sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Troca de identidades

Sinopse:
Laura Van Ryn e Whitney Cerak, duas jovens universitárias, foram vítimas de um trágico acidente de viação. Uma foi sepultada sob o nome errado, a outra ficou em estado de coma e a ser tratada por uma família que não era a sua. Troca de Identidades é uma história sem precedentes de duas famílias traumatizadas , que, ao descreverem a bizarra provação a que foram sujeitas, descobrem o laço que as une enquanto enfrentam a reviravolta de uma vida perdida e de uma vida redescoberta. Enquanto as famílias tentam lidar da melhor forma com a chocante revelação, Whitney Cerak, a única sobrevivente, luta por um novo começo. Troca de Identidades tece uma envolvente narrativa de perda, esperança, fé e amor perante uma das mais estranhas ironias do destino."

Opinião:
Este texto tem spoilers, mas como podem ler na sinopse, até lá tem!

Sou apreciador de livros que relatam acontecimentos verídicos. Quando leio um destes livros a sensação é diferente, pois sabendo que aconteceu mesmo o que relatam, torna-se mais empolgante a leitura.

Já vi que leram a sinopse, então eu não vou deambular muito pelo sucedido.

As famílias Van Ryn e Cerak têm em comum uma extrema fé em Deus. Esta devoção mútua está muito assente no relato de “Troca de identidades”.
Praticamente em todos os capítulos vem uma citação da bíblia, e quase todos os membros das famílias recorrerem constantemente a estas citações. Acho que sim, que já que é um livro sobre um facto real, deve ser exposto realmente o ocorrido. Desagradou-me um pouco estar sempre a ler excertos da bíblia, não que tenha algo contra, aliais tenho por objectivo ler esse Grande Livro um dia.

O blogue de que fala no livro, criado inicialmente pela família de Laura Van Ryn, com o intuito de postarem as últimas notícias sobre o estado de saúde de Laura, pois como citado no livro, diziam que era às centenas as pessoas que queriam saber como estava Laura. O blogue funcionou durante algumas semanas como veículo de informação para familiares, amigos e pessoas comuns. Depois a família Cerak, deixou de dar uso a ele, aquando da vinda para casa de Whitney. 
Se quiserem dar uma espreitadela, é este o blogue: http://whitneycerak.blogspot.com/

Esta troca de identidades de Whitney por Laura e vice-versa, achei quase surreal, ironicamente! Não vou proferir que as duas raparigas não eram parecidas, mas um pai e uma mãe que não nota diferença entre a filha e outra rapariga, é descomunal. Pelo que me apercebi pelo relato das duas famílias, o acidente ocorrido não deixou Whitney assim tão desfigurada, principalmente na face, de modo a que a família Van Ryn e amigos não desconfiassem de nada, de que essa rapariga não a Laura.
Vi as duas fotos das jovens, que aliais vem estampadas na capa do livro, e por salvação, não são assim tão gémeas!
Se calhar estou a exagerar. Aliais, estou mesmo, mas este facto é que fez com que este livro não me tivesse cativado assim por aí além. Tirando esta minha observação o livro está bem relatado. Gostei em particular de como as duas famílias reagiram perante a descoberta dos factos finais.

É um exemplo este livro de que existem pessoas que, mesmo no meio de tanto sofrimento, conseguem agarrar-se à sua fé, tanto na perda como na esperança. Não foram famílias que desmoronaram emocionalmente perante os acontecimentos trágicos.

Prós: A incredubilidade da troca de identidades e forças-motrizes altruístas que se sucederam após o acidente.

Contras: Uso excessivo no relato de citações bíblicas. 


terça-feira, 13 de setembro de 2011

1º ano de SILÊNCIOS QUE FALAM

“Fazer um blogue deve ser mesmo complicado, mas cada vez mais este meio de comunicação está em voga. Gostava de ter um, mas também que vou eu postar?
Vou mas é deixar-me de coisas e apenas espreitar o que dizem e comentam nos blogues que gosto de seguir..

..mas se ao menos soubesse como dar início a um blogue!..
Espera, mas já alguma vez tentei ir ao sítio do bloguer e espreitar se é assim tão complicado iniciar um? Não! Então não passa de agora!”

E lá fui e em menos de 10 minutos já tinha criado um blogue, com o nome de SILÊNCIOS QUE FALAM.

Foi assim que há um ano atrás deixei o meu silêncio falar. Em relacção ao título do blogue apareceu-me assim do nada, qual epifania, como se já o tivesse escolhido entre tantas outras opções. Só pensei que ia começar a comunicar com as pessoas, mas elas não iam poder me ouvir. O silêncio fala mais que tudo, no meu ver. As palavras não suportam a carga sentimental que o silêncio é capaz de fazê-lo.
Gosto de observar o ser humano, não tanto através da sua comunicação verbal, mas mais pela expressão corporal, gestual, e raras vezes engano-me acerca da minha avaliação de x pessoa. Além de ser um observador (i)nato, sei que a complexidade da psique humana é extremamente enorme.

SILENCIOS QUE FALAM tem sido extremamente positivo para mim, para o meu ego e auto-estima. Antes a minha opinião em relação aos livros que lia ficava acumulada apenas em mim, pois não tinha praticamente ninguém no meu círculo próximo de pessoas que tenha o gosto pela leitura. Isto fazia com que não cruzasse opiniões, divergências e assentimentos em relação a x's livros. Agora com a vasta rede de blogues a que sou seguidor que falam sobre livros e não só, inclusive o teu, (sim, porque maioritariamente são vocês que partilham opiniões comigo, através dos meus e vossos posts) tenho trocado opiniões acerca de livros, filmes, músicas, etc.
Esta troca de ideias é peremptoriamente importante e só enriquece-me, pois acumulo informação sobre os mais diversificados temas.

Estes SILÊNCIOS não falam só de livros, aliais, quando dei vida ao blogue não quis enaltecer apenas um tema em especial, pois por mais que os livros sejam um dos meus prazeres maiores, a música, o cinema, a arquitectura, a pintura, a poesia, e outros assuntos fazem parte dos meus gostos pessoais também. Por estas razões não podia me restringir aos livros apenas.

Há um ano atrás algumas pessoas do meu círculo mais próximo disseram que eu iria me fartar do blogue, que era apenas uma coisa passageira, e pior, quando não recebe-se um feed-back das pessoas que mais nos são próximas, sobre um nosso qualquer projecto novo, neste caso de um blogue, é a prova de que sentem apatia para connosco e para com os nossos interesses. Nestes casos o silêncio fala também..
Já agora a ti que estás a ler este (longo) texto e que és (ou não) um assíduo seguidor deste blogue, gostaria que dissesses o que gostas mais neste blogue, seja o conteúdo, a imagem, se as minhas opiniões são construtivas ou não, se dou atenção exageradamente a algum tema em especial, se o meu feed-back em relação ao teu blogue é recíproco ou fraco, étecétera.
Aceito todas as críticas possíveis e imagináveis. Se as abnegasse estaria a passar uma borracha em cima de muitas frases de páginas de livros que li e apre(e)ndi neste meu tão curto percurso (tenho vinte e sete anos, para quem não sabe ;)).

Só falta agradecer a todos vocês por passarem por cá de vez em quando, e pela vossa atenção, e acreditem que aprendo mais com vocês do que o oposto. São vocês com os vossos comentários que me fazem continuar a postar assiduamente, pois é tão bom ouvir uma voz (mesmo que não a ouçamos e em forma de palavra escrita) a dizer bem (ou mal (,a indiferença é que é o pior!)) daquilo que pensamos e dizemos, sim, porque as pessoas são o retrato daquilo que pensam.
Vocês podem não me conhecer pessoalmente, mas tenho a certeza que alguns de vós conhecem os meus gostos literários, cinéfilos e musicais melhor do que grande maioria das pessoas que lido diariamente. E até do meu ponto de vista em relação a diversos assuntos.

Obrigado a todos por contribuírem para que o mutismo perdure.
Em um ano o SILÊNCIO recebeu quase 30000 visitas e 65 estão a segui-lo. Claro que não deixa de ser números, mas por detrás de cada número está uma pessoa!  

Fica aqui o meu aval de que o Silêncio não deixará de Falar!

domingo, 11 de setembro de 2011

God Bless America



"A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo.
A não-violência, na sua forma activa, é uma boa disposição para tudo o que vive.
É o amor na sua perfeição."

Mahatma Gandhi

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Exposição de Pintura


Um dos meus objectivos pessoais mais desejados hoje realizou-se..

Para quem não sabe, eu também tenho uma veia artística! Nos meus tempos livres, em especial quando estou de férias, costumo juntar alguns tubos com cor, uma paleta, alguns pincéis, uma tela e claro, inspiração!

Os meus quadros já estiveram para serem expostos em dois lugares diferentes aqui no Funchal, mas por motivos alheios á minha pessoa e vontade, estas exposições nunca realizaram-se.

Mas eu nunca desisti deste meu sonho. E insisti.

Finalmente consegui um lugar para expor os meus trabalhos. A minha primeira Exposição de Pintura estará em exibição no Dolce Vita Funchal, no espaço Vit'Arte, de 5 a 30 de Setembro. Acho que não poderia escolher um lugar com mais visibilidade do que este.
Desde já quero agradecer a Drª Marina pela confiança e destaque que depositou em mim e nos meus trabalhos.

Como sei que a extrema maioria dos visitantes deste blogue, não vivem no Funchal, deixo-vos aqui as telas que estão em exibição.




As obras estão todas à venda, e portanto se estiverem interessados em adquirir alguma, é só me contactar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A fábula do vento e do sol

O vento e o sol começaram a discutir quem era mais forte. O vento disse: "vou provar que sou o mais forte. Vês aquele velhinho lá em baixo? Aposto que consigo tirar o casaco dele mais depressa do que tu". Assim o sol se escondeu detrás de uma nuvem e deixou o vento soprar até quase se transformar em num tornado. Porém quanto mais forte soprava, tanto mais o velhinho se apertava no casaco. Finalmente o vento se acalmou e desistiu. Quando o sol saiu detrás da nuvem, apenas sorriu gentilmente para o velhinho, e este secando o suor da testa com a mão, tirou o casaco.
Foi então que o sol disse ao vento: " A bondade e a amabilidade são sempre mais fortes que a fúria e a força.”

Autor desconhecido
NAOTO HATTORI - O vento do norte e o sol
O sol pode fazer com que a gente tire o casaco mais rapidamente que o vento, o que metaforiza que a gentileza e a simpatia podem fazer com que as pessoas alterem a sua forma de pensar mais celeremente do que todas as ameaças e violências do mundo.
Infelizmente as pessoas não agem assim e maioritariamente utilizam o modo mais grosseiro para exporem as suas discórdias e exigências para com os outros.  Acho que muita gente deveria ler esta fábula.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Filme: Amigos Coloridos (Friends with Benefits) 2011

Trailer
Opinião:
Um filme ao estilo de “Sexo sem compromisso”, que esteve no início deste ano nas salas de cinema, com a Natalie Portman e Ashton Kutcher.
Mila Kunis e Justin Timberlake são os protagonistas desta comédia romântica, com um final que é previsível deste logo.
Este é o segundo filme que vejo em que a bonita actriz Mila Kunis participa. “O Cisne negro” foi o filme em que “estreei-me com ela”. 
Ela e o Justin formam uma excelente dupla e a cumplicidade entre eles é notória ao longo do filme. Um filme leve, mas cheio de momentos hilariantes. 

Adorei a cena do helicóptero em que eles estão sentados no 3º “O”, de HOLLYWOOD. Mas isso têm de ver!!!

Há uma frase que acho que adequa-se perfeitamente a este filme, que é "Não interessa com quem passamos uma sexta-feira à noite, mas sim com quem  estamos no sábado!"


Vale os 5,90€ do bilhete, isso eu garanto  =)

domingo, 28 de agosto de 2011

O Véu Pintado - Somerset Maugham

Opinião: 
Um romance de cariz único, onde o autor revela um profundo conhecimento da psique humana, como aliais é a sua marca de referência. É um romance que decorre em tempos de cólera.
Uma trama bem pensada, onde as solicitudes da vida são apresentadas aos personagens (com grandes conflitos emocionais) de maneira súbita, cabendo a estes a difícil tarefa de traçar os seus próprios destinos.
Amor, vingança, traição, auto-comiseração e morte são sentimentos que estão retratados neste livro, aliados à lúcida e fluida escrita do autor.
Walter é na minha opinião o personagem em que Maugham estudou mais, atribuindo-lhe um índole mascarado, duvidoso. É um personagem com alto poder observativo. Um homem calado, mas que transmite mais com o seu silêncio do que a maioria das personagens deste romance.
A conversa entre Kitty e o pai, mais para os fins do livro foi de grande agrado ler. Essa conversa e troca de desabafos foi absolutamente fulcral para compreensão de alguns actos destas personagens. A mãe de Kitty e Doris, a irmã são também duas personagens a acrescentar ao leque tremendamente bem construído de Somerset Maugham.
Uma história que foi inspirada numa lenda, como o próprio Maugham sublinha no prefácio.

Livro recomendado.
¥ Adaptações cinematográficas:
O Véu Pintado foi por três vezes adaptado para o cinema: em 1934, num filme protagonizado por Greta Garbo; em 1957, com Bill Travers e Eleanor Parker; e em 2006, num filme realizado por John Curran, com Edward Norton e Naomi Watts nos principais papéis.

¥ Criticas sobre esta obra:
O Véu Pintado, com a sua melancolia, a sua tensão moral, a sua ironia e compaixão, a sua evocação crescente de luxúria, terror e arrependimento, é uma obra de arte.”
The Spectator

“Um espantoso romance que através de uma bem caracterizada galeria de personagens questiona habilmente temas intrínsecos à natureza humana… Brilhante!”
A Capital

“Em O Véu Pintado, está patente o enorme domínio narrativo do autor.”
O Independente

“Em O Véu Pintado, Somerset Maugham faz uma magnífica caracterização da presença britânica na China e apresenta, como é seu hábito, uma admirável galeria de personagens.”
Diário de Notícias

¥ Sobre o autor:
William Somerset Maugham, um dos mais famosos romancistas e dramaturgos ingleses do século XX, nasceu em Paris, em 1874. Filho de diplomatas britânicos, cedo ficou órfão, tendo sido educado por um tio, vigário de Whitstable. Apesar de ter estudado Medicina na Alemanha e em Londres, nunca chegou a exercer, tendo sido, entre muitas outras actividades, condutor de ambulâncias durante a Primeira Guerra Mundial. As suas viagens um pouco por todo o mundo influenciaram profundamente a sua escrita. Em 1928 comprou uma propriedade na Riviera francesa, onde recebeu as mais importantes figuras do mundo literário, social e político da sua época, e que seria a sua casa até 1965, ano da sua morte.

sábado, 27 de agosto de 2011

Filme: Chefes Intragáveis (Horrible Bosses) 2011

Trailer
Opinião:
3 chefes, 3 subordinados, 3 amigos, 3 vinganças. Os subordinados são Nick Hendricks (Jason Bateman), Dale Arbus (Charlie Day) e Kurt Buckman (Jason Sudeikis), 3 amigos.
Eles têm um trabalho em que a única coisa que objectam são os respectivos patrões. Jennifer Aniston, Colin Farrel e Kevin Spacey são os actores que dão vida a estes tão detestáveis chefes. Uma dentista que é ninfomaníaca e que assedia o seu assistente. Um executivo que é implacável com a pontualidade dos seus funcionários e que ridiculiza-os em frente de toda a gente. E finalmente um patrão que é viciado em cocaína e em prostitutas.

Esta trama tinha tudo para resultar numa comédia hilariante, não fosse a inversão de actores que interpretam os papeis secundários com os actores principais. Tudo bem que há que dar oportunidade aos "novatos" mostrarem o seu potencial, mas neste filme isso não resultou bem . O verdadeiro trio de comediantes é o dos chefes e estes estão em pano de fundo, infelizmente.

Tirando este meu apontamento o filme tem cenas muito engraçadas, se bem que as gotas de humor são um pouco "forçadas". Deu para rir, e nos tempos que correm, rir é o melhor remédio =)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Filme: Água para Elefantes (Water for Elephants) 2011

Trailer
Opinião:
A história conta o percurso de Jacob (Robert Pattinson), um jovem estudante de medicina veterinária, que após a morte dos pais não termina o curso e parte sem rumo certo. Sem dinheiro e apenas com o seu dom para tratar os animais, logo encontra um circo ambulante e é aí que é admitido pelo dono August (Christoph Waltz), um homem autoritário e cruel, no trato com seres humanos e animais.

É então que Jacob dá de caras com a atracção principal desse circo, a bela trapezista Marlena (Reese Witherspoon) e é aqui o ponto de partida para uma história apaixonante entrelaçada com a magia do Maior espectáculo do mundo!
Robert Pattinson chegou à fama mundial através dos filmes da saga Crepúsculo. Eu não vi nenhum desses filmes, ora então para mim o talento, ou não, deste jovem actor era uma incógnita.
Foi bom saber que o jovem tem potencial e ainda bem que não se limita apenas a representar vampiros! Gostei da actuação da Reese Witherspoon, em particular nos actos de acrobacia que fez, mas também pela beleza e sedução que incorpora ao filme.

As cenas com a elefanta Rosie mostra até que ponto o ser humano, quando está frustado e com raiva, pode ser tão cruel com os animais, despojando e extravasando neles os seus problemas. Por outro lado as personagens Jacob e Marlena, a encantadora da elefanta, têm uma relacção de proximidade com Rosie. Há um dito que diz que “ Os elefantes não esquecem”, e há uma cena que adorei comprovar que este ditado não está errado!  

É um filme que merece a pena ser apreciado. 


De salientar que o filme é baseado no livro "Água aos Elefantes" de Sara Gruen, editado em Portugal pela Difel.

domingo, 21 de agosto de 2011

O Rapaz do Pijama às Riscas - O Livro e o Filme

O LIVRO

Sinopse:  
Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas. 
Como Bruno adora fazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, resolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…


Opinião: 
Mais um pequeno grande livro. 
Actualmente contar às crianças/jovens o que foi o Holocausto, é já por si uma tarefa complicada. Se bem que nos tempos modernos as crianças estão mais interessadas na Wii ou no jogo de computador x e y. Outra coisa é contar "em tempo real" que o Holocausto está decorrendo! 
Acho este livro uma excelente iniciação para um adolescente, seja como forma de resposta de um pai ou mãe a uma provável pergunta de um filho, sobre, afinal o que foi o Holocausto? 
Aliais, este é mesmo um livro juvenil, e a mensagem está muita definida, tanto na escrita simples, como na utilização de várias figuras de estilo: anáfora, paradoxo, metáfora e essencialmente o eufemismo. 
A ingenuidade e ironia de Bruno foi simplesmente o que mais me cativou neste livro.
As perguntas que Bruno faz, na sua total inocência põe o leitor a pensar, e no fim, a concordar com este menino.
O final do livro estará na minha mente por alguns tempos.

Um livro que recomendo a pequenos e a graúdos.


O FILME

Trailer
Opinião:
Já vi vários filmes em que a temática é o Holocausto e entre eles o que mais me marcou foi "A Lista de Schindler". Este é apenas mais um, só que o interessante é que é através dos olhos de uma criança que nos é dado a ver o que foi este período negro da nossa história.
Há o paralelismo Humano vs Monstro captado na perfeição. Achei muito bem adaptado, pois está em conformidade na sua essência com o romance de John Boyle.

Quando estava no livro e as últimas cenas foram descritas, estas imagens fitaram o meu imaginário e fiquei bastante curioso para vê-las em 2D. E claro no filme, as cenas finais são brilhantes mas ao mesmo tempo aterrorizantes..

Vale mesmo ver! 


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quinhentos Escudos Falsos - Thomas Gifford


Sinopse:
Quinhentos Escudos Falsos é a história de como em 1925 um cidadão anónimo, que queria controlar o Banco de Portugal, conseguiu, com um processo extraordinário, que fossem fabricadas 200 mil notas de 500 escudos, abalou mortalmente um governo e esteve quase a conseguir o que pretendia - o controlo financeiro de Portugal. 

É a história de Alves dos Reis, que passa por este país, e também por Angola, Biarritz, Paris e Londres, vista como um thriller financeiro.




Opinião:
Ando de olho neste livro há algum tempo, desde que terminei de ler “Assassini”, do mesmo autor, que para quem gosta dos livros do Dan Brown é um livro extraordinário de suspense.
Mas falando deste “Quinhentos escudos falsos” tenho a dizer que devorei-o neste fim de semana passado. Para já este livro é um misto de 90% de real com 10% de ficção. Acho que todos já ouviram falar de Alves dos Reis (1898-1955), o maior burlão que há registo em Portugal.

Este homem audicioso e inteligente conseguiu o improvável, falsificou inúmeros documentos, entre os quais a sua “suposta” licenciatura, falsificou cheques, e muito mais, e tudo em prol de se afirmar economicamente e socialmente em Portugal. Isto na década de 20 de 1900.

Ele realizou uma das maiores fraudes monetárias mundiais: a falsificação de notas de banco de 500 escudos, com a efígie de Vasco da Gama.
O mais irónico deste desfalque é que Alves dos Reis nunca roubou nada a ninguém, apenas estabeleceu um plano audaz e detalhado para obter uma fortuna sem que fosse culpados terceiros.

Ele foi tão esperto que mandou falsificar as ditas notas de quinhentos escudos, e a própria empresa que fazia a impressão das ditas notas é que fez a sua reprodução..

Este homem de cérebro trabalhador chegou a comprar e viver no Palacete do Menino de Ouro, onde é hoje o Instituto Britânico.
A Torre de Belém, o Castelo de S. Jorge, Alfama, a Mouraria, o Rossio, o elevador do largo do Carmo, Cascais, todos estes sítios fazem parte da acção deste livro.

Só tenho a dizer bem deste livro, foi uma leitura compulsiva. Viciante. Contagiosa.

O autor Thomas Gifford (1937-2000) foi um escritor norte-americano de policiais e publicou este livro em 1977, sobre o titulo “The Man from Lisbon”. Esta história foi tão badalada internacionalmente que fez com que este escritor se interessasse em escrevê-la, fazendo um trabalho de pesquisa incrível, posso dizer!

De salientar que Alves dos Reis faleceu na mais mísera pobreza.

Em 2000 esta história foi adaptada para a televisão por Francisco Moita Flores e apresentada como mini-série pela RTP.

Rui Luis Brás, Sofia Duarte Silva, Paulo Pinto, Filomena Gonçalves, Henrique Viana, Maria Dulce, Manuela Maria, Rui Mendes, António Montez, Armando Cortês, Benjamim Falcão, entre outros fizeram parte do elenco.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Frágil - Jodi Picoult (Handle With Care)

Sinopse:
Willow, a linda, muito desejada e adorada filha de Charlotte O’Keefe, nasceu com osteogénese imperfeita - uma forma grave de fragilidade óssea. Se escorregar e cair pode partir as duas pernas, e passar seis meses enfiada num colete de gesso. Depois de vários anos a tratar de Willow, a família enfrenta graves problemas financeiros. É então que é sugerida a Charlotte uma solução. Ela pode processar a obstetra por negligência - por não ter diagnosticado a doença de Willow numa fase inicial da gravidez, quando ainda fosse possível abortar. A indemnização poderia assegurar o futuro de Willow. Mas isso implica que Charlotte tem de processar a sua melhor amiga. E declarar perante o tribunal que preferia que Willow não tivesse nascido...


Opinião:
Jodi Picoult (mais uma vez) no seu melhor! Um livro incrível!
Esta história é contada através de 5 narradores, Sean, Charlotte, Amelia, Piper e Marin, sendo eles os personagens principais. Cada qual expõe o seu ponto de vista, mas sempre diringindo-se a Willow, como se esta fosse o leitor. Willow, uma menina frágil que nasceu com Osteogénese Imperfeita (OI), é o centro deste circulo que criou-se em volta dela, dividindo, destruindo, desfazendo, traindo, despedaçando vários laços entre várias personagens.

A narrativa é absorvente e conseguiu deixar-me dividido durante toda a história, pois está em jogo sentimentos muito fortes, como por exemplo a amizade, a esperança, o arrependimento, a mágoa, a comiseração..

A escrita desta autora é bastante fluente, simples na maneira como expõe os acontecimentos, mas não uma escrita isenta de especificações, nomeadamente do contexto médico. Temas tais como a bulimia, adopção, aborto, negligência pré-natal, cleptomania, obstetrícia e advocacia estão bem presentes neste livro. E claro fiquei a conhecer a Osteogénese Imperfeita ao pormenor, pois a autora fez um trabalho de pesquisa brilhante, e nada é deixado ao acaso ou sem explicação. Tomei conhecimento do nome de alguns ossos do nosso corpo, o úmero, a tíbia e o perónio. Para mim o melhor de um livro é a sabedoria que transmite e este é um desses.

Li-o num ápice, pois é viciante, tocante, emocionalmente manipulador e com um final soberbo.

Um dos melhores livros que li este ano.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

The Best Thing About Me is ...

Simplesmente ando viciado nesta música. Transmite bom astral e alegra-me. Para quem não domina o inglês pode ver aqui a tradução. 


.......................Bom Fim de Semana!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Deus das pequenas coisas - Arundhati Roy


Opinião:
Chegar ao término deste livro foi tão aliviante para mim. Ufa! Foi tirar um fardo de cima.
Não gostei em nada desta história, nem tanto cheguei a percebê-la! Para já a leitura é dificílima, só mesmo relendo duas vezes as frases talvez conseguisse entender as mensagens, mas isso já era me castigar por demais! Depois do primeiro terço do livro fui lendo na diagonal, depois fui saltando frases, depois parágrafos e já aquando das últimas páginas fui folheando páginas coladas.
Gosto de livros, mas este estive quase atirando-o pela janela!
 
Este é o segundo livro que leio este ano que detestei. O outro foi “O pêndulo de foucault” do Umberto Eco. Mas em quarentas e tais, duas más leituras não é assim tão ruim, além de que faz parte para quem lê, de vez em quando deparar-se com um exemplar que não gosta.
Mas por favor, este é apenas o meu desabafo, a minha admoestação, o meu ponto de vista, e como não existe duas pessoas iguais, não levem esta minha opinião em consideração.
E pelo que já estive a ver na blogosfera algumas pessoas gostam mesmo deste livro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Oogy - Larry Levin

Sinopse:
O Oogy – O cão que só uma família poderia amar é um livro sobre o poder da redenção e o modo como os animais e as pessoas podem superar a maior das adversidades. 


E Oogy é um animal incrivelmente especial, cujo sentimento de segurança e a necessidade de ser amado prevaleceu apesar da sua provação. 
Este cão especial e a sua história entram nos nossos corações e ali permanecem durante muito tempo



Opinião:
Oogy. Este é o nome do cão que foi isco e vítima de engodo, uma luta entre caninos e dias depois encontrado em estado lastimavelmente desfigurado e levado para o veterinário, afim de ser abatido, o que por norma acontece nestes casos.

Larry, o autor e narrador deste livro é também o dono de Oogy. Ao longo da história sente-se o grau de cumplicidade mútua entre eles.
Larry e a mulher são pais adoptivos de dois gémeos e a luta burocrática e emocional que ultrapassaram para serem pais, também por si só, já dava um belo livro.
Dois filhos e um cão adoptado. Um exemplo de como a filantropia está naturalmente assente no coração deste casal.

O momento em este cão apareceu na vida desta família não foi por coincidência. Quem leu ou ler esta história saberá..
Tal como com as pessoas com quem cruzamos e criamos laços ao longo da nossa vida, com os animais também assim é, e muitas vezes eles entram pela nossa porta quando as pegadas da pessoa que partiu ainda são visíveis..
Se voces têm algum cão ou gato, pensem em que fase das vossas vidas estavam quando o animal veio para a vossa casa. Talvez se surpreendam.

Foi muito bom ler este livro. Li-o numa fase propícia e adequada mesmo. Não são só as pessoas e animais que aparecem na nossa vida em x altura, os livros também!

Oogy
A família na Oprah