quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Estão à venda novos livros sobre a Pandemia, de autores nacionais e estrangeiros

O Choque do Coronavírus, Apanhados pelo Vírus e Dez Lições para Um Mundo Pós-Pandemia são títulos de livros que a Gradiva acaba de publicar.

Segundo a autora Grace Blakeley, o mercado livre, o capitalismo competitivo está morto. A separação entre política e economia não poderá continuar a ser defendi­da. Grace Blakeley teoriza sobre as mudanças que marcaram uma época que o coronavírus deixará no seu rasto. Vivemos um momento único na História. A pandemia causou a recessão global mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial. Com um custo huma­no que continua a reflectir-se num número ainda crescente de mortes, com muitos Estados a continuarem incapazes (ou relutantes) de lidar com os efei­tos do vírus. Aconteça o que acontecer, nunca iremos voltar ao funcionamento habitual. Esta crise levará a uma nova era de capitalismo monopolista, argumenta Blakeley, à medida que as empresas se desmoronam nos braços do Estado e os gigantes da tecnologia crescem em proporções sem precedentes.

Fomos todos apanhados pelo vírus. Não apenas os infectados com o SARS-CoV-2, mas também a multidão que viu o seu quotidiano virado do aves­so de um dia para o outro. Muito se disse e desdisse.
As próprias autoridades de saúde, que inicialmen­te desaconselharam o uso de máscaras, pouco depois tornaram-nas obrigatórias. Os teóricos da conspiração fizeram prova de vida, espalhando os mais incríveis disparates, como a associação do vírus às radiações 5G. À pandemia da COVID-19 juntou-se uma infode­mia: ficámos inundados de desinformação.
A primeira parte deste livro de Carlos Fiolhais e David Marçal, expõe resumidamente não só o que realmente já se sabe, à luz da ciência, mas também as dúvidas que ainda persistem. Na segun­da contradizem-se ideias erradas que têm circulado acerca do novo coronavírus – algumas mais absurdas do que outras. Na última encontra-se um «guia» para acompanhar a ciência em directo, pois as dúvidas e o debate dos cientistas no espaço público poderão cau­sar alguma confusão ao público.
O livro termina com a palavra esperança.

 

A 25 de Junho de 2017, quase três anos antes da pande­mia, Fareed Zakaria teceu a seguinte previsão no seu programa televisivo na CNN: «Uma das maiores ameaças que os Estados Unidos têm de enfrentar não é, de todo, grande. Na verdade, é minúscula, microscópica, dezenas de vezes mais pequena do que a cabe­ça de um alfinete. Patogénicos mortíferos, quer produzidos pelo homem quer naturais, podem desencadear uma crise de saúde global e [nós] não estamos nada preparados para lidar com isso. [...] As nossas cidades a abarrotar, as guerras, os desastres naturais e as viagens aéreas internacionais po­dem levar a que um vírus mortal com origem numa pequena aldeia em África seja transmitido e chegue a todo o mundo em apenas 24 horas [...]. A biossegurança e as pandemias glo­bais ultrapassam todas as fronteiras nacionais. Os agentes patogénicos, os vírus e as doenças são igualmente assassi­nos. Quando a crise estalar, vamos desejar ter mais fundos e uma maior cooperação global. Mas, nessa altura, talvez seja demasiado tarde.»
O presente livro reflecte sobre o mundo após a pandemia.

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