Novos Retratos da Fundação FMS, nas livrarias a 31 de Maio

A Fundação Francisco Manuel dos Santos tem como missão estudar, divulgar e debater a sociedade portuguesa. Com liberdade e independência.
Em três novos Retratos, descobre a aventura dos emigrantes portugueses para o meio do Pacífico, o bosque dos carmelitas descalços no Buçaco e os bastidores da vida dos actores em Portugal.

Mandem Saudades, de Mário Augusto

Sabia que o instrumento musical típico do Havai, o ukelele, é o cavaquinho alterado por madeirenses para ali emigrados? Ainda hoje essa herança e muitas outras tradições são acarinhadas por portugueses de terceira e quarta gerações que habitam aquelas ilhas. Este livro conta a história dos seus antepassados, cerca de 27 000 portugueses que, no final do século XIX e até 1913, fizeram uma longa rota de emigração para o meio do Pacífico. Nesta debandada só iam os mais desesperados pela fome e pela miséria, os que nada deixavam para trás. Não podendo pagar de antemão a viagem, aguardava-os um contrato que os prenderia por longo tempo ao duro trabalho nos campos de cana-de-açúcar. Pelo caminho, morriam dezenas de homens, mulheres e crianças, e os que sobreviviam nunca mais esqueciam a terrível travessia. Foi uma diáspora sem retorno, a que este retrato presta hoje uma justa homenagem.

«Esta é uma história de emigração, mas das mais duras. Pela resiliência dos que partiam, é também dos mais bem-sucedidos processos de aculturação da nossa atitude de Portugueses no mundo.»

Jornalista desde 1986, Mário Augusto é autor e apresentador de televisão. Coordena e apresenta o mais antigo magazine de cinema da televisão portuguesa, o Janela Indiscreta. Entre outros, escreveu os livros Como se Fosse Um Romance (2021) e A Sebenta do Tempo (2016).

Ama o precipício: Viagem à Mata Nacional do Buçaco, de Susana Neves

A Mata Nacional do Buçaco esconde muitos segredos. Fundada por Monges Carmelitas Descalços, no séc. XVII, destinava-se a formar uma espécie de «comandos espirituais», monges votados à adversidade extrema. Este livro conta a história deste bosque sagrado, das suas gentes, árvores e plantas.

A autora é escritora, jornalista de investigação na área cultural, investigadora de etnobotânica e fotógrafa de natureza, é autora dos livros Histórias Que Fugiram das Árvores (2012), De Vento em Pipa — Quando a Vinha e o Homem Inventaram Lagoa (2017) e Rafael Bordalo Pinheiro — De Árvore em Punho (2020).

Ser ator em Portugal, de Jacinto Lucas Pires

Este livro foi escrito por um dramaturgo para dar a ver os «bastidores» da vida dos atores em Portugal. Foi composto a partir de vários depoimentos de profissionais, que surgem como personagens sem nome, para representarem em conjunto um certo «ator desconhecido».

O autor escreve romances, contos, peças de teatro, filmes, música. O seu último romance, Oração a Que Faltam Joelhos (Porto Editora, 2020), ganhou o Prémio John dos Passos.

Outras publicações ensaísticas da FFMS: Portos em Portugal, de Feliciana Monteiro; O Universo - Do Big Bang aos Buracos Negros, de Paulo Crawford; Galiza, terra Irmã de Portugal, de Rámon Villare.