sábado, 14 de abril de 2012

A Arte de Viver, de Epicteto

Ano de Publicação: 2010
Nº de Páginas: 80
O conjunto de textos proferidos por Epicteto (55-135 d.C.) que compõe este livro, foram compilados e editados por um dos seus discípulos, Flávio Arriano. O filósofo grego - que viveu grande parte da sua vida em Roma – nasceu na antiga Frígia (actual Turquia) e nos seus anos preliminares foi fiel servo de Epafrodito. Epicteto foi um escravo e acabou por se tornar um filósofo de renome da corrente do Estoicismo.
Como viver uma vida plena e feliz ou como ser uma pessoa com qualidades morais?
Para Epicteto a virtude é o único bem da vida e viver de acordo com a virtude significa viver conforme a natureza. Como Epicteto reflecte: «Infeliz é aquele que cai no que sempre evitou.» Ou ainda: «Se evitares a doença, a morte ou a miséria, serás infeliz.»
O objectivo deste livro é o de ensinar um caminho simples para a felicidade, propondo formas de viver a vida baseadas na ataraxia (paz de espírito) e apatheia (calma).
Este livro é constituído por 53 capítulos, com títulos introduzidos pelo tradutor, pois no pergaminho original não constam. Em nota do tradutor, este explica: «Os títulos que encabeçam cada capítulo são da nossa autoria. Procuram penas tornar mais apelativo o resultado final.»
Carlos A. Martins de Jesus traduziu directamente do grego para português este manual de Epicteto, um dos mais populares e acessíveis textos do estoicismo.
A Arte de Viver lê-se muito bem, mas com algumas “paragens” para retermos as ideias que alimentam. De resto é um livro que mostra bem que vale muito a pena ler Epicteto (ainda) nos dias de hoje e que a sua filosofia é intemporal.
Destaco esta passagem do capítulo 1 (O que depende e o que não depende de nós) para terminar esta minha apreciação: «De tudo quanto existe, algumas coisas dependem de nós, outras não dependem de nós. De nós dependem a opinião, os apetites, os impulsos […] Não dependem de nós o corpo, os bens, a fama, o poder […] o que depende de nós é por natureza livre, o que não depende de nós é fraco, servil e pertença de outrem.»

2 comentários:

Helena disse...

Fiquei com vontade de o ler, sem dúvida.

Anónimo disse...

Gosto muito desta temática, de livros de filosofia. Desconhecia este do Epicteto.