«Quirkologia», de Richard Wiseman

Editora: Sinais de Fogo

Ano de Publicação: 2008
N.º de Páginas: 300

Qual a razão de algumas pessoas levarem uma vida pessoal e profissional de sucesso, enquanto outras detestam o seu trabalho e têm relações amorosas pouco duradouras? Por que alguns encontram o seu cônjuge ideal à primeira tentativa, enquanto outros cambaleiam de relacionamento em relacionamento? Como pode a data de nascimento e o sobrenome influenciar a nossa personalidade? A análise das microexpressões e linguagem corporal de um ser humano, num determinado momento, é cem por cento confiável? Revelando que a sorte, azar, predestinação e superstição podem ser tidas em conta para refutar algumas das questões mencionadas, Richard Wiseman mostra-nos como fazer uso da psicologia para compreensão dos retalhos da mente humana. Quirkologia foi o termo que o psicólogo britânico atribuiu a essa abordagem. Logo no início do livro o autor propõe-nos fazer um teste simples, o «Teste Q», em que o leitor tem de posicionar-se mentalmente numa situação. Consoante a resposta, de duas possíveis, uma parte específica da nossa personalidade é revelada, automaticamente, diz o psicólogo. A metade do livro a análise de cada resposta é explicada, com base nos inúmeros casos que ele levou a cabo. A própria capa do livro se analisada ao pormenor deixar escapar uma “experiência”…

Além da maioria dos exemplos que Wiseman revela sobre as inúmeras investigações que realizou serem, no seu teor, engraçados e muito peculiares, existe outros que são para levar muito a sério, como as revelações sobre fraude, vício e o paranormal. Por outro lado não são mencionadas críticas nem impacto que os vários estudos psicológicos tiveram no meio científico. Quirkologia é um livro cujo total conteúdo não pode ser lido com total confiança, embora tenha curiosidades e dicas do quotidiano muito úteis.

Richard Wiseman aparece com frequência na televisão, escreve em jornais e revistas, dá palestras, e é autor de vários livros como O Factor Sorte (Dom Quixote, 2006) e 59 Segundos (Objectiva, 2010).