De Espanha chega-nos o ensaio «Elogio da Homossexualidade»
A colecção 'Elogios' (ensaios breves de autores consagrados) das Edições 70 ganharam mais um título. Para assinalar o mês do Orgulho LGBTQIA+, chega às livrarias Elogio da Homossexualidade, da autoria do espanhol Luís Alegre, professor de Filosofia na Universidad Complutense de Madrid.
A Idade de Ouro da heterossexualidade está a chegar ao fim, e não faltam razões para celebrar. Sobretudo os heterossexuais, que até agora se limitaram a agir de acordo com um manual de instruções em cuja redação não foram tidos nem achados. A sua vida reduzia-se em grande medida à execução de uma receita herdada dos antepassados que prescrevia, sem que disso se dessem conta, até os mais ínfimos pormenores.
No entanto, graças a essa espécie de erro de produção a que chamamos «homossexualidade», é possível trazer à luz o conjunto de regras e exigências que já estavam desenhadas para cada indivíduo antes de nascer. Não encaixando desde o início nesses moldes, os homossexuais tiveram de demoli-los e de contruir as suas vidas de uma forma muito mais livre e criativa.
Luis Alegre escreveu um livro feliz, lúcido e mordaz, e, ao mesmo tempo, filosoficamente rigoroso, dando as chaves dessa distância racional de que precisamos para conquistar a felicidade e que constitui um dos poucos pontos de apoio com que podemos contar para construir uma humanidade mais civilizada e livre. Ao longo deste Elogio da Homossexualidade, distinguem-se já os alicerces de um novo mundo que, sem dúvida, será melhor do que aquele em que vivemos.
Excerto
«(...) que os homossexuais se reconheçam mais neste livro do que aqueles que não o são. Mas os heterossexuais têm, na realidade, muito mais a ganhar com ele: um dos principais objetivos é que lhes seja útil para descobrirem em que é que eles próprios consistem e como é que funcionam»
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