quinta-feira, 26 de maio de 2011

Poema 20 - Pablo Neruda

POEMA 20

Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Escrever por exemplo:
A noite está fria e tiritam, azuis, os astros à distância
Gira o vento da noite pelo céu e canta
Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Eu a quiz e por vezes ela também me quiz
Em noites como esta, apertei-a em meus braços
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito
Ela me quiz e as vezes eu também a queria
Como não ter amado seus grandes olhos fixos ?
Posso escrever os versos mais lindos esta noite
Pensar que não a tenho
Sentir que já a perdi
Ouvir a noite imensa mais profunda sem ela
E cai o verso na alma como orvalho no trigo
Que importa se não pode o meu amor guardá-la ?
A noite está estrelada e ela não está comigo
Isso é tudo
A distância alguém canta. A distância
Minha alma se exaspera por havê-la perdido
Para tê-la mais perto meu olhar a procura
Meu coração procura-a, ela não está comigo
A mesma noite faz brancas as mesmas árvores
Já não somos os mesmos que antes havíamos sido
Já não a quero, é certo
Porém quanto a queria !
A minha voz no vento ia tocar-lhe o ouvido
De outro. será de outro
Como antes de meus beijos
Sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos
Já não a quero, é certo,
Porém talvez a queira
Ah ! é tão curto o amor, tão demorado o olvido
Porque em noites como esta
Eu a apertei em meus braços,
Minha alma se exaspera por havê-la perdido
Mesmo que seja a última esta dor que me causa
E estes versos os últimos que eu lhe tenha escrito.

Pablo Neruda

(in, Vinte poemas de amor e uma canção desesperada)



domingo, 22 de maio de 2011

«Siddartha», de Hermann Hesse

As páginas deste pequeno grande livro são recheadas de frases de extensa sabedoria, escritas numa linguagem simples, mas de digestão lenta.
Siddartha é um buscador da plenitude interior e exterior, mas ao mesmo tempo não é seu objectivo a busca, mas sim o seu caminho, no qual advirá os percalços, as pedras a meio do caminho.
Ele quis experimentar o bom e o mau da vida, com consciência plena e não por acaso. Pois só passando por estes dois estados é que poderia saborear a vida tal como ela é.
Na vida temos de experimentar tudo para crescermos: o bom e o mau. A nossa vida é feita de escolhas, perdas e ganhos, vitórias e derrotas, riso e choro, e tudo surge por um motivo e neste livro estas ideias estão claras.
Quando chegamos ao fundo do poço é que tomamos noção da estabilidade física e emocional a que sempre estivemos acostumados e não dávamos valor.
Estas páginas estão cheias de filosofia zen, não sendo um livro a que todo o tipo de leitor se identifique.
Um livro que desperta o mais profundo do nosso ser! Deve ser lido em plena quietude e em silêncio.

Excerto
«A maior parte das pessoas são como uma folha que cai, que flutua ao vento, que hesita e que caí no chão. Mas há outros, poucos, que são como estrelas, que seguem um rumo firme, nenhum vento os afecta, têm dentro de si as suas leis e o seu rumo.»

Outros livros de Hermann Hesse: Ele e o Outro; Demian; Narciso e Golmund; Peter Camenzind; Uma Biblioteca da Literatura Universal.

domingo, 15 de maio de 2011

Rapariga com brinco de pérola - O Livro e o Filme

O LIVRO


Sinopse:
No século XVII, em Delft, uma próspera cidade holandesa, tudo tinha uma ordem pré-estabelecida. Ricos e pobres, católicos e protestantes, patrões e criados, todos sabiam o seu lugar. Quando Griet foi trabalhar na casa do pintor Johannes Vermeer, pensou, por isso, que conhecia o seu papel: fazer a lida doméstica e tomar conta dos seis filhos do pintor. 
Ninguém esperava, porém, que as suas maneiras delicadas, a sua perspicácia e o fascínio demonstrado pelas pinturas do mestre a arrastariam inexoravelmente para o mundo dele.



Opinião:
"Rapariga com brinco de pérola" é um romance histórico passado em Delft, na Holanda, no século XVII.
É uma possível história que poderia estar detrás do célebre e enigmático quadro pintado por Johannes Vermeer, um pintor conhecido da Época de Ouro Holandesa.
Griet vê-se forçada a trabalhar como criada na casa do pintor, pois a sua família cai em miséria.
A jovem de dezassete anos é bonita, tímida, mas muito trabalhadora.Esta ao deparar-se num ambiente envolto em arte, fica fascinada pelas pinturas do mestre e assim nasce uma intimidade crescente entre ela e o seu amo.
Achei este livro muito fascinante. Primeiro porque sou um amante da arte, da pintura em especial e neste livro a autora, Tracy Chevalier relata detalhadamente como na época, em 1665 se fabricava e preparavam as tintas, através dos pigmentos e da moição de ossos e das misturas e técnicas que usavam.
Depois o ambiente social da época, a descrição das ruas, das indumentárias, de objectos e de instrumentos da época, tais como o alaúde e o cravo (o cravo foi o ante-sucessor do piano) estão eximiamente bem retratados.
Gostei em particular da personagem Cornelia, uma das filhas do pintor, que prima pelos seus actos maldosos e premeditados.Griet dá-lhe dois estalos durante o livro, um no inicio e outro no final. São cenas em que o leitor é apanhado desprevenido. Achei fabuloso.

É um livro muito bem escrito, que até consegui sentir o cheiro do óleo de linhaça e a tinta fresca!
Aliais, quase que me deu vontade de ir buscar todo o material de pintura que tenho guardado e começar a pintar!


O FILME

Trailer
Opinião:
Após terminar a leitura vi logo o filme.
Há cenas e uma sofistificação visual no filme que no livro não é possível reter.Temos a cidade holandesa de Delft em pano de fundo e conseguimos ter uma noção real do quotidiano, dos figurinos e dos quadros pintados por Vermeer.
No filme é o actor Colin Firth que interpreta o pintor.A actriz Scarlett Johansson destaca-se por um soberbo desempenho nas vestes de Griet, a criada.Foi precisamente a imagem de Griet que contive do livro que vislumbrei no filme, o que achei muito bem conseguida esta adaptação do livro para o ecrã.
Mas claro, o livro é muito melhor que o filme.Ainda não comprovei nenhum caso ao inverso!



Curiosidades:
¥ Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675) foi um pintor holandês, que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer.

Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de Delft.

É o segundo pintor holandês mais famoso e importante do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época), depois de Rembrandt. Os seus quadros são admirados pelas suas cores transparentes, composições inteligentes e brilhante com o uso da luz.

¥ Para ver todas as obras de Vermeer clica aqui

¥ Tracy Chevalier nasceu em 1962 em Washington, mas mudou-se para Londres em 1984. Foi editora de livros de referência, mas trocou o emprego pelo mestrado em Escrita Criativa, em Norwich, Inglaterra. Foi nesse ano que começou a escrever o seu primeiro romance, The Virgin Blue. É ainda autora de Rapariga com Brinco de Pérola, A Dama e o Unicórnio e Quando os Anjos Caem. Vive com o marido e o filho em Londres.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Assim nasceu o dia..

Hoje
acordei ouvindo o som da chuva
caindo na minha janela.

Aproximei-me e vi luzes faiscando
sobre um crepúsculo azulado.

Eram raios..

Não!
Eram as minhas raízes..

miGuel pesTana

quarta-feira, 11 de maio de 2011

«Alma», de Manuel Alegre

Manuel Alegre neste livro fala da sua infância na voz de Duarte. Este devia ser o nome que o tratavam na sua meninice. As traquinices com os amigos, as primeiras descobertas da vida e do corpo, o ambiente familiar, a vizinhança, e os primeiros anos de escola são algumas memórias que Manuel Alegre partilha connosco.

“Alma”, uma quase biografia da sua infância, está escrito de uma forma liberal, realista e o autor não poupa o leitor dos seus episódios mais intimistas.

Manuel Alegre critica as diferenças sociais da época, do Estado Novo e da azáfama política que se vivia naquele tempo, de como as pessoas acompanhavam os relatos da Segunda Guerra Mundial.

Ele, com os seus 10 anos pergunta ao pai, na sua total inocência, o porquê de alguns dos seus colegas de escola não terem sapatos? O porquê de nem todos poderem continuar com os estudos?...

Alma é m livro leve, transparente, propício para quem gosta de histórias simples e sentidas.

«Muitas vezes, nas horas do exílio e da solidão, eu agarrava-me à memória.
Não sei se alguém consegue voltar de um longo exílio. Não sei se alguma vez se volta verdadeiramente a casa. Nem sei tão pouco se alguém verdadeiramente nos reconhece quando voltamos. Talvez Alma fosse a única maneira de voltar à minha terra, à minha casa, ou a mim mesmo. Talvez a única forma de finalmente ser reconhecido pelos que já cá não estão, pelos que nunca me conheceram e pelos que só assim poderão saber quem sou. Ou quem não sou. Sabe-se lá.»
Excerto da intervenção de Manuel Alegre no lançamento da 1ª edição de Alma, Águeda, 19 de Janeiro de 1996.

sábado, 7 de maio de 2011

Muitas vidas, muitos mestres - Dr. Brian Weiss


 Sei que para tudo há uma razão. Talvez na hora não tenhamos o discernimento nem a percepção para compreendê-la, porém, com tempo e paciência, ela acaba por se revelar”. (Brian Weiss).

É assim que o autor prefacia “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, um livro onde relata detalhadamente todo o processo terapêutico que utilizou, usando a regressão a uma paciente sua, Catherine. 
É uma história verídica e que abalou a concepção científica sobre a reencarnação, que na altura (1980) era muito rígida.

Catherine revive cenas traumáticas de outras vidas e ao despojar esses episódios do seu inconsciente vê a sua saúde a estabilizar, ao longo das sessões.

Este livro fez-me pensar quantas vidas já terei reencarnado e que ser humano já fui.. e que lugares no mundo já pisei...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Saga de um Pensador - Augusto Cury

Opinião:
O personagem principal deste romance, Marco Polo, é um pensador, um vendedor de sonhos que com a sua inteligência e eloquentes discursos poéticos, faz mudar interiormente os seres humanos, que no seu caminho são interceptados.

Marco Polo critica e desmistifica preconceitos sobre o ser humano, na área da psicologia e psiquiatria, revoluciona a mentalidade de profissionais de renome internacional, que embora estejam preparados para tratar de doenças, não estão aptos para tratar de doentes.

Este livro de Augusto Cury é daqueles que depois de o lermos, não o guardamos tão cedo na estante.
Esta história fez-me olhar para dentro e para fora noutro ângulo, num outro ponto de vista e pensar no que realmente é importante na vida.
”A saga de um pensador” alimenta o nosso bem-estar interior e exterior, mesmo quando este anda em défice.
O que nos inibe de sermos os actores principais da nossa vida?
Porque estamos a aplaudir e na plateia quando deveríamos estar no palco e a ser aplaudidos?
Qual a diferença entre um poeta e um poeta da vida?


Estas perguntas têm respostas. Descubram-nas no livro!

“Mais fortes que os homens são os pássaros. Enfrentam as tempestades nocturnas, tombam dos seus ninhos, sofrem perdas, dilaceram as suas histórias. Pela manhã têm todos os motivos para se entristecerem e reclamarem, mas cantam agradecendo a Deus por mais um dia”

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pablo Neruda


Ilusão Perdida

Florida ilusão que em mim deixaste
a lentidão duma inquietude
vibrando em meu sentir tu juntaste
todos os sonhos da minha juventude.

Depois dum amargor tu afastaste-te,
e a princípio não percebi. Tu partiras
tal como chegaste uma tarde
para alentar meu coração mergulhado

na profundidade dum desencanto.
Depois perfumaste-te com meu pranto,
fiz-te doçura do meu coração,

agora tens aridez de nó,
um novo desencanto, árvore nua
que amanhã se tornará germinação.

Pablo Neruda

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A herança de Eszter - Sándor Márai


Sinopse:
Durante vinte anos Eszter viveu uma existência cinzenta e monótona, fechada sobre si própria, esperando a morte e sonhando com o retorno de um amor impossível. Até ao dia em que, inesperadamente, recebe um telegrama de Lajos, o único homem que amou e graças ao qual encontrou, por um breve período, sentido para a sua vida.

Opinião:
Antes de mais tenho de dizer que a capa deste livro é sublime. Consigo visualizar Eszter perfeitamente, na figura.
“A herança de Eszter” é uma história simples, de frágil interpretação, onde os detalhes e acontecimentos de um passado, fazem emergir uma tempestade de sentimentos adormecidos.
A história ensina-nos, o quão difícil é viver na turbulência das nossas próprias emoções, nos estados de alma que não são despojados e na prisão a que a vida pode chegar a ser vivida.
Uma carta anunciando a vinda de alguém a quem não é sabido notícias há muitos anos é o ponto de partida deste romance, tal como no livro “As velas ardem até ao fim”, do mesmo autor.

Sándor tem uma escrita muito própria, de punho forte, que faz embalar o leitor numa lúcida e absorvente viagem.

Depois de “As velas que ardem até ao fim” e “A herança de Eszter”, quero conhecer outros títulos deste autor que, à “segunda tentativa”, convenceu-me do seu brilhantismo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Filme: Um ano mais (Another Year)

Trailer

Sinopse:
Tom (Jim Broadbent), um geólogo apaixonado pela mulher e habilidoso na cozinha, e Gerri (Ruth Sheen), psicóloga bem-resolvida e hospitaleira, formam uma família feliz junto com o carinhoso filho, Joe (Oliver Maltman), que já saiu de casa, mas volta de quando em quando, de bicicleta, para visitar os pais.O problema são os outros, e eles vêm e vão ao sabor das quatro estações do ano.


Opinião:
As 4 estações do ano são o pano de fundo para as 4 acções que se desenrolam neste filme. A felicidade de Tom e Gerri, um geólogo e uma psicóloga, contrasta com a infelicidade dos seus visitantes. São eles também que dão suporte emocional, no decorrer de todo um ano, aos seus familiares e amigos.

A história de Mary, amiga e colega de Gerry é aquela que mais sobressai em “Another Year”.Ela é uma mulher madura que no percurso da vida depara-se com a solidão e por estar em estado de carência a todos os níveis, encontra no álcool o seu escape. Mary é a personagem que aparece na Primavera, mas durante todo o resto do ano, marca presença na casa dos amigos, pois tal é a sua escassez de amor.

É no Verão que bate á porta de Tom e Gerry, Ken, o amigo de longa data de Tom. Ken é alcoólatra, solteirão e infeliz com e na vida e também busca um pouco de aconchego emocional no lar dos amigos.

Joe é o filho independente e durante o Outono aparece na casa dos pais com a nova conquista amorosa, Katie. Mary ao ver a felicidade estampada no rosto do casalinho fica ainda mais deprimida e até rancorosa e mostra-se incapaz de o não demonstrar, pois a alegria dos outros só faz sobressair a sua própria infelicidade.

Finalmente no Inverno o “casal de terapeutas” é outra vez o muro de suporte que apoia o irmão de Tom, Ronnie, que acaba de ficar viúvo e é convidado a passar uns dias com o casal, para amenizar a sua perda e ganhar ânimo para continuar com a sua vida.

O filme é um estudo melancólico que analisa a sociedade e os seus problemas mais comuns, sendo a solidão, o alcoolismo e a morte alguns dos fios condutores.

sábado, 23 de abril de 2011

Dia Mundial do Livro



Definição de Livro pela Wikipédia:
Livro é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário, científico ou outro.

Para mim, um livro é mais do que isso, muito mais.
E para vocês?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Malinche - Laura Esquivel


Opinião:
Este livro fala da apaixonante e trágica história romântica entre Malinali e Hernán Cortés. Malinali é uma índia indígena mexicana que apaixona-se perdidamente por Cortés, um conquistador espanhol.

Entre eles constrói-se uma relacção tormentosa de amor vs raiva, pois Cortés não consegue estancar a sua sede de conquista e de posse política, tornando assim o seu relacionamento com a índia turbulento.
Malinali vê-se assim dividida entre duas culturas e dois amores…

Foi interessante ficar a conhecer um pouco esta parte da História, dos Astecas, todavia não foi um tema em que tenha ficado empolgado. A autora escreveu-o de maneira lírica e notei grande perícia nos pormenores, o que deduz que a escritora fez uma pesquisa abrangente e pormenorizada.
 Preferi ler “Como água para chocolate” da autora, pois a mágica, o despertar dos sentidos e envolvimento do leitor na história é outra.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Reflexologia

Os pés são equipamentos maravilhosos e merecem todo o cuidado. Além de eles possibilitarem ao homem a locomoção, mantém o equilíbrio e distribuem de maneira uniforme o peso do corpo, quando estamos de pé.

A reflexologia é uma arte suave, uma ciência e um método muito eficaz de tratamento. É uma técnica curativa holística – o termo holístico é derivado da palavra grega Holos que significa “inteiro” e, assim, procura tratar o indivíduo como uma entidade constituída de corpo, mente e espírito.

A pressão é aplicada nas áreas reflexas dos pés com os dedos das mãos e usando técnicas específicas.
Este procedimento provoca mudanças fisiológicas no corpo na medida em que o próprio potencial de cura do organismo é estimulado.

 
Afinal, os pés também falam!

domingo, 17 de abril de 2011

Filme: A Rapariga do Capuz Vermelho (Red Riding Hood)

Trailer
Sinopse:
Uma jovem (Amanda Seyfried) que vive numa aldeia assombrada por um lobisomem, apaixona-se por um lenhador orfão (Shiloh Fernandez), apesar de estar prometida a outro homem (Max Irons).


Opinião:
Amanda Seyfried vestiu o capuchinho e surpreendeu-me novamente!Esta é sem dúvida uma actriz promissora que enquadra-se nos papeis mais variados.
Esta versão da fábula destaca-se por incorporar o aspecto romântico através de uma paixão não correspondida e do triângulo amoroso que daí resulta.O lobo máu também nesta versão pode deixar de ser assim tão máu..
Parece que Hollywood despertou para recontar de forma mais adulta os clássicos infantis. O Capuchinho vermelho é um dos mais célebres contos criados pelo francês Charles Perrault (1628-1703).
Vale a pena uma deslocação ao cinema e uma deslocação ao nosso imaginário infantil.

Porque tens uns olhos tão grandes?
E que orelhas tão grandes? 
E esses dentes enormes?

Foi bom reviver estas frases!!

sábado, 16 de abril de 2011

Uma música que lembra-me um filme


Filme: A BELA E O MONSTRO
Música: Beauty and the beast - Celine Dion & Peablo Bryson

O Fisico - Noah Gordon


Opinião: 
A história deste livro desenrola-se no século XI, na era medieval e relata a vida de Robert J. Cole.
Rob nasce em Londres no seio de uma família cristã, onde a pobreza imperava. Aos nove anos este menino vê-se sozinho no mundo, pois os pais morrem vítimas de epidemia e os irmãos mais novos são entregues a outros lares.

Rob torna-se aprendiz de um barbeiro-cirurgião e percorre as aldeias de Inglaterra ajudando o seu mestre, ajudando os doentes. O barbeiro faz de Rob um homem trabalhador e honesto, pois ensina-o com os seus próprios erros. É nesta altura que Rob depara-se com o dom..

Após alguns anos de rica experiência ao ajudar as pessoas, este aprendiz vê-se num dilema, pois por vezes gostaria de ter evitado a morte a doentes e não o conseguiu porque não tinha os ensinamentos e a formação necessária para tal. E é assim que Rob inicia uma longa viagem desde Londres até a Pérsia, o único local onde poderá estudar numa escola até se tornar num físico (médico).

Até se tornar num brilhante físico, Rob ultrapassa vários obstáculos. Finge ser judeu, muda de nome, aprende a falar Persa, empenha-se em ser aceite na escola, esforça-se para se integrar numa terra estranha e com costumes e crenças diferentes da sua, combate na guerra, renuncia ao amor, e claro, Rob supera tudo isto pela extrema vontade de se tornar físico e poder ajudar as pessoas enfermas.

Todo o caminho, esforços e obstáculos de Rob para atingir o seu objectivo é que fez com que esta narrativa fosse diferente das outras, pois é impossível não fazermos uma comparação, ao longo do livro, com a nossa própria vida, a do leitor. 

Este livro transmite a quem o lê que uma vida sem metas, sem suor, sem perdas, sem escolhas e sem ambição de aprender mais, é uma vida morta.
Gostei em particular da parte inicial da história, das aventuras e viagens de Rob com o barbeiro-cirurgião. 

Em suma é uma leitura excelente, cheia de emoções e aprendizagens.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Charlot, o génio mudo - 122º aniversário

Charles Chaplin nasceu em Londres a 16 de Abril de 1889 e faleceu a 25 de Dezembro de 1977. Foi um actor, director, produtor, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos actores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão.


Este Sr. é uma inspiração.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

1 lápis + 1 folha em branco + imaginação =

 
Fazia já muitooo tempo que não desenhava.
Foi tãooo bom desenfurrejar!
Consigo fazer melhor, mas até que não ficou ruim ;)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

Casa da Cascata / Falling water / Casa Kaufmann

"Falling Water House" é um dos trabalhos mais aclamados do arquiteto Frank Lloyd Wrigth tendo sido apontado pelos membros do instituto americano dos Arquitetos como melhor da historia da arquitetura americana.




Esta casa é um marco arquitetónico do século XX e uma das 7 maravilhas da arquitetura moderna, sendo considerada uma das mais famosas casas do mundo. Foi construída em 1936 e está localizada 50 milhas a sudeste de Pittsburgh, em Bear Run, Estado da Pensilvânia, Estados Unidos da América.

É um exemplo supremo do conceito de Frank da arquitetura Organica, que promove harmonia entre o homem e a natureza.
Frank foi um dos expoentes da arquitetura orgânica. Um dos preceitos que ele seguia é de que a obra não deve impor sobre a paisagem. Antes disso, deve se integrar a ela sem agredi-la. Na sua concepção, os materiais para a obra devem ser buscados na região, pois a obra deve ter ligação com o lugar onde se situa. No projeto da Casa da Cascata, Lloyd Wrigh levou a sério suas idéias de integração entre a obra arquitetônica e seu entorno.


A Casa da Cascata não é de todo ecológica. Basta lembrar que custou em dinheiro de hoje mais de 2 milhões de dólares. Mas com certeza é uma das casas organicas mais belas e importantes já construídas. Tanto assim, que hoje pertence a uma fundação e está aberta à visitação de milhares de turistas anualmente. Simbólica e visionária, a Casa da Cascata é uma cascata de inspiração para todos.


Frank Lloyd Wright, que acreditava que uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas e do caráter do país como um organismo vivo. Sua convicção era de que os edifícios influenciam profundamente as pessoas que neles residem, trabalham ou rezam, e por esse motivo o arquiteto é um modelador de homens.


A casa da cascata tornou-se famosa mesmo antes do término de sua construção. Isso aconteceu porque a casa propaga o ideal de que o homem moderno pode aprender a viver em harmonia com a natureza. A casa parece pairar serenamente sobre a agua, apenas escoradas nas rochas, que também fazem algumas composições internas da casa.. ou seja, uma total interação com o ambiente.


Dizem que Frank fez todo o primeiro estudo em apenas tres horas, e desse primeiro estuda pouca coisa mudou até o projeto final. A casa foi construída em meio a um bosque, no interior de uma propriedade da família, sua principal característica no entanto, é o fato de ter sido erguida sobre uma pequena queda dágua, ultilizando-se dos elementos naturais ali presentes.


Originalmente utilizada como residência de veraneio da família, a casa hoje é um museu.

 


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