A Paulinas lança a 24 deste mês um novo livro do padre e filósofo checo Tomáš Halik.
Sinopse
Na primavera de 2020, parecia-nos que, as igrejas fechadas, se deveriam tornar uma recordação para contar às gerações futuras. Durante aqueles dias, Tomáš Halík, capelão da igreja da Universidade em Praga, pregava pontualmente a partir da sua capela vazia, refletindo sobre a Palavra do Tempo Pascal, e entregava essas reflexões aos meios de comunicação, atingindo assim um povo de fiéis desconhecidos.
São essas mesmas homilias e reflexões que o Pe. Halík partilha, agora, connosco neste livro, O Tempo das Igrejas Vazias, e que se ajustam perfeitamente ao tempo que, novamente, estamos a viver.
Não podíamos imaginar que, um ano depois, devido ao reavivar do Covid-19, aquela situação se tornasse dramaticamente atual, e que voltássemos a experimentar o confinamento e a ter liturgias sem participação de fiéis.
Tomáš Halik apercebe-se da desorientação global gerada pela pandemia, e sente também a ansiedade do povo crente: «Será que esta pandemia é um castigo de Deus?» Definitivamente que não, afirma o Autor, e oferece uma reflexão baseada em crença e razão. Pelo contrário, as igrejas vazias, em tempo de confinamento, podem assumir um valor simbólico para o futuro próximo da Igreja, e isso acontecerá se nós, cristãos, tomarmos a sério a nossa vida de crentes. Tomáš Halík desafia-nos a encontrarmos Cristo, para lá do ritual. A reconhecê-lo nas suas feridas – nas da humanidade crente e não crente –, na sua voz de Ressuscitado, e quando nos fala intimamente, pelo Espírito que traz paz e afasta o medo. Também no cristianismo algo tem de morrer para poder ressurgir de uma forma nova e transformada. E esta nova figura já está a emergir, e todos nós podemos ser testemunhas e participantes ativos neste nascimento.