«A Grande Magia», de Elizabeth Gilbert

Editora: Objectiva

Data de Publicação: Fevereiro 2016
N.º de Páginas: 288

Coragem, Encantamento, Permissão, Persistência, Confiança e Divindade são os títulos das seis partes que compõem o mais recente livro de Elizabeth Gilbert (n. 1969).

O que é a criatividade? No dicionário, ela é tida como uma «qualidade ou característica de quem ou do que é criativo» e está relacionada com a «inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar» em diversos campos como o artístico, o científico ou o desportivo.

Ao partilhar histórias pessoais, de amigos e pessoas que sempre a inspiraram, Elizabeth faz uma reflexão criativa sobre o que significa uma vida criativa, e indica algumas dicas de como ultrapassar os bloqueios criativos e a procrastinação. Os ingredientes principais para a criatividade, segundo Gilbert, são: coragem, encantamento, permissão, persistência e confiança. O medo de ser rejeitado e criticado, ao contrário, barram a inspiração e todo o processo de criação.

A autora, que já deu aulas de escrita criativa, direcciona as suas reflexões ao leitor de A Grande Magia como se estivesse conversando com ele descontraidamente num café; esta forma de escrita íntima ajuda muito a criarmos um elo de ligação com a sua pessoa.

A Grande Magia (traduzido a partir de Big Magic, por Renata Telles) revela-se um tratado optimista sobre a criatividade. Todavia, a autora, com o seu entusiasmo pelo assunto, sem querer, esmiúça muito o tema, tornando o livro um pouco maçador.

Este livro de não-ficção da norte-americana, é lançado 10 anos após o estrondoso best-seller internacional Comer, Orar, Amar, obra que vendeu mais de 12 milhões de cópias em todo o mundo e que deu origem ao filme homónimo, protagonizado por Júlia Roberts.