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| Portugal na Bancarrota 
       - Cinco séculos de História da Dívida Soberana 
       Portuguesa 
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O filme que aqui se conta, começa, bem 
         longe no tempo, com o Mestre de Aviz e a 
         situação de quase-bancarrota a que o país 
         chegou antes do início do processo de 
         Expansão, no início do século XV. Mas, 
         oficialmente, o primeiro incumprimento da 
         dívida soberana só ocorreria em 1560; o 
         último, no final da monarquia, acabou com 
         uma reestruturação da dívida cuja negociação 
         durou dez anos. Ao todo foram oito episódios 
         que colocaram Portugal na galeria dos países 
         com maior número de defaults até ao final do 
         século XIX.
Pelo caminho morreu o 
         capitalismo monárquico português que 
         transformara o país numa placa mundial de 
         reexportação e no primeiro império global em 
         rede da história. O parto da economia 
         liberal da geração de revolucionários de 
         Oitocentos, que prometia um amanhã radioso, 
         colocando no mundo um novo país 
         industrializado no pelotão europeu da 
         frente, soçobrou perante dois poderes 
         fáticos que se casavam: os desígnios de um 
         ecossistema financeiro que vivia do 
         proteccionismo alfandegário e da alavanca do 
         endividamento público, e as necessidades do 
         Erário Régio – e depois do Orçamento de 
         Estado – que dependiam como pão para a boca 
         das receitas das alfândegas e dos 
         empréstimos em Londres, Paris e Berlim. 
Se 
         há um padrão que se pode extrair desta 
         história é que as bancarrotas e 
         quase-bancarrotas entre 1544 e 1892 têm a 
         ver com o esgotamento de ‘modelos’ 
         económicos que dominaram a evolução do país 
         ao longo de séculos. Um contágio vindo de 
         fora, uma nova fase de globalização e uma 
         crise financeira global funcionaram, depois, 
         como gatilho.
Esta obra é um concentrado de 
       informação histórica. E não apenas de história das 
       bancarrotas como, à primeira vista, poderia parecer.
João Silvestre, jornalista do Expresso
João Silvestre, jornalista do Expresso
A ameaça do perigo de bancarrota é uma realidade. Daí, o mérito deste livro dando o alerta.
Adriano Vasco Rodrigues, arqueólogo e etnógrafo
Não há nenhum fado que nos obrigue a repetir os erros da História.
Ricardo Cabral, professor da Universidade da Madeira e CEEAplA
 
 
2 comentários:
Realmente o título deste livro parece-me muito propício ao estado actual do pais!
Sem dúvida que sim.
1 excelente livro para ler nestes "tempos".
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