Joana d'Arc, Pablo Escobar, Maria Antonieta, Santo António, Rosa Parks, Napoleão, Ada Lovelace, Saramago, Lucrécia Bórgia, Jesus Cristo, Sartre, Lady Di, Bob Marley: todos mortos.
Não vale a pena esperar outra coisa da vida a não ser o seu fim. Porém, como dizia Camões, há aqueles que se vão da lei da morte libertando e, em vez de irem fazer tijolo, fazem História - nem sempre pelas razões mais nobres, mas é, provavelmente, para o lado que dormem melhor.
Com as suas notas necrológicas dignas de antologia, Hugo van der Ding demonstra, todas as manhãs, na rubrica 'Vamos Todos Morrer' da Antena 3, e, agora, com este livro, que nem a História tem de ser um relato aborrecido e soporífero dos grandes feitos e acontecimentos, nem o entretenimento tem de ser um atentado a todos os nossos neurónios.
Até ao fecho do presente livro, Vamos Todos Morrer, das 141 almas que foram desta para melhor e cujas venturas são aqui descritas, nem uma reclamou do obituário que lhe calhou em sorte.
O humorista, activista e cronista Diogo Faro acredita que um mundo melhor é possível. Mas um mundo melhor não se materializa à nossa frente por mero desejo ou pondo em prática a «lei da atracção». Denunciar crimes e injustiças, ouvir e observar o que nos rodeia com sentido crítico, conhecer o passado, desenvolver a empatia e praticar a generosidade não são apenas pormenores de conduta pessoal, mas sim o que nos separa de uma tragédia iminente.
Confrontar o privilégio de alguns, exigir equidade e rejeitar a violência e a exploração são acções de que já não podemos fugir se queremos sobreviver. Este é o momento para entrar na luta e erguer a voz contra o racismo, a homofobia, o fascismo, a emergência climática, a violência de género e o neoliberalismo. A luta contra a desigualdade é a luta pela Humanidade.
Neste Processo de humanização em curso, Diogo Faro demonstra que é possível ganhar consciência sem perder o sentido de humor.
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