Hoje, 19 de Setembro, a Assírio & Alvim faz chegar às livrarias uma nova edição, aprimorada, «a mais apurada de todas as edições feitas até hoje», de Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa (1888-1935), e o quarto Livro de Horas, que reune quase 1.000 papéis avulsos dispersos do espólio de Maria Gabriela Llansol (1931-2008).
A Palavra Imediata — Livro de Horas IV
de Maria Gabriela Llansol
Organização: João Barrento
N.º de Páginas: 224
Sinopse
Os avulsos de Llansol, na sua grande diversidade, são, como ela própria
sugere, uma espécie de terreno inculto onde «todo o escrito está
plantado», ou talvez, mais propriamente, um terreno de sementeira onde
começa a germinar o pensamento ou se vê já desabrochar a escrita, de
forma mais ou menos desordenada, em alguns casos pequenas narrativas
autónomas ou mesmo toda a estrutura de um livro, como no exemplo das
fichas de formato A5 e várias folhas A4 (provavelmente de 1972-73, em
Lovaina), que contêm o que pode ter sido o nascimento de «O Livro das
Comunidades». Nesses papéis vai caindo, desde os anos de Lovaina, nas
décadas de sessenta e setenta do século passado, até à penúltima jornada
desta vida, a palavra imediata de Llansol, a que ela um dia se referiu
como «essa palavra que agora brilhava como um vidro sob a oscilação do
luar».
Livro do Desassossego
de Fernando Pessoa
Organização: Richard Zenith
N.º de Páginas: 464
Sinopse
Publicado pela primeira vez em 1982, quase meio século após a morte de Fernando Pessoa, o Livro do Desassossego é uma obra-prima pouco convencional, resistente às habituais classificações literárias. A palavra desassossego refere-se à angústia existencial do narrador, sim, mas também à sua recusa em ficar quieto, parado. Sem sair de Lisboa, este viaja constantemente na sua maneira de ver, sentir e dizer. Ler este livro, repleto de emoção e observações penetrantes, é uma experiência estranhamente libertadora.
A edição
A presente edição procura, na medida possível, respeitar a visão que o próprio autor do Livro nutria para a sua publicação. Inclui todo o material explicitamente destinado à obra e alguns textos adicionais que com quase toda a certeza lhe pertencem e cujo estatuto conjetural é, de qualquer modo, assinalado. A transcrição dos originais, constantemente melhorada ao longo dos anos, é a mais apurada de todas as edições feitas até à data. A introdução do organizador traça a evolução do Livro que ocupou Pessoa durante mais de vinte anos, propondo-nos novas linhas de leitura.
Outra das novidades da editora que chega de hoje a uma semana: Bach, de Pedro Eiras.
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