segunda-feira, 30 de junho de 2025

«Que Faremos com José Saramago?» entre as novidades da Tinta-da-china


Além do livro de literatura de viagens A Estação, da autoria de Robert Byron, que 
descreve um lugar sagrado e misterioso da Grécia, Monte Athos, são novas publicações da Tinta-da-china os seguintes títulos.

Texto sinóptico
A partir do título da peça teatral 'Que Farei com Este Livro?' — e revisitando crónicas, poemas, peças, romances, contos, ensaios, memórias, depoimentos —, ensaiam‑se aqui novas análises da obra plural e inovadora de José Saramago e do seu exemplo enquanto cidadão empenhado nos problemas humanos, sociais, políticos e religiosos. Pensador arguto, agitador de consciências, humanista insubmisso e livre de militâncias ortodoxas ou politicamente correctas, escritor universal, Saramago foi, e é, inspiração para quem pretenda ser construtor do seu presente e do seu futuro. Partindo das palavras e ideias deste homem que nasceu para ser anónimo e acabou por se tornar parte da História, Que Faremos com José Saramago? propõe a todos que as histórias reais e as vontades sejam elevadas a acções consequentes no espaço individual e simultaneamente colectivo que é, em escalas diversas mas igualmente válidas, o de cada um de nós.
Organização e prefácio de Carlos Nogueira e José Vieira.


Texto sinóptico
Três Discursos sobre Eros é uma meditação sobre o diálogo Fedro, de Platão, e especialmente sobre o modo como nele se pensa a dupla natureza de eros: este é uma forma de “loucura” — um desejo de posse e um perder‑se num mundo de ilusão —, mas é também “divino”, uma experiência da beleza que desperta a alma para a interrogação da verdade. O fio dessa meditação é dado pela discussão da relação entre filosofia e poesia, do carácter poético‑literário do texto platónico e da origem das imagens platónicas de eros nos poemas de Safo e em toda a tradição poética dos gregos. Esse fio leva também à reflexão sobre múltiplos ecos das questões platónicas em autores como Nietzsche e Proust e, acima de tudo, sobre a interpretação do Fedro nas obras de Hegel, Heidegger e Thomas Mann. Desta forma, o livro faz pensar no eros platónico como uma experiência surpreendentemente moderna de subjectivização e autenticidade — mas, ao mesmo tempo, como uma experiência da beleza e da verdade que devemos questionar se não estará irremediavelmente perdida para nós.
Da autoria de João Constâncio.



Texto sinóptico
Se Fosse Fácil era para os Outros, de Rui Cardoso Martins
Uma descoberta: desde sempre, na «terra dos livres», a loucura, a mentira e a estupidez aguardavam a hora de serem largadas à solta contra a democracia e contra o Mundo.
Entre cartas que chegam para alguém que morreu, créditos que podem ficar tão mal parados como a vida, a urgência de alguma redenção, cinco amigos decidem atravessar um dos mais complexos territórios sobre a terra: os Estados Unidos da América. De Nova Iorque ao Sul profundo, de amores nativos a tragédias com asas, em busca de um destino com Cataratas do Niágara ou apenas de alguma leveza, os destemidos (e intempestivos) viajantes atravessam estados de alma, noites de copos e manatins, vigílias contra (ou a favor…) da pena de morte, abismos raciais e emocionais, jogos de sorte, duelos de pistola, cidade após cidade, sem medo do que vão perdendo pelo caminho. Doçura, violência, mares de ciclone e desertos atómicos.
E quem sabe se também não ganharão alguma coisa? Até porque, se fosse fácil…

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