para o outro. 
Com uma série de questões no final de cada capítulo, ele orienta o leitor de modo a que este crie o seu próprio mapa para uma vida calma e com sentido. Porque sofrem as pessoas inteligentes é de leitura obrigatória para pais de crianças dotadas, assim como para os milhões de pessoas inteligentes e criativas que procuram uma vida com mais sentido.
O autor
Doutorado, é autor de mais de quarenta livros nas áreas de criatividade, psicologia, coaching, saúde mental e tendências culturais. É psicoterapeuta e mentor criativo.

domingo, 7 de agosto de 2016

«O Banqueiro Anarquista / A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo», de Fernando Pessoa e Oscar Wilde

Editora: Guerra e Paz
Data de publicação: 29/06/2016
N.º de páginas: 200

Antes de direcionar alguns parágrafos sobre os dois textos que estão coligidos neste primeiro volume de uma nova colecção da Guerra e Paz Editores, vou estender algumas palavras sobre o objecto em si que é este livro. Normalmente, escrevo na parte final das resenhas sobre a parte visual e gráfica dos livros, mas no caso desta obra vou inverter o habitual.
O primeiro detalhe que este livro 15 por 20 centímetros pronuncia é a sua cor, que também encontra-se pintada (à mão) nas três faces do miolo – um verdadeiro regalo para a vista. A capa tem a particularidade de ter uma fenda elíptica que separa os títulos dos textos que nele se encontram. Não só por fora o livro é chamativo, desenganem-se. Exceptuando as páginas onde vem assentado os textos de Fernando Pessoa e Oscar Wilde, todas as outras cerca de 60 páginas, com notas biográficas dos autores e contextualização sobre ambos os títulos, da autoria do editor irreverente Manuel S. Fonseca (que afirma editar livros que ele próprio, enquanto leitor, gostaria de encontrar nas livrarias), têm uma parte gráfica estimulante aos sentidos: a paginação joga com as cores antípodas e contrastantes branco e preto, com os tamanhos das letras e palavras; um trabalho criativo do designer da editora, Ilídio J.B. Vasco, que já nos habituou a olhar com outros olhos as capas dos livros que a Guerra e Paz publica. Depois de sentir com a visão e com o tacto O Banqueiro Anarquista / A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo, é o intelecto do leitor que será despoletado de seguida, assim que ele iniciar a leitura destes escritos com pendor político e filosófico. Um texto em prosa de Pessoa e um ensaio de Wilde. O primeiro, data de 1922, o segundo, de 1891.
O Banqueiro Anarquista acompanha o diálogo tido entre dois velhos amigos, após terem jantado. O narrador é o interlocutor mais passivo da conversa, que questiona o amigo e o ouve atentamente, tentando perceber como e porque ele tornara-se anarquista e posteriormente banqueiro. Tal contradição é, paulatinamente, enquanto o diálogo decorre, fundamentada pelo anarquista que diz-se consciente e convicto, em comparação com «os parvos dos sindicatos», que «são anarquistas só na teoria; eu sou-o na teoria e na prática. Eles são anarquistas e estúpidos, eu anarquista e inteligente.» Todos devem trabalhar para o mesmo fim, mas separados, e a liberdade para todos só pode vir com a aniquilação das ficções sociais, podemos concluir deste texto em prosa de Fernando Pessoa, que permanece intemporal.
António Rodrigues é o autor da mais recente tradução portuguesa de The Soul of Man under Socialism, o ensaio que ocupa 70 páginas e que encontramos na segunda parte deste livro. Quais os benefícios que os homens retirariam de uma sociedade regida pelo socialismo? Tendo por base alguns contextos da sociedade inglesa da época, Oscar Wilde mostra-nos o seu invencível desejo de se revelar contra todos os sistemas de ideais, e afirma que «o Socialismo será importante simplesmente porque levará ao Individualismo». A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo está escrito num estilo incisivo e imbuído de ironia, o que é apanágio do autor irlandês, e além de abordar questões políticas, nos presenteia com a sua visão de como a Arte desempenha um papel fundamental num estado social. É neste ensaio que estão reunidas algumas das frases mais sagazes e conhecidas de Oscar Wilde, que amiúde lemos em posts nas redes sociais. São exemplos: «Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas contenta-se em existir.» (p. 144) e «Qualquer um pode sentir compaixão pelos sofrimentos de um amigo, mas é preciso uma natureza mais fina – a natureza de um Individualista – para estar em comunhão com o êxito de um amigo.» (p. 191).
Resumindo: O Banqueiro Anarquista / A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo são exercícios mentais proveitosos, da autoria de dois génios que, coincidentemente, morreram no mesmo dia de Novembro (30).

Mais informações sobre a colecção Livros Amarelos, clica aqui.

Quatro policiais quentinhos, saídos das gráficas


Confissões
de Kanae Minato

Edição: Suma de Letras

Texto sinóptico
Os seus alunos assassinaram a sua filha. Esta é a sua vingança.
Os seus alunos assassinaram a sua filha. Ela não quer justiça, só vingança.

Depois de um noivado que acaba em tragédia, tudo o que resta na vida a Yuko Moriguchi é a sua filha, de quatro anos, Manami. Quando esta é encontrada afogada na piscina da escola Yukodecide aposentar-se. Mas antes deve dar uma última lição. Um mês depois do sucedido, a Professora Moriguchi, no seu discurso de despedida, acusa dois estudantes de matar a sua filha e anuncia a sua vingança pessoal, atroz e imediata, mas concebida de modo a que as devastadoras consequências ocorram lentamente para que os jovens tenham tempo de se arrepender e passem o resto dos seus dias suportando o peso da culpa.

Confissões é um romance narrado a várias vozes, magistralmente construído onde o suspense é mantido até o fim, quando as diferentes peças encaixam. Mas também é uma reflexão sobre o sistema educativo, os laços familiares, o comportamento humano, o amor e a vingança.


Nunca Perdoar, Nunca Esquecer
de Chelsea Cain

Edição: Saída de Emergência

Texto sinóptico
Kick Lannigan, 21 anos, é uma sobrevivente. Raptada aos seis anos, a família, a polícia, bem como a comunidade, assumiram que o pior tinha acontecido. Mas é encontrada viva seis anos depois. Submetida a toda uma série de terapias para a ajudar a superar o trauma, é só quando canaliza as suas forças e raiva para a luta que Lannigan se sente melhor. Aos 13 anos, começa a aprender todo o tipo de artes marciais e técnicas de luta, jurando que nunca mais voltará a ser vítima.

Quando duas crianças desaparecem na área de Portland, Kick é abordada por um enigmático homem de nome Bishop que a convence de que a sua experiência e habilidades podem ajudar a salvar as vítimas. Mal sabe ela que o caso irá desvendar o seu próprio passado aterrorizador…


Moonlight Mile - A Última Causa
de Dennis Lehane

Edição: Porto Editora

Texto sinóptico
«Lembra-se de mim?», interroga, do outro lado da linha, a voz que arranca Patrick Kenzie do sono profundo. Uma voz feminina e uma frase em jeito de ameaça: «Encontrou-a uma vez. Volte a encontrá- -la. Deve-me isso.»

No dia seguinte, eis que ela surge de novo, no cimo das escadas do metro. Um rosto marcado pelo tempo e pela mão severa do destino. Um rosto que Kenzie não esperava rever.

Há doze anos aquela mulher pedira-lhe que encontrasse a sobrinha Amanda, de quatro anos, que desaparecera. Os detetives privados Kenzie e Angie Gennaro tiveram sucesso, mas o caso deixou-lhes um amargo de boca: a menina foi devolvida aos cuidados de uma mãe negligente e alcoólica; e os raptores que, afinal, não queriam mais do que entregá-la a uma família que cuidasse bem dela, foram sentenciados a duras penas de prisão.

Por isso agora que Amanda, com dezasseis anos, desapareceu novamente, Kenzie sente-se obrigado a investigar. Mais a mais porque também ele sabe o que é ter uma filha e o que um pai está disposto a fazer para a ver feliz. A sua investigação será o começo de uma viagem ao coração de um mercado sombrio, onde se traficam identidades e adoções. Um mundo onde o bem pode assumir os contornos do mal, e o mal camuflar-se de bem. Um precipício do qual é melhor não nos aproximarmos muito.


O Labirinto dos Ossos
de James Rollins

Edição: Bertrand Editora

Texto sinóptico
Há uma guerra iminente, uma batalha que se estende das florestas da pré-história até aos laboratórios científicos de hoje, revelando um verdadeiro mistério escondido no nosso ADN, um mistério que mudará a vida do leitor para sempre…

O Labirinto de Ossos é uma obra-prima de engenho e intriga que atravessa 50 000 anos da história da humanidade. James Rollins, autor best-seller do New York Times, leva-nos até ao próximo grande passo da humanidade.
Mas será que ele precede mais um marco no nosso desenvolvimento… ou a nossa extinção? 
Nas remotas montanhas da Croácia, um arqueólogo faz uma estranha descoberta: uma capela católica subterrânea, escondida há séculos, onde se encontram os ossos de uma mulher do Neandertal. Nessas mesmas grutas, elaboradas pinturas rupestres contam a história de uma imensa batalha entre tribos neandertais e umas figuras obscuras e sinistras. Quem será esse misterioso inimigo?

Antes da possibilidade de quaisquer respostas, a equipa de investigação é atacada, ao mesmo tempo que um centro de investigação de primatas. Haverá ligação entre os dois ataques? Quem está por trás deles? A procura da verdade levará Gray Pierce, da Força Sigma, 50 000 anos atrás, para chegar à origem da inteligência humana. Porém ver-se-á mergulhado numa batalha cataclísmica pelo futuro da humanidade, uma batalha que se estende a todo o globo… e além dele.

sábado, 6 de agosto de 2016

«A Ponte Inevitável», título publicado sob a égide dos 50 anos da Ponte 25 de Abril

A Ponte Inevitável
A História da Ponte 25 de Abril
 de Luís F. Rodrigues
Texto sinóptico
A 6 de Agosto de 2016, a Ponte 25 de Abril comemo­ra 50 anos. Pela primeira vez, um livro conta-nos os 140 anos da história que começa no momento em que o engenheiro Miguel Pais propôs, em 1876, uma rudimentar ponte de ferro entre Lisboa e Montijo. Este é também o livro dos 90 anos que decorreram desde que se avançou com a ideia de uma ponte en­tre Lisboa e a Margem Sul, até ao momento em que a ideia se transforma em realidade. E este é, claro, o livro da história dos 50 anos da ponte que se chamou Salazar e hoje se chama 25 de Abril.

Que erradamente alguns coloquem a sua génese em Salazar, e outros, igualmente errados, pensem que a obra deve ser menorizada porque foi construí­da durante o Estado Novo, é um dos equívocos que se esclarecerá neste livro. Entalada entre o amor e o ódio em que as respectivas posições ideológicas a co­locam, a ponte é muito mais do que uma iniciativa de Salazar ou um projecto político subordinado aos ditames do Estado Novo. A ponte tem um historial abrangente, que ultrapassa não só Salazar e o Estado, como também Portugal.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Nova BD com o carimbo da Devir: «Criminosos do Sexo»

Criminosos do Sexo
 Vol. 1: Um Truque Estranho
de Matt Fraction (autor)
e Chip Zdarsky (desenhador)
Texto sinóptico
Suzie tem um segredo. Para ela, o sexo faz com que, em seu redor, o mundo pare - literalmente. Jon tem um problema. Odeia a sua vida, o seu trabalho, e também a peculiar maldição que o torna igual a Suzie. Rapariga encontra rapaz, rapariga engata rapaz. E pela primeira vez nas suas vidas encontram-se sozinhos, mas juntos. Portanto, fazem o mesmo que faria qualquer casal jovem e recente que desfrutasse de sexo e da capacidade de paralisar o tempo: põem-se a assaltar bancos.
Mas, nem tudo corre bem neste mundo ideal...
 
 

Em 2013, Sex Criminals ocupou o 1º lugar no Top dos 10 melhores comics e novelas gráficas da revista Time. Em 2014 recebeu o Prémio Eisner para Melhor Série Nova.

«Nerve: Alto Risco», o livro que inspirou o filme, é uma das novidades do mês


Superalimentos
de Seana Smith 
(Self)

Texto sinóptico
Quantas vezes já se perguntou quais os melhores alimentos para a sua saúde? E quantas vezes já deu por si a pensar que gostava de saber qual o melhor alimento para prevenir uma constipação ou mesmo curá-la? Ou qual o melhor pequeno-almoço para um dia cheio de atividade? Sabia que existem alguns alimentos que têm o poder de potenciar a sua saúde e a sua energia ao máximo?
Os superalimentos são os melhores alimentos que podemos comer porque nos tornam mais saudáveis. Eles estão carregados de antioxidantes, vitaminas e nutrientes essenciais para aumentar também as suas defesas e imunidades. Esqueça o takeaway e a junk food. Conheça aqui o Top 50 dos superalimentos: incluindo nozes, bagas, abacate, cevada, chia, carne magra, brócolos e, graças a Deus, chocolate! Com todas as dicas para comprar, armazenar e cozinhar, este livro contém tudo o que precisa para saber investir na sua saúde.


O Que Ela Deixou
de T.R. Richmond 
(Presença)

Texto sinóptico
Numa manhã gelada, o corpo de Alice Salmon é encontrado a boiar num rio. Cedo se levantam suspeitas sobre a causa da morte. Os exames forenses mostram sinais claros de luta.
A notícia da sua morte espalha-se nos meios de comunicação e em comentários nas redes sociais. Todos querem saber o que realmente aconteceu à divertida e inteligente Alice, uma jovem jornalista com sucesso na Internet.
Jeremy Cooke, um antigo professor obcecado por Alice, enceta uma investigação particular. Para isso, recorre ao diário de Alice, à sua correspondência, posts em blogues, no Facebook, no Twitter e nas SMS. Com ele, somos levados numa espiral de eventos em que todos, incluindo ele próprio, têm algo a esconder.
Este romance de estreia, um dos mais aclamados thrillers dos últimos tempos, leva-nos ao âmago do amor, da obsessão e da perda.



As Sombras da Dúvida
de Tom Rob Smith 
(Marcador)

Texto sinóptico
Todas as famílias têm um segredo por desenterrar.
Com um telefonema, tudo muda.
«A tua mãe não está bem», diz o pai a Daniel. «Tem andado a imaginar coisas. Coisas terríveis… Teve um esgotamento psicótico e foi internada num hospital psiquiátrico.»
Confrontado com esta notícia, Daniel prepara-se para partir apressadamente para a Suécia, no primeiro voo disponível. Contudo, antes de entrar no avião, o pai volta a ligar-lhe, com notícias ainda mais preocupantes: a mãe teve alta do hospital, e ele não sabe onde ela está.
Entretanto, Daniel recebe uma chamada da mãe: «De certeza que o teu pai já falou contigo. Tudo o que esse homem te disse é mentira. Não estou louca. Não preciso de um médico. Preciso da Polícia. Estou prestes a embarcar para Londres. Vai ter comigo.»
Sem saber em quem acreditar ou confiar, Daniel vê-se relutantemente no papel de juiz e júri da sua mãe, quando ela lhe revela uma história angustiante de segredos e mentiras, e de um crime e de uma conspiração terríveis, nos quais o seu próprio pai está envolvido.
As Sombras da Dúvida é o novo bestseller internacional do autor de A Criança N.º44.


Nerve: Alto Risco
de Jeanne Ryan 
(Presença)

Texto sinóptico
O que serias capaz de fazer para alcançar aquilo que mais desejas? Junta-te ao fenómeno NERVE e descobre uma história arrepiante e provocadora!
Quando Vee participa no NERVE, um jogo online de desafios transmitido em direto, descobre que quem controla a competição parece saber tudo acerca dela. Oferecem-lhe os prémios que mais deseja e escolhem para a sua equipa Ian, um rapaz com quem qualquer rapariga do secundário sonharia.
Nestas condições, é quase impossível resistir. Vee aceita a primeira consequência. E depois outra. E outra.
Se ao princípio o jogo parece emocionante (os fãs aplaudem e incitam-nos a ultrapassar desafios arriscados com apostas cada vez mais altas), aos poucos revela-se uma armadilha. Vee e Ian têm de decidir se arriscam a vida para o Grande Prémio ou se deitam tudo a perder. Será o jogo letal?
Nerve - Alto Risco é o livro empolgante que inspirou o filme, com estreia em Portugal em agosto de 2016.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Publicação nova com o selo da PACTOR: «Práticas de Intervenção na Violência e no Crime»

A Editora PACTOR lançou recentemente Práticas de Intervenção na Violência e no Crime, um livro que contém 242 páginas e que conta com a coordenação das investigadoras Professoras Doutoras Ana Isabel Sani e Sónia Caridade, especialistas na área da Psicologia da Justiça. Além das suas contribuições em diversos capítulos, a obra inclui textos da autoria de outros 28 especialistas (de nacionalidade portuguesa) em diversos campos de intervenção, como Criminologistas, Psicólogos, Sociólogos, Advogados e Médicos.

O livro contém um prólogo da autoria de Hilda Marchiori, Professora de Criminologia e Vitimologia na Universidade Nacional de Córdoba, Argenina; o prefácio é assinado pelo Psicólogo forense e Professor Universitário Daniel Rijo; o texto que vem no posfácio pertence ao Juiz Desembargador e Diretor Adjunto do Centro de Estudos Judiciários, Paulo Guerra.

Texto sinóptico
O livro Práticas de Intervenção na Violência e no Crime dá continuidade a um esforço de construção do conhecimento científico produzido em Portugal, constituindo-se, sobretudo, como uma ferramenta útil para os estudantes do ensino superior, bem como para os profissionais e técnicos de diferentes áreas, que encontrarão aqui as principais práticas de intervenção para fazer face a um qualquer fenómeno de violência e/ou crime.

Ao longo do livro são abordados, entre outros, os seguintes temas: Vitimação múltipla infantil e juvenil; Acolhimento institucional; Abuso sexual; Alienação parental; Agressão sexual; Violência sobre idosos.
Parte I
Violência e Vitimação (pp. 1-96)
Parte II
Violência e Agressão (pp. 97-164)
Parte II
Violência e Respostas Institicionais (pp. 165-230)
Excerto do prefácio
«O leitor encontrará neste volume uma obra considerável, que compila muito do que de melhor se faz na atualidade na intervenção psicológica em contextos de violência e/ou crime. Para o futuro, estou certo de que ficará um aobra incontornável que em muito apoiará o trabalho daqueles que estudam, investigam e intervêm na área da Psicologia da Justiça.»

Público-alvo
Estudantes universitários, profissionais e técnicos de áreas relacionadas com as práticas de intervenção na violência e no crime, e interessados, em geral.

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Para mais informações, visita www.pactor.pt.