Trailer |
Antes de mais, este foi o primeiro filme que vi de Almodóvar – claro que já ouvi falar dos seus filmes de temáticas ousadas e polémicas como Fala com Ela, Voltar, Abraços Desfeitos - portanto não vou fazer equiparações com outros filmes do realizador, antes vou me concentrar neste A Pele Onde Eu Vivo em si, não no cineasta.
Como protagonista Antonio Banderas veste a bata de Robert, um cirurgião plástico, obstinado em inventar pele artificial, um tecido ignífugo bastante resistente e nas suas “experiências” tem como cobaia uma mulher que se condescende para tais efeitos. Aquando da sua palestra para divulgar ao mundo científico tal proeza, sente na pele a frieza da decepção dos colegas e demais audiência. Esta sua obsessão tem como estímulo o acidente que queimou e vitimou a sua mulher.
A jovem filha do médico tem uma grande importância no desenrolar do filme, pois um acontecimento em que ela é vítima (também) irá desencadear uma obsessão redobrada na mente psicótica de Robert. No fundo o médico é a principal vítima, dentre as vítimas!
Temas como histeria, fobia, psicose, neurose, obsessão, sexo, vingança, ocultismo, são focadas no filme, variando entre o quanto baste para a excessiva dose, muitas delas sem sentido.
A nulidade de efeitos especiais e de banda sonora, realça um filme que vai desfilando numa vagareza lúgubre.
Como metáfora principal deste filme e em jeito de interrogação: será que (re)conhecemos o corpo em que habitamos?
A interpretação de Antonio Banderas é um dos pontos fortes do filme, em conjunto com a brilhante e invulgar criatividade de um realizador que – nesta minha primeira abordagem à sua obra - preza e cultiva a diferença.
A nulidade de efeitos especiais e de banda sonora, realça um filme que vai desfilando numa vagareza lúgubre.
Como metáfora principal deste filme e em jeito de interrogação: será que (re)conhecemos o corpo em que habitamos?
A interpretação de Antonio Banderas é um dos pontos fortes do filme, em conjunto com a brilhante e invulgar criatividade de um realizador que – nesta minha primeira abordagem à sua obra - preza e cultiva a diferença.
Filme recomendado!
Nota: Este filme foi baseado no livro de Thierry Jonquet «Tarântula», que em Portugal foi publicado pela Objectiva Editora.
6 comentários:
Vi o filme que também recomendo mas conheço razoavelmente o obra deste realizador que muito aprecio!
Fiquei fascinada com a voz de Concha Buika que desconhecia de todo...
O que mais me fez reflectir foi o tema da transsexualidade que, por ter sido forçada, leva o sujeito que mudou de sexo a não ter mudado de género!
Não se reconhecia naquele corpo como tantos não se reconhecem e necessitam de fazer coincidir o sexo com o género através de uma cirurgia...
Muito trágico do princípio ao fim mas a não perder!
Rosa, infelizmente não sou conhecedor da obra do realizador. Mas este filme cativou-me a ver se consigo assistir aos filmes antecedentes.
Já Vi o Filme e adoreeeeiiiiii!
Para mim um dos filmes do Ano!
Fantástico!!!!!
Artemisia está Viva
Tens que ver a sua obra. É genial.
Mulher à beira de um ataque de nervos, Habla con ela, ou Volver são simplesmente geniais.
A Visão fez uma promoção há uns anos onde por mais 3€ tinhas direito a todos os seus DVD's. E deves conseguir encontrar na Fnac, na zona de filmes de autor. Pelo menos vi lá, na Fnac Madeira, o Volver este Natal
Tenho mesmo que VER!
Obrigada pela dica. Vou procurar..
Gostei de outros filmes dele, deste, não. O livro é melhor que o filme.
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