sexta-feira, 1 de agosto de 2014

É recente nas livrarias: «Carta sobre a Tolerância», de John Locke


de John Locke

Data publicação: Maio 2014
Páginas: 112
Editora: Padrões Culturais

Sinopse
Os méritos políticos de John Locke são notáveis pois foi ele, ao mesmo tempo, o grande teórico da democracia, o pregador da tolerância e um profeta da separação entre Estado e Igreja. Locke defende nesta carta que as ações dos cidadãos, principalmente as religiosas, devem ser defendidas pelo Estado, desde que essas ações não contrariem a função principal do Estado - defender a vida, a liberdade e a propriedade. A reivindicação por tolerância baseia-se, no direito natural à liberdade, o que tem como pressuposto a separação entre Estado e Igreja.

Em 1686, este conceito filosófico de tolerância, assume um corpo bem sólido, na tentativa de resolver um conflito geral sobre: diferenças sociais, culturais, civilizacionais, étnicas ou religiosas, enfim entre os limites das identidades e fronteiras individuais ou colectivas.

Foram estas suas ideias que conduziram o Parlamento de Londres a aprovar o Acto da Tolerância, de 1689, autorizando a liberdade de culto aos não-conformistas, mesmo que com uma série de reparos ou objecções, ainda assim esse conceito de tolerância abriu o caminho para a «maravilha política» do século XVIII, que foi a instauração do Estado Secular e o direito à Liberdade Religiosa, primeiro nos Estados Unidos da América, pela constituição de 1787, e logo de seguida em França através da Constituição de 1791. Três séculos depois, a questão essencial da tolerância continua «estranhamente» bem viva, permitindo-nos a pergunta básica: como conviver com a diferença, neste mundo cada vez mais marcado por conflitos de vária ordem?
A resposta reflexiva é-nos dada pelo ilustre John Locke:
«Liberdade absoluta, liberdade justa e verdadeira, liberdade equitativa e imparcial é aquilo de que estamos necessitados. Todavia, apesar de sobre isto muito se ter falado, duvido que tal tenha sido bem compreendido; tenho a certeza que não é de forma alguma praticado, quer pelos nossos governantes em relação ao povo em geral, quer por qualquer das partes do povo em conflito umas com as outras.»
O autor
John Locke (1632-1704) é um dos maiores filósofos de língua inglesa. Fundamentalmente preocupado com problemas de ordem gnosiológica, como era comum nos pensadores da época, as suas investigações situaram-se porém no âmbito das ciências humanas, e não na física e matemática como era então corrente.

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