domingo, 30 de setembro de 2012

Oh Retrato da Morte, oh Noite Amiga (poema de Bocage)

Oh retrato da morte, oh noite amiga
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha do meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!

Pois manda Amor, que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:

E vós, oh cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!

Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores.

Bocage, in Rimas

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

«A Vitória de Orwell», de Christopher Hitchens (Novidade)

A Vitória de Orwell
de Christopher Hitchens

Sinopse: Este livro não é uma biografia – é uma reflexão brilhante sobre George Orwell, o homem e a sua circunstância, autor de «Mil novecentos e Oitenta e Quatro» e «A Quinta dos Animais». Escritor genial ou sofrível? Actual ou datado? Certo ou errado? Hitchens responde-nos da maneira que só outro escritor maiúsculo consegue fazer.

Biografia: Christopher Eric Hitchens nasceu em Portsmouth, Inglaterra, em 1949. Depois de se ter formado em Oxford, tornou-se um dos mais adorados e odiados escritores mundiais. Iniciou a sua carreira na New Statesman e colaborou ao longo de quatro décadas com as mais prestigiadas publicações, onde foi repórter, cronista e crítico literário. Foi durante quase 20 anos contributing editor da Vanity Fair. Naturalizado americano, foi nos Estados Unidos que conheceu em 2007 a glória comercial com a publicação de «God Is Not Great – How Religion Poisons Everything» (editado em Portugal na Dom Quixote).

Formato: 155 x 220 | Páginas: 192 | PVP: 14.95€ 

 


NOVIDADES BABEL - Outubro 2012‏

Compêndio da Enxertia
de Carlos Frias de Carvalho

Sinopse: O elemento «luz», que atravessa a obra poética do autor, insere-se aqui na memória de infância, através da imagem das estrelas cadentes, enxertia das «noites mais escuras», levando, «por instantes às vezes», a iluminar «mesmo os mais descrentes» («décima segunda enxertia»). E a figura do avô transfigura-se na própria figura do poeta, que, enxertando as palavras, procura a luz na «oculta seiva» («décima quarta enxertia»).

Biografia: Carlos Frias de Carvalho poeta e escritor, nasceu em 1945 em Seiça - Ourém. Acerca da sua obra literária escreveram, entre outros, Bernardo Santareno, Urbano Tavares Rodrigues, António Ramos Rosa, João Rui de Sousa, Paula Cristina Costa, António Cândido Franco, José Manuel de Vasconcelos e António Carlos Cortez. É autor de uma vintena de livros dos quais destacamos: «O comboio do tempo», «Antes da água», «Vinte e cinco pétalas para Débora», «Barco de papel», «Escrita da água poema a una diosa índia», «Ribatejo e além» e «Lugares do vento».

Formato: 137 x 195 | Páginas: 88 | PVP: 12.00€


Correspondência 1952-1971
de Jorge de Sena e António Ramos Rosa

Correspondência totalmente inédita de Jorge de Sena

Sinopse: "Em paralelo com a edição das Obras Completas de Jorge de Sena, surge agora uma colecção dedicada à sua vasta e diversa Correspondência, cuja publicação é fulcral para o entendimento da sua obra, e da obra dos seus correspondentes, bem como para o conhecimento da vida cultural portuguesa da segunda metade do século XX. E não podia ser inaugurada da melhor forma, com a inteligência e o afecto de dois poetas: António Ramos Rosa e Jorge de Sena." - in Nota Editorial (Jorge Fazenda Lourenço)



Biografia: Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de Novembro de 1919 e faleceu em Santa Barbara, Califórnia, a 4 de Junho de 1978. Poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta, crítico literário, teatral e de cinema, historiador da cultura, tradutor e cidadão do mundo, é uma das figuras centrais da nossa cultura e da literatura do século XX. A obra de Jorge de Sena é monumental em volume, em variedade e, frequentemente, de qualidade excepcional.
// António Ramos Rosa recebeu numerosos prémios nacionais e estrangeiros, entre os quais o Prémio Pessoa, em 1988. É geralmente tido como um dos grandes poetas portugueses contemporâneos. Um dos mais fecundos poetas portugueses da contemporaneidade, a sua produção reflecte uma evolução do subjectivismo, em relação à objectividade.

Formato: 140 x 200 | Páginas: 304 | PVP: 19.50€ 


Memórias de Adriano
de Marguerite Yourcenar
 
10ª edição

Sinopse: «Memórias de Adriano» tem a forma de uma longa carta dirigida pelo velho imperador, já minado pela doença, ao jovem Marco Aurélio, que deve suceder- lhe no trono de Roma (século II d.C.). Pouco a pouco, através desta serena confissão, ficamos a conhecer os episódios decisivos da vida deste homem notável. Vencedor do prémio Femina Varesco, este romance é seguramente um dos mais importantes de Marguerite Yourcenar, e uma das obras de referência da literatura contemporânea.


Biografia: Pseudónimo da escritora francesa Marguerite de Crayencour (1903-1987), nascida em Bruxelas e que veio a naturalizar-se americana. As suas «Mémoires d'Hadrien» (Memórias de Adriano,1952) tornaram-na internacionalmente conhecida. Este sucesso seria confirmado com «L'Öuvre au Noir» (A Obra ao Negro, 1968), uma biografia imaginária de um herói do século XVI atraído pelo hermetismo e a ciência. Publicou ainda poemas, ensaios (Sous bénéfice d'inventaire, 1978) e memórias (Archives du Nord, 1977), manifestando uma atracção pela Grécia e pelo misticismo oriental patente em trabalhos como Mishima ou la vision du vide (1981) e Comme l'eau qui coule (1982). Foi a primeira mulher de Letras a ser eleita para a Academia Francesa.

Formato: 160 x 220 | Páginas: 320 | PVP: 14.95€


O Poder Político no Renascimento Português
de Martim de Albuquerque

Sinopse: «O estudo que se segue procura ser a resposta a esta pergunta [nova visão histórica sobre a transição da 'Idade Média' para o Renascimento] no concernente ao sector político. Entendeu-se que o único caminho viável […] seria, em princípio, descobrir a solução atribuída pelas ideias com peso social ao que hoje chamamos questões fundamentais na teoria geral do Estado: origem, forma, transmissão, natureza e fim do poder, investidura neste, suas relações com a ética, e a ordem jurídica - inclusive o direito de resistência e a problemática da soberania.» - in Introdução, Martim de Albuquerque.



Biografia: Martim de Albuquerque é Professor Catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa, desde 1977 e Professor Jubilado desde 2006. Tem uma vastíssima obra tanto na área de História do Direito e do Pensamento Jurídico como na área estrita de Direito, constituída por cerca de 180 publicações, entre a qual se destacam: «Para Uma Distinção do Erro sobre o Facto e do Erro sobre a Ilicitude em Direito Penal», 1968; «Colecção de Tratados e Actos Públicos Internacionais Relativos a Portugal»; «Execução de Decisões Judiciais no Direito Português», 1986.Colaborou com a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e participou em vários colóquios e congressos nacionais e internacionais, quer de História, quer de Direito. Foi Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Formato: 165 x 235 | Páginas: 440 | PVP: 39.90€


Novidades da Ática para Outubro de e sobre Fernando Pessoa


Pessoa Existe?
de Jerónimo Pizarro

Sinopse: “Pessoa Existe? Existem múltiplos "Pessoas". Múltiplos personae. O Pessoa íntimo, o Pessoa político, o Pessoa esotérico, o Pessoa poeta inglês; o Pessoa menino da sua mãe, o Pessoa empregado de escritório, o Pessoa por conhecer, o Pessoa empresário, etc. E, antes mesmo desta multiplicação póstuma, existe o Pessoa que escrevia como Caeiro, como Campos e como Reis. A cisão da obra em ortónima e heterónima. A proliferação do autor: autor dos autores. // A maior parte dos editores e críticos apresentam apenas um Pessoa. Criam essa coordenada chamada "Pessoa", coordenada que o poeta teria articulado de uma outra maneira ou, simplesmente, não teria articulado. // O que está em jogo? Os diferentes modos de conceber e construir o autor.” in «Pessoa Existe».


Biografia: Jerónimo Pizarro é Professor da Universidad de los Andes, Titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e Doutor pelas Universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Linguística Portuguesa. No âmbito da Edição Crítica das Obras de Fernando Pessoa, publicadas pela INCM, já contribuiu com oito volumes, sendo o último a primeira edição crítica de Livro do Desasocego. Actualmente, Pizarro é o Coordenador de duas novas séries da Ática (1. Fernando Pessoa | Obras; 2. Fernando Pessoa | Ensaística).

Formato: 140 x 200 | Páginas: 360 | PVP: 18.50€ 


Ibéria
introdução a um imperialismo futuro
de Fernando Pessoa

Sinopse: Pessoa não foi alheio a praticamente nenhuma das grandes questões do seu tempo. Uma delas foi a "Questão ibérica", isto é, o futuro político dos dois países e das muitas regiões que constituem a península ibérica, quer através de uma união luso-espanhola, quer através de uma confederação de nações. Esta foi uma questão que ganhou novamente vigência na segunda metade da década de 1910 e na qual Pessoa quis intervir. Uma questão, aliás, afim ao projecto pessoano da «refundação mítica da existência», porque Pessoa queria que se formasse uma Ibéria una e múltipla em que Portugal, depois do aparecimento do Super-Camões (o próprio Pessoa), não perdesse protagonismo cultural. A questão ibérica é também uma questão identitária, e esta é uma questão que, quer no plano individual, quer no plano colectivo, está no centro da estética e da filosofia pessoanas. Mais do que político, o iberismo de Fernando Pessoa foi do tipo cultural e esteve intimamente ligado às ligado às suas preocupações com questões de identidade.

Biografia: Fernando Pessoa - Lisboa, 13 de Junho de 1888 | Lisboa, 30 de Novembro de 1935. É considerado, a par de Camões, o maior poeta da língua portuguesa. Viveu na época do Modernismo e a sua principal característica é a heteronímia. Deixou-nos uma vasta obra que ainda não está totalmente explorada, dado que a única obra que publicou em vida foi a «Mensagem».

Formato: 140 x 200 | Páginas: 272 | PVP: 19.90€ 


Assírio & Alvim publica «Estação Central», de José Tolentino Mendonça


Reconhecido unanimemente como um dos grandes poetas portugueses da atualidade, José Tolentino Mendonça regressa com Estação Central.


Ano de edição:  
2012
Editor: 
Assírio & Alvim
Dimensões:  
145 x 205 x 7 mm
Páginas:  
64
Classificação:  
Poesia


Sinopse
Reconhecido unanimente como um dos grandes poetas portugueses da atualidade, José Tolentino Mendonça regressa aos seus leitores com Estação Central, onde um dos poemas que o integram tem a seguinte epígrafe de Dietrich Bonhoeffer: «Deus é impotente e fraco no mundo, e somente assim está connosco e nos ajuda».
Compreende-se por isso que «[¿] Deus sendo puro deixa-se consumir / com a paixão insultuosa / dos devassos». Esta ambivalência entre a solidão da humanidade e o maravilhoso mistério que a acompanha perpassa as páginas deste livro.

Poeta, sacerdote e professor, José Tolentino Mendonça nasceu em 1965, na Ilha da Madeira. Doutorado em Teologia Bíblica, em Roma, volta para Lisboa e nesta cidade, torna-se capelão e docente da cadeira de Teologia Bíblica na Universidade Católica.
Ocupando já um lugar de destaque na poesia portuguesa contemporânea, o autor, para quem "A poesia é a arte de resistir ao seu tempo", integrou uma delegação que representou Portugal, então país homenageado, em 1999, na 9.ª Bienal Internacional do livro do Rio de Janeiro, ao lado de uma plêiade conceituada de escritores e poetas portugueses. Este prestígio foi legitimado através da escolha do seu nome para fazer parte de uma antologia de poetas portugueses, da responsabilidade da Lacerda Editores.
Editou o seu primeiro livro de poesia Os Dias Contados em 1990 e, desde então, tem diversificado a sua obra como poeta, ensaísta e tradutor. Assim, em 1997 traduziu Cântico dos Cânticos, em 1994 editou o ensaio As Estratégias do Desejo: Um Discurso Bíblico Sobre a Sexualidade, em 1997 Longe Não Sabia, em 1998 A que Distância Deixaste o Coração e, finalmente, o livro de poesia De Igual Para Igual

As Vozes da Diferença (Novidade Ed. Bizâncio)


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Passatempo: LIVROLÂNDIA - RUI CARRETO

Passatempo em colaboração com a Coisas de Ler Editora, com a oferta de 3 exemplares do livro Livrolândia, do autor Rui Carreto, que marcará presença no dia 29 de Setembro, às 17h, na Feira do Livro de Amadora, para uma sessão de autógrafos.

Sinopse: 
Passado em três ambientes diferentes: uma biblioteca, uma feira de livros e um alfarrabista, esta história transporta o leitor para um mundo orgânico de livros vivos fazendo o leitor praticamente  “sentir” e “cheirar” este universo,  repleto de cidades fantásticas em papel, pergaminho e papiro, cheias de  mistérios e tramas, onde  viem e interagem  personagens como:  “O Conde de Monte Cristo” , “Odisseia”, “O Principezinho”,  “O Senhor dos Anéis”, “Os três mosqueteiros”,  “A Divina Comédia”  entre muitas outras. Com ideias muito fortes e uma linha narrativa ímpar sempre em crescendo “Livolândia- a Terra dos Livros”  mais do que uma leitura é uma forte experiência literária sem precedentes ...

A Ficha Técnica do livro pode ser consultada aqui, no site da editora.


 
Para participares tens de: 
 
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui], caso ainda não sigas a página;
- Partilhar este link (deste Passatempo) no teu Mural do Facebook,
Advertência: Só as participações com as partilhas no Facebook públicas e com o texto acima mencionado serão contabilizadas.
- Responder acertadamente ao formulário e respeitar as regras dos passatempos.


O passatempo decorrerá até ao dia 3 de Outubro

Regras do Passatempo: 
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas); 
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email; 
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail; 
4) O administrador deste blogue e/ou a editora não se responsabiliza por eventuais extravios dos livros, aquando da expedição dos mesmos ao vencedor.

A Engenharia Humana é a Solução, de António Guimarães

Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 189

A priori o termo Engenharia Humana não faz parte do conhecimento geral do leitor comum. Todavia o conceito existe desde 1983 e foi criado pelo Executive Coach e Life Coach António Guimarães, que desde esse ano dirige o ASGEH - Engenharia Humana.
O que este termo significa? Quais os seus princípios básicos? Ora bem, nas primeiras páginas deste livro encontramos as respostas a estas perguntas.
A Engenharia Humana, resumidamente, é o conjunto de técnicas e metodologias de êxito, que o ser humano pode desenvolver para atingir o amplo potencial que possui. Como resultado desses treinos mentais constantes, a curto ou a médio prazo, os seus níveis de auto-estima, por exemplo, irão aumentar subitamente e, por conseguinte, a sua dimensão pessoal, familiar e espiritual.
«O ser humano dirige-se para e transforma-se naquilo que pensa» (p. 20), este é um dos princípios fundamentais da Engenharia Humana. Quer dizer que se persistirmos em ter pensamentos negativos, estes ocuparão – sem pedir licença – todos os recantos do nosso cérebro, pois são os pensamentos que determinam as nossas acções, não hajam dúvidas. Cada ser humano é o único mestre que comanda a sua vida, portanto, só ele tem o poder de criar uma barreira aos pensamentos que o poderão deixar infeliz e doente. Louise L. Hay, a pioneira mundial do Crescimento Pessoal, tem precisamente essa concepção em relação às doenças, afirmando que cada ser humano é o único responsável pelas doenças que possui, sendo muitos desses mal-estares causados por crenças limitadoras enraizadas na infância.
O autor dá-nos também a conhecer vários métodos (PE21; SDE; FEP; PCV, etc.) planeados para melhorar a nossa viagem existencial, além de nos alertar para o poder das afirmações positivas (os mantras), dando-nos alguns exemplos. António Guimarães transmite todos os seus ensinamentos, fruto de quase 30 anos como comunicador e mestre inspirador para centenas de pessoas (empresários, professores, chefes de departamentos, formadores, casais, associações, etc.)
Toda a mudança começa no interior de cada indivíduo e manifesta-se no exterior, e todo o ser humano pode ser feliz se souber usar as ferramentas ideais para atingir esse objectivo, obtendo, por conseguinte, melhores resultados na sua vida, frisa António Guimarães.
Em suma, A Engenharia Humana é a Solução  tem como objetivo alertar o leitor para aprender a apreciar este belo presente que é a vida.
Finalizo, partilhando um dos desafios que este livro lança a quem o ler: conhece-te, aceita-te e supera-te.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Um Blues Mestiço, de Esi Edugyan

Editora: Porto Editora
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 336

Com uma classificação de 3,66 de 5 no Goodreads (a rede social que conta com mais de 10 milhões de membros em todo o mundo), média obtida através da nota que 3472 leitores atribuíram a Um Blues Mestiço, romance da escritora canadiana Esy Edugyan, este livro tem feio correr muita tinta nos meios que se dedicam ao sector editorial e livreiro. E a razão mais óbvia para tamanho destaque atribui-se por este ser um romance finalista do Man Booker Prize 2011.
A história é-nos relatada por um americano, Sid, contrabaixista de uma banda de jazz constituída por mais quatro membros: Chip, o baterista, Hiero, o trompetista, Paul, o pianista, e Fritz, o saxofonista. Numa primeira parte da narrativa, somos apresentados a uma Paris de 1940, na era em que muitos americanos negros, artistas de jazz, se mudam para a cidade. Paris está pintada em tons cinza e decadente, ou não estivéssemos nos primórdios da Segunda Guerra Mundial, e é neste ambiente esfumaçado que o jovem e excepcional trompetista alemão é preso pelos nazis, por ser apátrida. Em inacção, Sid presencia, sem nada puder fazer, o seu companheiro e amigo ser levado pelos nazis (os «Botas»). E perante esta ocorrência um sentimento profundo invade Sid.
Antes deste acontecimento, Hiero tem a oportunidade de tocar com Louis Armstrong, que intersecta esta história.
A outra metade da história ocorre em 1992, mais de cinquenta anos volvidos. Sid e Chip, os únicos amigos ainda em contacto, são convidados a voltar a Berlim para assistir à estreia de um documentário sobre Hiero, que tornou-se um ícone do mundo do jazz, pois deixou várias músicas gravadas, uma delas, a sua mais famosa: Um Blues Mestiço, com 3 mins., 33 segs. de duração. Será neste momento da narração que as reminiscências da amizade vêm ao rubro. As amizades são construídas de muitos sentimentos, díspares por vezes, mas será que a mágoa, o ciúme, a rivalidade e a traição serão sentimentos de quem é amigo genuíno? São estas dúvidas que a autora entrega ao leitor para que este capte as emoções e sentimentos reveladores da natureza humana de cada personagem que delineou neste romance.
Um Blues Mestiço é um exercício que incluí estar atento a todas as palavras e frases das personagens; a atribuir um sentido aos silêncios dessas frases e sentir o blues que teve fusão de várias raças, géneros, dialectos e, acima de tudo, que foi fruto de uma amizade pertencente a um grupo de homens, que por uns meses partilharam as suas vidas.
Em suma, a história tem focos interessantes, como a menção rigorosa da época do jazz em Paris (denotando-se um trabalho de pesquisa elaborado), mas perde-se devido à forma dispersa, subjectiva e a conta-gotas com que foi dada a conhecer. Os dois primeiros terços das páginas são pouco desenvolvidos, e nem com a leitura da última parte, podemos justificar ou encontrar um sentido para um início de romance pouco desenvolto.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Fotógrafo da Madeira - António Breda Carvalho (Novidade Oficina do Livro)

Edição: 2012
Páginas: 300
Editor: Oficina do Livro

Sinopse
Madeira, 1ª metade do séc. XIX, o patriarca de uma família produtora de vinho da Madeira vê-se obrigado, face ao contexto político, a enviar o seu herdeiro para Paris. Passados cerca de vinte anos, Afonso Ayres Drumond regressa à ilha na qualidade de cônsul francês e com o intuito de gerir o negócio dos pais falecidos. Depara-se, então, com uma realidade muito diferente da de uma França marcadamente liberal, cosmopolita e industrializada. Afonso encetará uma série de diligências de desenvolvimento da região no sentido de estreitar as relações entre a Madeira e a França, estimular o crescimento económico e melhorar as condições sociais da população. Esta missão custará um rol infinito de inimigos. A par do enredo surge a história de amor entre Afonso e Laura, a filha do feitor que, apesar de pertencer a uma classe inferior à de Afonso, recebeu uma educação muito liberal. 

António Breda Carvalho é licenciado em Estudos Portugueses, pela Universidade de Coimbra, mestre pela Universidade de Aveiro. Professor, estreou-se na literatura com o livro de contos In Vino Veritas (1989). Distinguido com vários prémios, nomeadamente Prémio João Gaspar Simões/2010 para o romance O Fotógrafo da Madeira.
 

sábado, 22 de setembro de 2012

Convite: 28 de Setembro, às 19h, na FNAC Colombo
















Pease, Allan e Barbara

Allan Pease é psicólogo e presidente da Pease Training International, uma empresa de formação em vendas e comunicação, com sede em Sidney, Austrália. Dedica-se a dar conferências por todo o mundo e os seus livros, filmes e programas de formação são utilizados por organizações de todo o planeta para treinar o seu pessoal. É co-autor com a sua mulher, Barbara Pease, do bestseller internacional Porque é que os Homens Nunca Ouvem Nada e as Mulheres não Sabem Ler os Mapas de Estrada, já publicados pela Bizâncio e de Porque é que os Homens Mentem e as Mulheres Choram.
Barbara Pease é directora da Pease International Research, que fundou com o marido e que tem o nome dos dois.

 Obras:
 A Linguagem Corporal do Amor
 A Linguagem Corporal no Trabalho
 É Fácil! Como Lidar com os Outros e Ganhar com Isso - 2.ª Edição
 Iguais, mas tão Diferentes
 Linguagem Corporal – Porque é que os Homens Coçam as Orelhas e As Mulheres Mexem na Aliança
 Por Que É Que as Mulheres Não Sabem Ler os Mapas de Estradas…
 Por Que É Que os Homens Nunca Ouvem Nada e as Mulheres Não Sabem Ler os Mapas de Estradas
 Por Que É Que os Homens Nunca Ouvem Nada…
 Porque É Que as Mulheres Choram - E Têm Tendência para Exagerar Tudo
 Porque É Que os Homens Mentem - E Têm de Ter Sempre Razão em Tudo
 Porque É Que os Homens Mentem e as Mulheres Choram
 Porque É que os Homens Querem Sexo e as Mulheres Precisam de Amor
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Passatempo: A Fenomenologia Enquanto Lugar Total da Vida, de Gilda Nunes Barata

O blogue teve o apoio da Edições Sílabo para a realização deste passatempo. Temos para oferecer 1 exemplar do livro A Fenomenologia Enquanto Lugar Total da Vida, de Gilda Nunes Barata

(Detalhes sobre o livro)

«Esta obra, com páginas admiráveis, move-se num entrelaçado de filosofia, de literatura e poesia contemporânea. (…) Numa palavra, poderia dizer que este trabalho me aparece como fenome­nolo­gicamente estimulante, intelectualmente sedutor, redaccionalmente desconcertante.»
Isabel Carmelo Rosa Renaud
Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Para conhecer a biografia e livros da autora, acede ao sítio da web www.gildanunesbarata.com


Para te habilitares a ganhar este livro tens de: 
 
- Ser seguidor do blogue (através da tua conta Gmail);
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui], caso ainda não sigas a página.
- Responder acertadamente ao Formulário seguinte: 



O passatempo decorrerá até ao dia 27 de Setembro

Regras do Passatempo: 
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas); 
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email; 
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail; 
4) O administrador deste blogue e/ou a editora não se responsabiliza por eventuais extravios dos livros, aquando da expedição dos mesmos ao vencedor.