Além do livro de literatura de viagens A Estação, da autoria de Robert Byron, que descreve um lugar sagrado e misterioso da Grécia, Monte Athos, são novas publicações da Tinta-da-china os seguintes títulos.Texto sinóptico
A partir do título da peça teatral 'Que Farei com Este Livro?' — e revisitando crónicas, poemas, peças, romances, contos, ensaios, memórias, depoimentos —, ensaiam‑se aqui novas análises da obra plural e inovadora de José Saramago e do seu exemplo enquanto cidadão empenhado nos problemas humanos, sociais, políticos e religiosos. Pensador arguto, agitador de consciências, humanista insubmisso e livre de militâncias ortodoxas ou politicamente correctas, escritor universal, Saramago foi, e é, inspiração para quem pretenda ser construtor do seu presente e do seu futuro. Partindo das palavras e ideias deste homem que nasceu para ser anónimo e acabou por se tornar parte da História, Que Faremos com José Saramago? propõe a todos que as histórias reais e as vontades sejam elevadas a acções consequentes no espaço individual e simultaneamente colectivo que é, em escalas diversas mas igualmente válidas, o de cada um de nós.
Organização e prefácio de Carlos Nogueira e José Vieira.Texto sinóptico
Três Discursos sobre Eros é uma meditação sobre o diálogo Fedro, de Platão, e especialmente sobre o modo como nele se pensa a dupla natureza de eros: este é uma forma de “loucura” — um desejo de posse e um perder‑se num mundo de ilusão —, mas é também “divino”, uma experiência da beleza que desperta a alma para a interrogação da verdade. O fio dessa meditação é dado pela discussão da relação entre filosofia e poesia, do carácter poético‑literário do texto platónico e da origem das imagens platónicas de eros nos poemas de Safo e em toda a tradição poética dos gregos. Esse fio leva também à reflexão sobre múltiplos ecos das questões platónicas em autores como Nietzsche e Proust e, acima de tudo, sobre a interpretação do Fedro nas obras de Hegel, Heidegger e Thomas Mann. Desta forma, o livro faz pensar no eros platónico como uma experiência surpreendentemente moderna de subjectivização e autenticidade — mas, ao mesmo tempo, como uma experiência da beleza e da verdade que devemos questionar se não estará irremediavelmente perdida para nós.
Da autoria de João Constâncio.Texto sinóptico
Se Fosse Fácil era para os Outros, de Rui Cardoso Martins
Uma descoberta: desde sempre, na «terra dos livres», a loucura, a mentira e a estupidez aguardavam a hora de serem largadas à solta contra a democracia e contra o Mundo.
Entre cartas que chegam para alguém que morreu, créditos que podem ficar tão mal parados como a vida, a urgência de alguma redenção, cinco amigos decidem atravessar um dos mais complexos territórios sobre a terra: os Estados Unidos da América. De Nova Iorque ao Sul profundo, de amores nativos a tragédias com asas, em busca de um destino com Cataratas do Niágara ou apenas de alguma leveza, os destemidos (e intempestivos) viajantes atravessam estados de alma, noites de copos e manatins, vigílias contra (ou a favor…) da pena de morte, abismos raciais e emocionais, jogos de sorte, duelos de pistola, cidade após cidade, sem medo do que vão perdendo pelo caminho. Doçura, violência, mares de ciclone e desertos atómicos.
E quem sabe se também não ganharão alguma coisa? Até porque, se fosse fácil…
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