O Livro do Desassossego é um dos maiores feitos literários do século
XX. Obra-prima póstuma, retrato da cidade de Lisboa e do seu retratista,
compõe‑se de centenas de fragmentos, oscilando entre diário íntimo,
prosa poética e narrativa, num conjunto fundamental para compreender o
lugar de Fernando Pessoa na criação da consciência do mundo moderno.
Nesta nova edição, Jerónimo Pizarro, reconhecido estudioso pessoano,
regressa às fontes dos textos que Fernando Pessoa pretendia incorporar
no Livro do Desassossego. Daí o novo «corpus» e a nova organização da
obra, as melhorias na decifração de quase todos os fragmentos, o
respeito pela ortografia original, as notas destinadas a esclarecer
referências literárias e decisões editoriais e, finalmente, a
redefinição do cânone da autoria deste livro imenso.
1.ª edição: Setembro de 2013
N.º de páginas: 608
Tipo de capa: Dura
Formato: 20x14.5 cm
Isbn: 978-989-671-180-1
Editora: Tinta da China
Fernando Pessoa (1888-1935) é hoje o principal elo literário de Portugal
com o mundo. A sua obra em verso e em prosa é a mais plural que se
possa imaginar, pois tem múltiplas facetas, materializa inúmeros
interesses e representa um autêntico património colectivo: do autor, das
diversas figuras autorais inventadas por ele e dos leitores. Algumas
dessas personagens, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos,
Pessoa denominou “heterónimos”, reservando a designação de “ortónimo”
para si próprio. Director e colaborador de várias revistas literárias,
autor do «Livro do Desassossego» e, no
dia-a-dia, “correspondente estrangeiro em casas comerciais”, Pessoa
deixou uma obra universal em três línguas que continua sendo editada e
estudada desde que escreveu, antes de morrer, em Lisboa, “I know not
what to-morrow will bring” [“Não sei o
que o amanhã trará”].
Professor, tradutor, crítico e editor, Jerónimo Pizarro é o responsável
pela maior parte das novas edições e novas séries de textos de Fernando
Pessoa publicadas em Portugal desde 2006.
Professor da Universidade dos Andes, titular da Cátedra de Estudos
Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e Prémio Eduardo Lourenço
(2013), Pizarro voltou a abrir as arcas pessoanas e redescobriu «A
Biblioteca Particular de Fernando Pessoa», para utilizar o título de um
dos livros da sua bibliografia.
Co-editor da revista «Pessoa Plural», actualmente dirige a Colecção Pessoa na Tinta‐da‐china.
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