domingo, 10 de setembro de 2017

Alguns dos livros que até ao final do ano serão publicados

São dezenas e dezenas os livros que vão marcar a rentrée literária este ano. Vários grupos editoriais e pequenas editoras já deram a conhecer alguns títulos que até ao final do ano chegarão às livrarias.

As novidades do Grupo Porto Editora (Porto Editora, Assírio & Alvim, Sextante Editora, Livros do Brasil, Albatroz e Coolbooks) englobam mais de 75 títulos, com apostas na ficção estrangeira e nacional. Destaque para a adaptação gráfica do icónico Diário de Anne Frank e um novo romance de Isabel Allende.


O Grupo BertrandCírculo (Bertrand, Quetzal Editores, Temas e Debates, Círculo de Leitores, Contraponto, Pergaminho, ArtePlural, GestãoPlus e 11x17) já anunciou também os cerca de 80 livros com publicação prevista até ao final do ano. Na ficção, a Bertrand Editora publicará Nada, de Janne Teller, publicado em mais de 30 países e inicialmente proibido na Dinamarca, país no qual hoje é de leitura obrigatória. Um dos livros mais esperados do ano, Origem, de Dan Brown, chegará às livrarias a 4 de Outubro. Um dos destaques da Pergaminho é Você Pode Falar com Deus, de Pedro Siqueira (desde 8 deste mês à venda). O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas, de José Tolentino Mendonça, será publicado a 22 de Setembro com o selo da Quetzal. Na senda daquilo a que já habituou o leitor em obras anteriores, tanto de reflexão teológica e filosófica como de poesia, o poeta nascido na Madeira abre as páginas de um livro singular e corajoso: o das perguntas sobre a nossa vida.


Pela Planeta Editora será lançado ainda no decorrer deste mês o novo livro deo autor do best-seller A Bibliotecária de Auschwitz. A Céu Aberto, de Antonio Iturbe, é um romance biográfico, muito bem documentado sobre uma das grandes figuras do século XX: Antoine de Saint-Exupéry. Da mesma autora de A Viúva, considerado pela imprensa portuguesa e blogosfera literária como um dos melhores thrillers do ano passado, chega em Outubro O Silêncio, o novo thriller psicológico de Fiona Barton. Outra grande aposta da editora chega em Novembro: O Dom da Ira, onde o autor - neto de Mahatma Gandhi e também ele um activista da não-violência - recupera ensinamentos de Gandhi e adapta-os aos dias de hoje.


Algo inédito: Prometo Falhar Todos os Dias, o novo livro-caderno (e agenda) de Pedro Chagas Freitas, está ainda em pré-venda e já vai para a 2.ª edição. Este novo livro do autor tem a chancela da Desrotina.

Muitos outros títulos de várias editoras, de géneros literários diversos, ocuparão os escaparates das livrarias nos próximos meses. Em seguida, uma pequena compilação das capas e títulos.


História Íntima da Humanidade, de Theodore Zeldin
O Teu Rosto Amanhã, de Javier Marías 


Memórias de Uma Cortesã, de Wray Delaney
O Homem Que Perseguia a Sua Sombra, de David Lagercrantz 


A Mulher do Meu Marido, de Jane Corry
Delírio Total, de Norman Ohler 


Uma Coluna de Fogo, de Ken Follett
Entre Amigos, de Amos Oz 


O Monarca das Sombras, de Javier Cercas
Poesia, de Eugénio de Andrade


O Comboio Errado, de Jeremy De Quidt
A Invenção da Ciência, de David Wooton 


Em Fuga, de C.L. Taylor
A Estrada Subterrânea, de Colson Whitehead 


Ébano, de Ryszard Kapuscinski
Os Corpos, de Rodrigo Magalhães 


A Queda de Um Homem, de Luís Osório 
Instrumental, de James Rhodes 


As Cores do Amor, de Karina Velasco
O Efeito Cascata, de Greg Wells  


Somente a verdade, de José Paulo Cavalcanti Filho
Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa, de Sandra Tavares e Sara Leite 


Frida, de Sébastien Perez e Benjamin Lacombe

terça-feira, 5 de setembro de 2017

«Cidadela», o longo poema em prosa de Saint-Exupéry, regressa às livrarias

Cidadela constitui a súmula de Antoine de Saint-Exupéry e das suas meditações de toda uma vida e chega a 7 de Setembro às livrarias com a chancela Livros do Brasil. Narrado na primeira pessoa por um rei de um território onde o deserto se perde de vista, esta é uma conversa consigo mesmo e com o divino, sobre a humanidade, sobre a vida, sobre o amor e a busca do sublime. A tradução e o prefácio são assinados por Ruy Belo.

Texto sinóptico
(...) Cidadela é simultaneamente um monumental exercício de linguagem, um longo poema em prosa, que Saint-Exupéry começara a escrever em 1936 e que não teve tempo para concluir. Na manhã de 31 de julho de 1944, levantou voo da Córsega e nunca mais voltou à base - terá sido abatido pela Luftwaffe perto da região de Grenoble-Annecy.

Este é pois um texto incompleto, mas de uma riqueza ímpar, a cuja tradução Ruy Belo dedicou dois anos e sobre o qual escreve: «Não temos rebuço em afirmar que Cidadela passará à história, iluminada pelo conjunto da produção de Saint-Exupéry, como uma das obras-primas do nosso tempo.»

Outras obras do escritor: Correio do Sul, Voo Noturno, Piloto de Guerra e O Principezinho.

Biografia de Saint-Exupéry, da autoria de Paul Webster: Antoine de Saint-Exupéry: Vida e Morte do Principezinho.

sábado, 2 de setembro de 2017

Seis livros que vão surgir nos escaparates das livrarias em Setembro

A Filha do Pântano, de Karen Dionne
Finalmente, Helena tem a vida que merece. Um marido dedicado, duas filhas lindas, um negócio que preenche os seus dias. Mas, quando um presidiário se evade violentamente de uma prisão vizinha, apercebe-se de que foi ingénua ao pensar que poderia deixar para trás os seus piores momentos. Helena tem um segredo: é o resultado de um rapto. O seu pai sequestrou a sua mãe quando esta era adolescente e manteve-a em cativeiro numa cabana remota nos pântanos da Península Superior do Michigan. Sem eletricidade, sem aquecimento, sem água canalizada, Helena, nascida dois anos depois do rapto, adorava a sua infância. E, apesar do comportamento por vezes brutal do pai, amava-o... até descobrir exatamente até que ponto uma pessoa podia ser selvagem.

Vinte anos depois, enterrou o passado tão profundamente que nem sequer o marido sabe a verdade. Mas, agora, o seu pai matou dois guardas prisionais e desapareceu num pântano que conhece melhor do que ninguém. A polícia começa a caça ao homem, mas Helena sabe que os agentes não têm qualquer hipótese de o apanhar. Sabe que há apenas uma pessoa que conta com as estratégias necessárias para encontrar alguém preparado para sobreviver a uma catástrofe e a quem o mundo chama «o rei do pântano»... porque há apenas uma pessoa que ele próprio treinou: a sua filha.


Dois Irmãos, de Milton Hatoum

Em Manaus, grande porto nas margens do rio Negro, na Amazónia, vivem-se as décadas douradas de Febre da Borracha, no dealbar do século XX. Na casa da família de Halim, a convulsão é de outra natureza.
Yaqub e Omar são gémeos idênticos, nascidos no seio de uma família de origem libanesa. Parecem-se muito, mas por dentro são diametralmente diferentes. Yaqub é silencioso e introspectivo e passa o tempo com a cabeça enfiada em livros. Por seu lado, Omar, o preferido da mãe, é de caracter alegre e impulsivo. Une-os - ou separa-os - a paixão pela mesma mulher e a disputa pelo amor dos pais.
Depois de alguns anos a viver no Libano, Yaqub regressa ao Brasil e instala-se numa vida de sucesso. Omar, pelo contrário, entre numa espiral de vícios, rancores, conflitos insolúveis e relações incestuosas.
Há ainda Nael, filho da empregada da casa. Também ele tem os seus fantasmas e tenta, na busca, pela identidade do pai, reconstruir o seu passado. É ele quem nos conta a história do lento declínio da família, numa casa que se desfaz, imersa no sufocante calor da Amazónia, num quotidiano minado pela paixão, a vingança e o incesto.
Da autoria das vozes maiores da literatura brasileira contemporânea, Dois Irmãos é uma tapeçaria de personagens inesquecíveis, um retrato vibrante de uma cidade e de um país em mudança, uma reflexão sobre o futuro que é possível reconstruir a partir das ruínas.


A CIA no Vaticano, de Eric Frattini

Quando, em junho de 2013, Edward Snowden revelou que a Agência de Segurança Nacional norte-americana havia espiado milhões de pessoas, incluindo chefes de Estado, descobriu-se que ninguém havia escapado a esta operação de espionagem, nem mesmo Jorge Mario Bergoglio ou os cardeais que haviam eleito o novo Papa.
Nada de novo para as organizações de serviços de informação dos Estados Unidos, que sempre consideraram o Vaticano, com a sua densa rede de relações diplomáticas, uma das principais e mais fiáveis fontes de informação sobre o que se passa em todo o mundo. Ou seja, um Estado cujo peso político em assuntos internos de outros países tem sido inversamente proporcional ao seu tamanho.
Neste livro, Eric Frattini mostra como as agências norte-americanas, e a CIA em particular, têm registado, estudado, recolhido informação e comentado os movimentos e declarações de todos os papas, desde Pio XII até Francisco.

Um Mais Um, de Jojo Moyes

Uma mãe por conta própria
Jess Thomas faz o seu melhor, dia após dia. É difícil lutar sozinha.
E, por vezes, assume riscos que não devia. Apenas porque tem de ser…

Uma família caótica
Tanzie, a filha de Jess, é uma criança dotada e brilhante a lidar com números, mas sem apoio nunca terá oportunidade de se revelar.
Nicky, enteado de Jess, é um adolescente reservado, que não consegue sozinho fazer frente às perseguições de que é alvo na escola.
Por vezes, Jess sente que os filhos se estão a afundar…

Um desconhecido atraente
Ed Nicholls entra nas suas vidas. Ele é um homem com um passado complicado que foge desesperado de um futuro incerto. Ed sabe o que é a solidão. E quer ajudá-los…

Uma história de amor inesperada
Um mais um - A fórmula da felicidade é um romance cativante e original sobre duas pessoas que se encontram em circunstâncias difíceis.

Atrai Pessoas Fantásticas para a Tua Vida, de Diana Gaspar

Sentes que vives para agradar os outros? Que estás condicionado pelas opiniões dos amigos ou da família? Que, por mais que te esforces, parece que só atrais relacionamentos tóxicos que te sugam energia e te causam sofrimento e angústia? Tens receio do que os outros vão pensar? Que a sorte parece não bater à tua porta quando se trata de uma relação amorosa?

Em onze passos, a psicóloga Diana Gaspar ensina-nos neste livro a atrair pessoas fantásticas para as nossas vidas. Relações saudáveis, baseadas no respeito mútuo, onde vale a pena investir o nosso tempo e energia. Para isso, antes de mais, é preciso limpar e arrumar a nossa vida, repensar as nossas crenças, porque aquilo em que acreditamos condiciona a nossa energia para viver e aquilo que atraímos. Depois é fundamental identificar o caminho que queremos seguir, construindo um amor-próprio sólido e imune à manipulação, à inveja e à toxicidade dos outros.


Orgulho e Preconceito
de Jane Austen

Quem nunca quis um Mr. Darcy na sua vida? Ser rebelde e independente como Elizabeth? Encarar o mundo com a pureza de Jane? Ou dar duas boas bofetadas a alguém que se comporte como Wickham? Orgulho e Preconceito veio, seduziu e ficou.
Esta é a história da família Bennet: cinco filhas por casar e uma mãe que só pensa em encontrar-lhes maridos.
Elizabeth Bennet e Mr. Darcy dão corpo a um dos maiores romances de sempre. Se ela chega a jurar que jamais gostará dele, até por ele ter antes ferido o seu orgulho, os imensos mal¬-entendidos e algumas peripécias poderão dar um outro rumo ao enlace. Estará Mr. Darcy disposto a quebrar o seu preconceito de classe? Não seremos, nós, verdadeiros inocentes ao julgar apenas pelas primeiras impressões?
«Se o verdadeiro teste para um grande romance é voltar a lê-lo e redescobrir as alegrias de uma nova leitura, então Orgulho e Preconceito rivaliza com qualquer romance jamais escrito», jurou Harold Bloom, a maior autoridade da grande literatura.

«O Reino do Meio» é o título do romance de José Rodrigues dos Santos que encerra a Trilogia de Lótus

José Rodrigues dos Santos está de regresso com o 3.º romance da Trilogia de Lótus, composta pelos títulos As Flores de Lótus, O Pavilhão Púrpura e O Reino do Meio, que a partir do dia 21 deste mês fica à venda.
Texto sinóptico
A guerra rebenta em Espanha e o Japão invade a China. Uma relação extraconjugal nos Açores, o atentado contra Salazar e as intrigas palacianas em Tóquio aproximam o coronel Artur Teixeira do cônsul Satake Fukui na mais imprevisível e perigosa das cidades – a Berlim de Adolf Hitler.
Lian-hua, a chinesa dos olhos azuis, está prometida a um desconhecido quando vê os japoneses entrarem em Pequim e a sua vida se transforma num inferno. O mesmo espetáculo é observado pela russa Nadezhda Skuratova em Xangai, onde se apaixona por um português que a forçará a uma escolha impossível.

A Berlim do blackout, dos boatos e das anedotas, do Hotel Adlon, das suásticas que brilham à noite e das lojas vazias com vitrinas cheias; a Pequim das mei po casamenteiras, dos chi pao de seda, dos cules e dos riquexós; a Tóquio do Hotel Imperial, dos golpes no Kantei, do zen e dos códigos de honra giri e ôn; e a Xangai da Concessão Internacional, dos portugueses do Clube Lusitano, dos néones, do Bund, das taxi-girls russas e dos bordéis.
Senhor de uma prosa sem igual, José Rodrigues dos Santos está de regresso ao grande romance com a conclusão da história inesquecível das quatro vidas que o totalitarismo moldou. Lendo-se como um romance autónomo, O Reino do Meio encerra em grande estilo a polémica Trilogia do Lótus, uma das mais ambiciosas e controversas obras da literatura portuguesa contemporânea.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Novos livros de Maria Helena e Pedro Siqueira

Chegará às livrarias a 8 de Setembro Você Pode Falar com Deus, o fenómeno de vendas do Brasil, da autoria de Pedro Siqueira, escritor, advogado e professor de direito.
Neste livro chancelado pela Editora Pergaminho, Pedro Siqueira conta como o seu dom é agora a sua missão: ser um instrumento de ligação entre as pessoas e o mundo espiritual a ajudá-las a desenvolver a sua fé através das mensagens de santos, anjos e de Nossa Senhora.
Segundo nota editorial, «este é o culminar do trabalho que Pedro Siqueira desenvolve há mais de 20 anos com a realização de encontros com fiéis para rezar o terço e transmitir as mensagens de Nossa Senhora, conversar com os anjos e prever o futuro.»

Com orações, conselhos e experiências pessoais de Maria Helena, o seu mais recente livro, Querer é Poder, a taróloga ajuda cada pessoa a encontrar dentro de si própria os recursos de que já dispõe, mas que por vezes desconhece ou negligencia. No estilo acessível, seguro e directo a que Maria Helena habituou os seus seguidores, Querer é Poder é como um guia e, simultaneamente, um oráculo que o leitor pode consultar para superar as crises com que se depara na sua vida. Este novo livro, com chancela do Clube do Livro SIC, será colocado à venda a 6 de Setembro.

sábado, 26 de agosto de 2017

Chegam às livrarias em Setembro livros de Edgar Allan Poe, Jack London e Bill Bryson

Numa edição de luxo de capa dura, com 28 das melhores histórias de terror de Edgar Allan Poe, contendo ilustrações de 28 artistas nacionais, chega às livrarias a 8 de Setembro com o selo das Edições Saída de Emergência o livro Os Melhores Contos de Edgar Allan Poe.

Do escritor norte-americano Jack London, chega aos escaparaetes livreiros O Apelo Selvagem, obra datada de 1903 e diversas vezes adaptada para cinema. É um livro publicado pela Editora Bertrand a 15 de Setembro.

Made in America, do autor de Breve História de Quase Tudo, Bill Bryson, fica disponibilizado nas livrarias também a partir do dia 15 do próximo mês.

Em seguida, os textos de paresentação de cada um dos títulos.

Quem foi Edgar Allan Poe? Um bardo tocado pelos deuses ou nada mais do que um homem atormentado pela loucura e pobreza e que desapareceu misteriosamente nos últimos dias antes da sua morte?
As histórias que deixou para trás mostram como o seu génio literário não se detinha perante nada. Abriu novos caminhos de ficção e tornou-se assim pai de histórias de detetives, pioneiro na ficção científica, um mestre do suspense e horror.
Reconhecido como uma das vozes mais influentes e inspiradoras do século XIX, a presente edição especial convida-o a apreciar 28 dos melhores contos do autor ilustrados por artistas nacionais, dando a conhecer o legado de Edgar Allan Poe a novas gerações.


Buck é um cão que se vê arrancado do conforto da quinta onde nasceu e lançado numa vida dura e perigosa.
Nos rigores do Alasca, Buck tem de aprender a viver com quase nada e a adaptar-se à exigência e à crueldade dos seus sucessivos donos, até que conhece John Thornton, um ser humano que reconhece a sua inteligência e nobreza e de quem Buck se torna um amigo leal e devoto, salvando-lhe a vida por diversas vezes.
Mas depois de ter sofrido tanto às mãos dos homens, o apelo da floresta parece-lhe cada vez mais irresistível….


Em Made in America, Bill Bryson desmistifica o seu país natal, explicando, por exemplo, que os americanos já consumiam comida de plástico muito antes de a expressão ter sido inventada ou como foi que uma aldeola desértica e poeirenta se tornou Hollywood.
Seguindo à letra o mote «Diz-me como falas, dir-te-ei quem és», Bryson apresenta-nos uma história hilariante e informal dos Estados Unidos.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Livro «Um "Santo" Surfista» conta a história de Guido Schäffer

A PAULUS Editora publica no final desta semana o livro Um "Santo" Surfista - O Servo de Deus Guido Schäffer, obra que apresenta a vida do surfista, médico e seminarista brasileiro, nascido em 1974 e falecido em 2009. O livro é da autoria de Ricardo Figueiredo, que recentemente foi nomeado pároco das paróquias do concelho de Óbidos.
Esta obra traça o perfil biográfico, destacando os aspetos espirituais e as virtudes heróicas, de Guido Schäffer. Jovem surfista que descobriu que a sua "onda" era seguir a Cristo. Estudou medicina e acabou, mais tarde, por entrar no seminário do Rio de Janeiro, em vista ao sacerdócio.
Guido Schäffer fundou diversos grupos de oração, e foi um pregador incansável da Palavra de Deus. No site http://guidoschaffer.com.br podemos ler que «Por onde passava contagiava as pessoas com o seu grande amor a Jesus, à Virgem Maria e à nossa Santa Igreja. Não perdia um minuto sequer, arrastando os jovens para Deus através de seu testemunho de vida e sua busca profunda e radical pela santidade. Estava no último ano do Seminário quando foi chamado por Deus para ainda mais perto d'Ele.»

«O Prodígio», de Emma Donoghue

Edição: Porto Editora
Data de publicação: Maio 2017
N.º de páginas: 328

O mais recente romance da escritora Emma Donoghue (n. 1969) posiciona o leitor na Irlanda em 1859, dez anos após este país ter sido assolado pela Grande Fome, um período negro da história da Europa que vitimou mais de um milhão de irlandeses.
Lib Wright, uma experiente enfermeira inglesa, é contratada por um comité de habitantes influentes de uma aldeia, para observar um fenómeno extraordinário: uma menina de onze anos, Anna O'Donnell, abstém-se há quatro meses de ingerir qualquer alimento… e continua viva. Esta enfermeira, treinada por Florence Nightingale durante a guerra da Crimeia, desde logo adopta uma atitude incrédula em relação à menina-prodígio, como já é conhecida pelo mundo fora.
Assim, uma autêntica vigília é escrupulosamente implementada na casa da família O'Donnell, composta por Rosaleen, a mãe, Malachy, o pai, e Kitty, a empregada e prima de Anna. Lib e uma colega repartem turnos para não deixar a menina nenhum momento sozinha. O intuito desta rigorosa observação é de pôr a descoberto quaisquer logros ou falsidades, não só desta criança que dedica desmesuradamente o seu tempo de jejum a orar, mas também da sua família e figuras próximas, como o padre e o médico local.
Com o auxílio de um jornalista, Lib tentará que a verdade venha ao de cima, mesmo que para isso também os seus segredos e desejos venham também à tona.
Será que alguém a alimenta secretamente durante o sono? Será que lucrar com as oferendas dos visitantes que visitam a casa para ver a menina-milagrosa é o objectivo desta fraude? Quem está por detrás dela: o padre, para conseguir mais atenção da Santa Sé? O médico, para ser reconhecido mundialmente? Os pais, para conseguirem sair da miséria? Ou será que Anna é mesmo um milagre vivo?
«Toda a gente detém um repositório de segredos», podemos ler na página 228 deste livro. Esta frase ilustra bem a mensagem que a irlandesa Emma Donoghue, autora do best-seller internacional O Quarto de Jack, quis passar neste seu nono romance.
O Prodígio (traduzido a partir de The Wonder por Cláudia Ramos) é um romance histórico cujo narrador cria pouca interacção com o leitor. Os capítulos longos e a primeira metade do livro ser monótona, centrada exclusivamente num foco, numa acção, faz com que a leitura não seja célere e entusiasmante.
Em todo o caso, tecnicamente o livro está bem escrito e a autora consegue trabalhar com mestria temas como o fanatismo religioso e a superstição. Mesmo sendo uma história ambígua e por vezes inverosímil, chegar as últimas páginas não cria nenhum desapontamento.
Emma Donoghue já fez saber que O Prodígio está actualmente a ser adaptado por si para ser transposto para o cinema.

domingo, 20 de agosto de 2017

«O Intestino Também Sente», de Leonor Martín Monge

Editora: Presença
Data de publicação: 03/02/2017
N.º de páginas: 152

Hipócrates, o pai da Medicina, já há mais de dois milénios afirmava que todas as doenças têm início no intestino. Nos últimos anos têm sido efectuadas investigações científicas que têm demonstrado que as ligações entre o intestino, que é o maior órgão imunitário do nosso corpo, e o cérebro são mais complexas do que pensávamos. Uma das conclusões revela que mais de noventa por cento da serotonina (neurotransmissor responsável pela nossa sensação de bem-estar) liberta-se fundamentalmente no intestino. Actualmente, este órgão é encarado como o nosso segundo cérebro pela forma como pode condicionar o nosso bem-estar físico, psicológico e emocional.
Em O Intestino Também Sente, a terapeuta espanhola Leonor Martín, que conta com mais de 35 anos de experiência em cuidados com a saúde, afirma que muitos dos problemas gastrointestinais têm origem em conflitos emocionais não “digeridos”. Ao longo dos três capítulos, a autora revela o método de desintoxicação para o bem-estar físico e emocional que administra aos seus pacientes, que segue três etapas que contemplam uma análise bioenergética («uma técnica que procura, por via do corpo físico, compreender a fundo os nossos conflitos interiores») e um plano de detoxificação que inclui semijejuns e hidroterapia do cólon (com água do mar).
Esta conceituada terapeuta espanhola não tem dúvidas de que o estado do nosso intestino, que possui cerca de 200 milhões de neurónios, reflecte claramente o nosso estado de humor no presente e os nossos conflitos e traumas emocionais (muitos deles enraizados na infância): «Sentimentos como o medo, a tristeza ou outras tensões emocionais fortes e/ou prolongadas no tempo podem dar origem não apenas a perturbações ligeiras, mas também a diarreias, vómitos, prisão de ventre, paragens de digestão, colites, etc.»
Nesta leitura podemos encontrar quinze páginas onde a autora se debruça a elucidar o leitor sobre a importância de se fazer uma dieta alcalina, evitando alimentos acidificantes que inflamam a mucosa intestinal. As diferenças entre prebióticos e probióticos são também esclarecidas.
Em O Intestino Também Sente, livro escrito de forma muito pessoal, directa e simples, Leonor Martín é perene a sublinhar que todas as doenças gastrointestinais estão ligadas ao estado emocional do indivíduo — esta é, aliais, a informação principal a retirar desta obra.


Citações
«O cérebro e o intestino estão directamente ligados entre si por condutores nervosos pelos quais circula, em ambas as direcções, um conjunto de neurotransmissores, como a serotonina» (p. 30)

«O intestino absorve grande parte da informação que recebemos quando ainda somos muito pequenos. E esses dados vão refletir-se naquilo que vamos ser no futuro.» (p. 37)

«O intestino (…) é também o “armazém” dos sentimentos que não conseguimos eliminar ou “digerir”.» (pp. 59-60)

«Quando sofremos de algum desequilíbrio mental, psíquico ou emocional, a origem pode estar num mau funcionamento do intestino.» (p. 61)

«A água do mar alcaliniza, sendo a única substância do planeta que contém todos os minerais.» (p. 97)

«Os estados emocionais afetam o processo digestivo e o bem-estar físico em geral.» (p. 113)

No início de Setembro chegam três romances com muito suspense

A ASA e a Dom Quixote, duas das chancelas do Grupo LeYa,  já desvendaram alguns dos livros que marcarão a rentrée literária. Destaque para três romances: dois thrillers psicológicos e um thriller romântico «intenso e visceral sobre traição, ganância, laços de família... e um amor avassalador.» Eis as capas e os textos sinópticos destes livros que no início de Setembro chegarão aos escaparates livreiros.
O Pacto, de Michelle Richmond
Alice e Jake, apaixonados e recém-casados, recebem um insólito presente de casamento: uma chave que lhes permite a entrada num clube secreto chamado O Pacto. Ambos têm fortes motivos para acreditar que não terão nada a perder. Muito pelo contrário. Todos os seus membros são bem-sucedidos e aparentemente felizes. E, à primeira vista, as regras parecem fazer todo o sentido.
O objetivo do clube? Um casamento feliz e duradouro. E também festas glamorosas, amizades fortes, uma sensação de comunhão com os outros participantes, que apenas querem o melhor uns para os outros.
E tudo corre bem... até ao dia em que alguém quebra uma das regras...
Pois, à semelhança do matrimónio, O Pacto deve ser um compromisso para toda a vida. Alice e Jake depressa descobrem que, para que assim seja, vale absolutamente tudo. O seu casamento de sonho está prestes a tornar-se um tremendo pesadelo. Será o amor deles realmente para a eternidade? Ou terão ambos cometido um erro fatal?
Suspense psicológico num ritmo alucinante, esta obra de Michelle Richmond é intensa, aterradora e... irresistível.

A Mulher Secreta, de Anna Ekberg
O que faria se descobrisse que a sua vida não é sua?
Louise tem tudo para ser feliz. Gere um café que adora numa ilha dinamarquesa, onde mora com o namorado, Joachim. E Louise é, de facto, feliz. Até ao dia em que um homem entra no café e vira a sua vida do avesso. Trata-se de Edmund, que jura que Louise se chama, na verdade, Helene, e é a sua mulher, desaparecida há três anos. E tem provas...
Depressa se torna evidente que Louise não é quem julga ser. É, sim, Helene Söderberg, herdeira de uma vasta fortuna, proprietária de uma grande empresa, mãe de dois filhos pequenos e casada com um marido dedicado. Mas há perguntas que permanecem sem resposta. Porque é que ela não se lembra de nada? Quais são os seus planos para o futuro quando desconhece por completo o passado? Conseguirá recuperar o amor dos seus filhos? E os sonhos que partilhou com Joachim?
Obrigada a retomar a sua vida misteriosamente interrompida, Helene é posta à prova de uma maneira tão brutal quanto comovente. Mas no seu coração continua a existir um lugar especial para Louise, a mulher que, por momentos, viveu a vida dos seus sonhos.

Raparigas Mortas, de Selva Almada
«Três adolescentes de província assassinadas nos anos oitenta, três mortes impunes ocorridas quando ainda, no nosso país, desconhecíamos o termo femicídio.»
Três assassínios entre centenas que não chegam aos títulos de capa nem atraem as câmaras dos canais de TV de Buenos Aires. Três casos que chegam desordenados: são anunciados na rádio, recordados no jornal de uma cidade, alguém fala deles numa conversa. Três crimes ocorridos no interior da Argentina, enquanto este país festejava o regresso da democracia. Três mortes sem culpados.
Convertidos em obsessão com o passar dos anos, estes casos dão lugar a uma investigação atípica e infrutífera. A prosa nítida de Selva Almada plasma em negro o invisível, e as formas quotidianas da violência contra meninas e mulheres passam a integrar uma mesma trama intensa e vívida.
Inscrevendo-se no género «romance não ficção», inaugurado por Truman Capote, Raparigas Mortas é uma obra singular. Combinando perceções e lembranças pessoais com a investigação de três femicídios no interior da Argentina durante a década de 80, Selva Almada revela, de modo subtil, a ferocidade do machismo e o desamparo das mulheres pobres, ao mesmo tempo que abre novos rumos à narrativa latino-americana.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Os mais recentes lançamentos da Editorial Presença

Mitologia Nórdica, de Neil Gaiman
Vitória - a jovem rainha, de Daisy Goodwin
O Guardião dos Objetos Perdidos, de Ruth Hogan

O Signo, de Umberto Eco (relançamento)
O Efeito Rosie, de Graeme Simsion
Um Coração Feliz, de Angelo Vaira e Valeria Raimondi