quarta-feira, 6 de abril de 2022

«Anda Daí, Medo», de Ana Alexandra Carvalheira e Raquel Russo

Editora: Climepsi
Data de publicação: Jan. 2022
N.º de páginas:48

O medo serve para nos proteger de situações que são perigosas. Sentir esta emoção não é sinal de fraqueza, falta de coragem ou cobardia; muito pelo contrário: é uma reacção involuntária com a qual o ser humano convive ao longo de vários momentos da sua vida. Como disse Jean-Paul Sartre: «Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal”.
Lançado recentemente, Anda Daí, Medo é uma obra infantil pedagógica, que sublinha que todas as emoções são necessárias, mesmo as que podemos dispensar, como o medo, a raiva e a tristeza. A autora, Ana Alexandra Carvalheira, refere em nota introdutória que este livro resulta da sua própria experiência no papel de mãe a ajudar o seu filho a lidar com o medo.
A primeira história contida neste livro ilustrado por Raquel Russo, fala sobre um menino que adora a Natureza e desportos radicais, e que um dia quis experimentar fazer arborismo. Quando se vê lá em cima, no topo, nos trilhos, sente medo. A mãe acalma-o, dizendo que essa emoção é normal e que «o medo pode estar aí, mas não te impede de avançar.» Será que este menino conseguirá aceitar e “levar” o medo consigo e desenvencilhar-se até ao fim do percurso?
No final de cada capítulo/história, que é dedicado a explorar uma emoção (como a raiva e a tristeza), a autora apresenta diversas dicas, ferramentas e questões muito pertinentes para as crianças e educadores.
Anda Daí, Medo é um guia lúdico-didático para pais/educadores/professores, elaborado por uma psicóloga com vários anos de prática clínica, que conhece bem as consequências negativas de quem não expressa emoções, como as que são abordadas na obra.
Além de psicoterapeuta, Ana Alexandra Carvalheira é professora e investigadora, e autora do livro para adultos Em Defesa do Erotismo (Ed. Desassossego, 2018).


Excerto
«O medo é uma coisa que chega de repente. Fica um bocadinho, mas depois desaparece. Chega sem avisar, quando menos esperamos, mas nunca fica para sempre.»

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