segunda-feira, 7 de setembro de 2020

No seu novo livro, José Rodrigues dos Santos revela episódios desconhecidos do Holocausto

Intitula-se O Mágico de Auschwitz o novo romance de José Rodrigues dos Santos, que a 24 deste mês a Gradiva faz chegar a todas as livrarias nacionais.
Este 21.º romance do autor, após Imortal (2019), revela-nos a Shoah como nunca foi mostrada. Baseando-se em acontecimentos verídicos e em personagens reais, José Rodrigues dos Santos transporta o leitor ao coração do maior dos campos da morte nazis e revela-nos episódios desconhecidos do Holocausto, incluindo o papel que o misticismo e o esoterismo desempenharam na Solução Final.
A história de O Mágico de Auschwitz ficará completa com O Manuscrito de Birkenau (cuja data de publicação está por definir).

Sinopse
A vida do Grande Nivelli, o mágico judeu que encanta Praga, muda quando os nazis invadem a Checoslováquia. A Segunda Guerra Mundial começa e ele é deportado com a família. O seu destino é o de milhões de judeus. Auschwitz. O português Francisco Latino sempre foi considerado um bruto na Legião Estrangeira. Mas o seu coração amolece durante o cerco de Leninegrado, onde integra a Divisão Azul espanhola e se apaixona por uma russa. Até que as SS o levam... O mágico judeu e o soldado português unem os seus destinos em Auschwitz-Birkenau. A magia do Grande Nivelli será chamada a desempenhar um papel central num evento largamente desconhecido, mas que se revelou a maior conspiração levada a cabo pelas vítimas contra o Holocausto.

Excerto
«Havia já dois dias que os Levin, como todos os deportados que enchiam o vagão, não viam luz. A exceção era a ténue claridade do dia que penetrava pelas frinchas das tábuas e quatro pequenas aberturas para o exterior protegidas por arame farpado. Os olhos tiveram de se habituar à treva absoluta durante a noite e à semiescuridão de dia. Parecia a Levin absolutamente incompreensível que os alemães tratassem pessoas daquela maneira. Era a segunda viagem que faziam como deportados e não tinha qualquer comparação com a primeira. A viagem efetuada meses antes de Praga até Theresienstadt fora dura, onze horas fechados numa carruagem de passageiros sem nada para comerem não era normal, mas dir‑se‑ia um passeio de luxo ao pé do que se passava na nova deslocação. Não só estavam ali umas sessenta pessoas fechadas às escuras havia já dois dias, as portas trancadas por cadeados exteriores, como a composição em que dessa feita os meteram no famoso transporte para leste era formada por vagões para gado. Vagões para gado! Os alemães tinham fechado homens e mulheres, incluindo idosos, doentes e crianças, em vagões para gado!»

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