de Carl Rogers
Páginas: 312
Editora: Padrões Culturais
Sinopse
O Poder Pessoal foi o último livro publicado por Carl Rogers,
conforme referenciado por sua filha, Natalie Rogers, vindo a lume 10
anos antes da sua morte, e é o resultado de um afastamento da prática
clínica entre 1972 e 1977, período durante o qual, em jeito de síntese e
de balanço, reflecte com maior profundidade sobre o desenvolvimento
do ser humano inserido nas suas variadas vertentes sociais. A essência
deste "Poder Pessoal" baseia-se numa influência positiva, com bases em
acções subtis e inteligentes onde se procura que o indivíduo tome nas
suas mãos a responsabilidade pelo crescimento individual e social.
Excerto
«Uma abordagem centrada na pessoa conduziria, em muitos aspectos
da nossa vida, a uma maneira de ser desejável, construtiva e viável.
Não tenho ilusões a respeito do grau de apoio que este ponto de vista
possa obter neste país. A direcção do futuro da nossa nação está no fio
da navalha; estamos a viver um tempo de escolhas cruciais – consciente
e inconscientes – que determinarão o nosso futuro. Uma lição que
aprendi, muitas vezes, com o meu jardim, é a de que os restos castanhos
e putrefactos das plantas de um ano são estrume, onde se podem descobrir
os rebentos dos anos seguintes. Por isso, acredito, também, que na
nossa cultura decadente se notam os vagos contornos de um novo
crescimento, de uma nova revolução, de uma cultura de tipo muito
diferente. Vejo que essa revolução se aproxima, não sob a forma de
um grande movimento organizado, nem de um exército armado,
com estandartes, nem através de manifestos e declarações, mas pela
emergência de um novo género de pessoa, que brota através das folhas
e caules mortos, amarelecidos e podres das nossas instituições em
estiolamento. Um novo tipo de pessoas, com valores muito diferentes
dos da nossa cultura actual, está a emergir em números crescentes, e
a viver e a ser de maneiras que rompem com o passado. Em todos os
campos, há uma revolução silenciosa em marcha, que promete levar-nos
para a frente, em direcção a um mundo mais humano e mais centrado
na pessoa.»
O Autor
Carl
Rogers (1902-1987) foi um dos mais influentes psicólogos americanos e
revolucionou a psicoterapia com o seu conceito de «terapia centrada na
pessoa», influenciando com o seu trabalho muitas gerações. De Rogers vem
a nossa ênfase contemporânea na auto-estima e o seu poder de
desencadear outras forças numa pessoa. É Rogers, muito mais que Benjamin
Spock, que defende uma relação não directiva de pais
e professores
com as crianças. A escola de psicanálise de referência é actualmente
chamada de «psicologia do self», um nome que Rogers poderia ter cunhado.
Rogers dirigiu um esforço intelectual substancial ao serviço da crença
que os seres humanos necessitam de aceitação, e quando esta lhes é dada
movem-se em direcção à auto-realização.
Outra obra do autor publicada em Portugal: Tornar-se Pessoa (Padrões Culturais).
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