quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Amizades Improváveis, de Graham Joyce

Editora: Bizâncio
Ano de Publicação: 2007
Nº de Páginas: 204
O ponto de partida para toda a narração deste livro é o acidente de automóvel que deixa marcas físicas e psicológicas no jovem Matt, o narrador do romance. Jake, o irmão mais velho de Matt faleceu dois anos antes do acidente, mas continua bem vivo na memória e imaginário do irmão. Ele é uma figura omnipresente, mas apenas para Matt, que consegue vê-lo para lá da janela do seu quarto…
Os dois irmãos tinham um vínculo muito estável e Jake era um mestre e figura de idolatria para Matt, que ensinou alguns truques para «abrir portas» de carros, tendo Matt aprendido muito rápido a ser um delinquente. 
Com apenas dezasseis anos e após várias apreensões, e principalmente após o acidente, Matt torna-se muito ansioso e quando tem as alucinações – em que vê o seu irmão (falecido) – apodera-se-lhe o pânico, os ataques de pânico. E assim começa a ter consultas regulares com a psiquiatra («com pêlos nas pernas») Sarah. 
Após várias sessões “prescreve-lhe” umas férias com outros jovens da sua faixa etária, também eles com problemas, numa estância rural isolada, propriedade da Protecção de Menores.
É assim que Matt conhece Amy e Gilb, os seus dois companheiros. Desde logo, Matt sente apatia para com eles e deduz que serão umas férias sem pica de divertimento, ainda por cima com dois amigos improváveis (é aqui que o título do livro faz sentido); e depois não gosta de lá estar porque há regras a cumprir. 
Nas sessões de «bla-bla», como Matt chama, este fica a saber que Amy é piromaníaca incendiária e que Gilb é um jovem graffiter associal. Sob o jugo de Peter, o tutor a quem devem obedecer, os três jovens delinquentes, terão que confrontar os seus passados ​​e suas fraquezas, e têm que fazer escolhas difíceis que afectarão o resto das suas vidas.
Livro dramático e emocionante. Esta história nunca fica em «ponto morto», tendo como «piloto» Graham Joyce, um escritor bestseller que alia muito bem o romance com o paranormal/fantasia. 
Este Amizades Improváveis foi o segundo romance lido do autor, depois de Os Factos daVida.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Passatempo: «Ensaio sobre o Ciúme», de Tolstoi

O blogue em parceria com a Editora Coisas de Ler tem para sortear 2 exemplares do livro    «Ensaio sobre o Ciúme» de Leon Tolstoi.
 
O passatempo decorrerá até às 23h59 de 4 de Março.  
Informações aqui
Para participar, só tens de ser seguidor do blogue e responder acertadamente ao formulário seguinte, e esperar seres um dos 2 felizes contemplados.




Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui no blogue, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail.

A Arte da Guerra - Maquiavel (Divulgação)

Lisboa, o que o turista deve ver - Livros Horizonte (Divulgação)

Em edição bilingue Inglês-Português
2008, 6.ª edição

Número de Páginas: 180


A publicação deste inédito de Fernando Pessoa revela um texto que, ao contrário da maior parte dos seus inéditos, estava completo, dactilografado e pronto para ser publicado.
Trata-se de um guia de Lisboa, o Universo fundamental de Pessoa a que chama o seu “lar”, escrito em inglês, propositadamente turístico, despojado de retórica, onde se percorre todo o património importante da cidade, seja ele arquitectónico, artístico, intelectual ou de puro lazer.
É um prazer renovado visitar Lisboa pela mão do grande poeta e verificar que, apesar dos anos que passaram e de todas as alterações urbanas, ainda podemos desfrutar esse prazer de passear pelas ruas melancólicas da cidade branca e reconhecer os locais de que ele fala.
Este guia, provavelmente datado de 1925, inseria-se num amplo projecto de publicações a editar por Pessoa para dignificar Portugal, que ele considerava “descategorizado” face à civilização europeia e, no caso presente, dignificar a sua capital.
Em edição bilingue e com Prefácio de Teresa Rita Lopes é com satisfação que Livros Horizonte dá à estampa este original de Fernando Pessoa.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

And the OSCAR should go to

As minhas escolhas nas 4 categorias seguintes, com base nos 10 Filmes que assisti e que podem aceder à minha crítica, nas hiperligações respectivas.
Melhor Filme

- Extremamente Alto, Incrivelmente Perto (Extremely Loud & Incredibly Close)
Melhor Realizador


Michael Hazanavicius por "The Artist" -

Alexander Payne por "The Descendents" -

Martin Scorsese por "Hugo"  -

Terrence Malick por The "Tree of Life" -

Woody Allen por "Midnight in Paris" -




Melhor Actor Principal


- Demian Bichir em "A Better Life"

- George Clooney em "The Descendants"

- Jean Dujardin em "The Artist"

- Gary Oldman em "Tinker Tailor Soldier Spy"

- Brad Pitt em "Moneyball"




Melhor Actriz Principal



Viola Davis em"The Help" -

Rooney Mara em "The Girl With the Dragon Tattoo" -


Michelle Williams em "My Week With Marilyn" -



Notas:
  • Dos filmes nomeados apenas não vi Extremamente Alto, Incrivelmente Perto;
  • Em relação aos actores nomeados também não vi os filmes A Better Life e Tinker Tailor Soldier Spy (A Toupeira), portanto os actores Demian Bichir e Gary Oldman foram postos de parte. Por isso a minha escolha apenas baseia-se perante as actuações de Clooney, Jean Dujardin e Brad Pitt;
  • O mesmo aconteceu com as actrizes Rooney Mara e Michelle Williams. Apenas vi os outros 3 filmes pelas quais as outras 3 actrizes estão nomeadas.


Agora é só esperar pelos resultados amanhã pela madrugada dentro!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Cavalo de Guerra & Moneyball - As Decepções

Mais uma adaptação ao cinema de um romance. Este ano dos 9 filmes nomeados, 6 são adaptações de livros. Este Cavalo de Guerra é baseado no romance juvenil da autoria de Michael Morpugo, em um filme realizado por Steven Spielberg.
A acção se desenrola durante a Primeira Guerra Mundial e tem como protagonista o cavalo Joey.
O seu nascimento, a relação de empatia que estabelece numa quinta agreste, com um adolescente é o ponto de partida para o desenrolar da acção que termina no fim da dita guerra.
Este filme não acrescenta nada ao que já foi feito em filmes, em que o cavalo é a atracção principal. O último filme que assisti desde tipo foi Secretariat, (a história real de um cavalo, que foi o maior vencedor das corridas americanas nos anos 70) que foi baseado em factos reais. Recomendo-o.
Mas este Cavalo de Guerra é um filme com uma história banal, ingénua, imersa em pontos mortos. Apenas admirável tecnicamente e a nível de banda sonora.
Para ser justo, o filme é realmente destinado a um público muito específico de que eu não faço parte. Um filme que desiludiu-me bastante.
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Mais uma adaptação. Desta vez do livro The Art of Winning an Unfair Game de Michael Lewis. 
Beisebol, substituições, dinheiro, jogadores, raiva, matemática, física, arrogância, ruídos de adeptos, treinadores… é uma baralhada completa.  
O desempenho de Brad Pitt é superficial, o que não ajuda em nada para tornar este filme mediocremente acessível.  
Este filme é um fracasso. Ter sido nomeado na categoria de melhor filme e melhor actor é uma barbaridade total.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Filme: Albert Nobbs 2011

Trailer
Baseado no conto The Singular Life of Albert Nobbs, de George Moore (romancista e poeta irlandês [1852-1933]) e posteriormente – em 1982 – adaptado para o teatro, tendo como actriz a própria Glenn Close, em 2011 este filme «trespassou-se» para os ecrãs.
O filme narra a história de uma mulher que vive disfarçada de homem, com o propósito de assim ser passado despercebido a sua sexualidade, da sociedade Irlandesa nos inícios do séc. XX. 
Albert Nobbs (Glenn Close) é o mordomo de um hotel e cada tarefa em curso, no seu meio de trabalho é premeditado ao ínfimo pormenor afim de não ser «surpreendido». Porém um dia alguém o surpreende…
Sr. Nobbs é muito mais que um homem em um corpo de mulher, pois ele/ela nutre um grande sonho, e para tal, poupa cada cêntimo de ganha.
Glenn Close «encarnou» um personagem muito particular, de misteriosa índole emocional, e aparece completamente transformada, muito expressiva e com os maneirismos masculinos assentes.
Não querendo fazer comparações, mas já as fazendo, Glenn Close está ao nível de uma Meryl Streep. Se calhar já é altura de a actriz de Os 101 Dálmatas receber um Oscar, pois já foi nomeada duas vezes (Atração Fatal (1987) e Ligações Perigosas (1988)) e não ganhou.
Glenn Closee até mesmo co-escreveu uma linda canção que faz parte da banda sonora do filme, cantada por Sinead O'Connor:


Quanto ao filme em si, não convenceu-me e ainda por mais com um desfecho em nada satisfatório. Albert Nobbs é um filme estranho por causa do seu enredo incomum.
Sensibilidade será necessária para apreciar este filme, que não é realmente para a audiência geral. 
Até as próprias distribuidoras de cinema baniram em grande percentagem o número de salas a apresentar este filme. Basta fazer a seguinte comparação entre este Albert Nobbs e Cavalo de Guerra, ambos estreados no dia de hoje na LusoMundo, em que só em 6 salas de cinema está em exibição o primeiro; o segundo está em 24 salas do país! Pergunto-me: marketing ou tabú?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Filme: A Dama de Ferro (The Iron Lady) 2011

Trailer
Baseado no livro homónimo escrito por John Campbell (que ainda não está publicado em Portugal), A Dama de Ferro é uma bela – e simultaneamente pesarosa – biografia de uma das personalidades que marcou impacto no final do século XX. Margaret Tatcher, que exerceu o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.
É um filme biográfico de uma mulher que actualmente tem 86 anos - o que pelos cânones tradicionais não é comum suceder com este tipo de produções, usualmente realizadas após o falecimento da figura a biografar.
Antes de assistir ao filme tinha um conhecimento muito reduzido (quase nulo) acerca de Margaret Tatcher. Apenas pessoas com mais de quarenta anos, tenderão a se lembrar dos 11 anos em que a política esteve no cargo. Isto não é desculpa, porque hoje em dia, com a catadupa de informações, tanto em papel como virtualmente, acerca de toda e mais alguma personalidades, só não está a par dos grandes acontecimentos passados, quem não quer.
O filme mostra uma mulher emancipada e convicta nos seus ideais, e pioneira a «marcar presença» no território político vincadamente masculino.
O focus temporal e recorrente no filme é Tatcher (Meryl Streep) no seu estado avançado de doença de Alzheimer, contrabalançando com lembranças em flashback da sua vida desde menina até à sua ascenção ao poder.
É inequívoco em A Dama de Ferro o contraste de dois extremos da sua existência humana – o ex-libris da glória, e a fragilidade física e mental. Numa «temporada» o ser [humano] é poderoso, noutra é fragmentado pela doença. Um paradoxo que incita-nos a reflectir.
Mas mesmo débil a ex-primeiro-ministro britânica não tem o sentimento de auto-comiseração, ao invés: ela continua vaidosa com a sua aparência e [como numa cena do filme] não se sente incapacitada de ir ao supermercado comprar um pacote de leite (cena de abertura e das que mais apreciei).
Quanto a Meryl Streep, esta «camufla-se» bem na personagem e é soberbamente habilidoso o seu desempenho, digno de um Oscar. Realço o trabalho de maquilhagem no que toca ao envelhecimento de pele, que foi bem executado.
Todavia ao filme no seu todo dou-lhe nota 6/10. Se votasse apenas no desempenho da Meryl, seria um 10/10, indubitavelmente.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret - O Livro e o Filme

O LIVRO
Editora: Gailivro/ASA
Ano de Publicação: 2008
Nº de Páginas: 544
A Invenção de Hugo Cabret  tem sido apelidado de livro «inovador», desde a sua publicação. Após a sua leitura, temos a noção indubitável de que esse título é ínfero, para descrever tamanha grandeza e talento, que num livro com 544 páginas, pode estar contido. A história passa-se em 1931, em Paris, tendo como protagonista Hugo, um rapazinho descendente de uma família de relojoeiros, órfão, ladrão de croissants e de brinquedos. É também o responsável (incógnito) pela manutenção dos relógios da estação ferroviária da cidade.  
Hugo passa os seus dias apenas com uma esperança, a de conseguir consertar o autómato (robbot) que o seu pai deixou-lhe antes de morrer. A sua fascinação pelo aparelho mecânico em forma de pessoa , que pode escrever mensagens, e sua destreza para as invenções são as suas únicas forças-motrizes que o mantém alegre, pois o mundo para ele, é um lugar muito perigoso. Hugo conhece Isabelle, uma excêntrica rapariga amante de livros, que o ajuda a desvendar mistérios, alguns através de livros («tudo o que queiras saber, encontrarás nos livros», um dia alguém disse.) da livraria e da biblioteca locais. Esta sua obsessão em ver o autómato em funcionamento, o leva a encontrar Georges Méliès, o mago e pioneiro do cinema fantástico ou de ficção. E é aqui que a própria ficção passa o testemunho para a realidade, pois Georges Méliès existiu mesmo.
A história é emocionante e comovente transmitindo e apelando a que tenhamos sempre esperança, e arrisquemos a confiar nos sonhos, pois a magia só acontece, porque esta inspira-se na realidade à nossa volta.
Falando no objecto livro em si, só podemos nos debruçar nos aspectos positivos – até porque os negativos são inexistentes. A maior revelação deste livro é a sua imagem/ ilustração. A concepção e forma pioneira de conjugar e contar uma história, recorrendo a palavras e a imagens, alternadamente, é sublime. As transições de imagens para texto e vice-versa são perfeitas. 
Os desenhos realmente ajudam a contar a história, não apenas na medida em que ilustram o que está acontecendo (como nos livros infantis e bandas desenhadas), como também servem para progredir a narrativa sem usar palavras/ frases. As 294 páginas de desenhos feitos a lápis de grafite – pelo próprio autor – são surpreendentemente agradáveis aos nossos olhos. Mas não é somente isso. A perfeição técnica do grafite, é evidente. Para os leigos em matéria de desenho, pode parecer que os desenhos que vêm no livro são fáceis e rápidos de se fazer, mas não, não é. As ilustrações de Brian Selznick levaram horas e horas, dias e dias de trabalho para que o resultado fosse o que é. Uma ideia muito interessante e engenhosa para um livro, e A Invenção de Hugo Cabret é uma experiência maravilhosa por esse mérito. 
Uma nota positiva para a edição da Gailivro e também agora da ASA, pois a forma como o livro está concebido, é muito criativa e cativante: as páginas com bordas a preto; as páginas com texto que são céleres de se ler; a capa dura e sobre-capas; a gramagem das páginas serem mais espessas; todos estes itens sugerem algo incomum e inovador. De resto, a escrita é de fácil assentimento, concisa, próprio para os jovens leitores. É um bom livro para oferecer e cativar os mais jovens para a leitura e para o mundo do cinema, além de estimular a imaginação. 
Bibliófilos, cinéfilos, ilustradores… leiam-no - o quanto antes!
Todos os livros são únicos, alguns menos que outros, mas na essência o que os torna especiais, é o efeito que eles provocam, num dado momento.
 
O FILME
Trailer
Depois de ter lido o livro, só poderia querer ver o filme. Como o enredo é praticamente igual ao descrito no livro, deixo a história de parte e começo a falar do elenco mais jovem. A interpretar Hugo, temos o jovem actor Asa Butterfield, que oferece um desempenho magnífico. Quem viu o filme O Rapaz do Pijama às Riscas irá reconhecê-lo, e não tenho dúvida que será um actor promissor. A encantadora e bibliófila Isabelle é interpretada por Chloë Grace Moretz, que também tem um desempenho respeitável.
Sacha Baron Cohen (o tão conhecido comediante de Borat ou Ali G) interpreta o inspector da estação de comboios. As cenas onde ele intervém, nem são cómicas, nem dão vinco à acção no filme, parecendo um trapalhão. A personagem da florista que está apaixonada por este último, também não faz nada no filme. Estes dois são um par que devia ter sido melhor trabalhado ou escolhido. Jude Law poderia muito bem ter trocado de papel com Sacha Baron Cohen. Enfim…
O actor que mais realce e chamamento dá ao filme é Ben Kingsley. Ele é simplesmente fantástico ao interpretar Georges Méliès, o (factual) realizador e actor da era do cinema inicial - que realizou o famoso filme Le Voyage dans la Lune (Viagem à Lua, 1902), cuja imagem da lua com um foguetão é um “ex-libris" na história do cinema - a quem o filme, de certa maneira presta tributo, a ele e ao cinema em geral. A sua vida é contada e recordada (com imagens reais e projecção dos seus filmes e encenações) em algumas cenas do filme e leva-nos a querer conhecer mais sobre os primórdios do cinema.
Só falta realçar uma pessoa. Martin Scorsese, claro, por ter tido «olho» e «talento» para realizar um dos melhores filmes de 2011.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Visita Inesperada, de Agatha Christie

Editora: ASA
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 160
Um estranho (a visita inesperada do título) fica preso com o seu carro numa valeta, numa noite de grande névoa, no sul do País de Gales. Com o intuito de pedir socorro, acaba entrando na casa mais próxima do ocorrido e descobre um homem sentado numa cadeira de rodas, morto.
Este é o prelúdio deste romance policial, adaptado de uma peça de teatro, escrito pela Dama do Crime em 1958. De realçar que A Visita Inesperada é considerada uma das melhores peças de teatro da autora.
Após tal «descoberta» todos os personagens são apresentados e cada qual com um potencial motivo, para se desfazer do autoritário e detestável vitimado. Com a ajuda de dois investigadores policiais, o passado do falecido emerge e com ele as inúmeras suspeitas, tendo como directrizes, todos os intervenientes do enredo. Todos.
Quem realmente assassinou Richard Warwick? Será que a sua morte foi o culminar de uma vingança justa?  Será que o assassino escapará incólume?
O leitor acaba suspeitando de todos um pouco, pois são tantas as intrincantes voltas e misteriosas reviravoltas na acção, que a autora astutamente apresenta.
Se se aventurar a ler este policial terá uma garantia: a de que chegará à última página e se perguntará: mas como não pensei nisso? Em seguida, constatará a verdade profunda de que…as aparências iludem.
Christie no seu expoente máximo de eloquência e persuasão, em «desviar» o leitor da verdade.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Passatempo: «Na Síria», de Agatha Christie

O blogue em colaboração com a Editora Tinta da China tem para sortear 1 exemplar do livro    «Na Síria», de Agatha Christie.

O passatempo decorrerá até às 23h59 de 25 de Fevereiro. 


Mais informações aqui.
«Esta crónica inconsequente foi iniciada antes da guerra. Depois foi posta de lado. Mas agora, após quatro anos de guerra, dei por mim a pensar cada vez mais naqueles dias passados na Síria, e por fim senti-me impelida a tirar os meus apontamentos e os meus toscos diários para fora e a completar aquilo que começara e pusera de lado. Pois parece-me que é bom recordar que esses dias e esses lugares existiram, e que neste preciso instante a minha pequena colina de calêndulas está em flor, e que os velhos de barbas brancas que se arrastam atrás dos burros talvez nem saibam que existe uma guerra.»
Agatha Christie

Para participar, só tens de ser seguidor do blogue e da página do mesmo no Facebook e responder acertadamente ao formulário seguinte, e esperar seres o feliz contemplado.




Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui no blogue, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail.

Ensaio sobre o ciúme - Tolstoi (Divulgação)

Sinopse
 Leon Tolstoi, um dos maiores romancistas de todos os tempos, foi também autor de muitas novelas.
 "Ensaio Sobre o Ciúme", escrito em 1891, constitui uma análise profunda sobre o ciúme, assim como uma crítica à forma como a sociedade da época educava os jovens em relação ao sexo.

www.coisasdeler.pt

Novidades Edições Sílabo (Divulgação)

A economia e os direitos humanos são porventura os dois conceitos que mais terão contribuído para o progresso da humanidade: a economia para a libertar da necessidade e os direitos humanos para a libertar do medo. Para além de partilharem um objetivo comum, as pessoas, estão ainda intimamente ligados por outros motivos. Com efeito, existe uma dimensão económica nos direi­tos humanos assim como uma dimensão de direitos humanos na economia. Por um lado, a promoção dos direitos humanos exige a mobilização de recursos e, por outro lado, a eficácia e a eficiência das decisões económicas pressupõem um significativo grau de liberdade do agente económico.
Esta obra aborda um vasto conjunto de direitos humanos, políticos, económicos, sociais e culturais, e a sua articulação com os princípios da economia. Examina também o papel desempenhado pela ciência económica na desconstrução da sociedade dos direitos humanos em resultado de uma inversão de valores que instituiu a economia como finalidade, passando a sociedade a estar submetida aos seus propósitos. 

Revolucionário. Os Princípios da Gestão Científica do Trabalho pertence àquela categoria de obras que se podem colocar na galeria dos poucos livros cujas páginas contêm ideias que tiveram e têm um impacto indelével no modo como nas sociedades humanas industrializadas os seus agentes se organizavam e organizam para produzir os bens de que necessitam. Pela primeira vez na história, e de forma sistemática, foi aplicado o conhecimento aos métodos e à organização do trabalho desenvolvido pelos seres humanos no seu dia-a-dia com vantagens evidentes para os contemporâneos de Taylor e para todos os que se seguiram. Como todas as ideias revolucionárias que contribuíram para o progresso das sociedades, impuseram o novo, e como em todas as revoluções, os cépticos não deixaram de fazer ouvir a sua voz, envolvendo num manto de neblina suspeitosa os benefícios obtidos e afirmando apenas os «malefícios» destas ideias. E com tal veemência o fizeram, que, ainda hoje, muitos anos após a morte do autor, e muitas provas dadas, estas vozes são reverberadas impedindo uma análise justa e imparcial desta seminal obra e do seu autor.

Telemóveis. Smartphones. SMS. MMS. BBM. Blackberry. Aplicações. iPhone. Facebook. Amigos de Facebook. Twitter. Seguidores. Extreme. Há alguns anos atrás estas palavras não eram mais do que ficção científica mas hoje são realidade. São parte do vocabulário e do quotidiano da sociedade.
Contrariamente aos seus pais, tios, avós e professores, os actuais jovens não tiveram que se adaptar às novas tecnologias porque nasceram no meio delas: são nativos digitais. Os seus antecessores, pelo contrário, tal como os emigrantes, tiveram que fazer um esforço árduo para adquirir conceitos, vocabulário e uma forma de pensamento que não é a sua: são emigrantes digitais.
Linguagens diferentes, formas de relacionamento e estilos de vida distintos, aprendizagens e buscas de informação desiguais fazem da sociedade actual uma torre de Babel habitada por emigrantes e nativos digitais.
Mas quem são os jovens actuais? Como se relacionam entre si e com os outros? Como conseguem criar uma rede social que está a mudar o mundo e têm fraco aproveitamento escolar?

Convites Tinta da China (Divulgação)

Veja aqui pormenores sobre o livro.
Veja aqui pormenores sobre o livro.

Convite Editorial Presença (Divulgação)

Novidade Livros d'Hoje (Divulgação)

A LeYa / Livros d’Hoje publica este mês o livro «Provença, o lugar mágico onde se curam corações partidos», da escritora norte-americana Bridget Asher. 

Sinopse:
«Com o coração destroçado e ainda a chorar a perda do marido, Heidi viaja com Abbot, o filho de sete anos, e Charlotte, a desinteressada sobrinha de dezasseis, até à pequena aldeia de Puyloubier, no Sul de França, para uma casa de pedra já velhinha que tem sido responsável pela recuperação de corações partidos, desde antes da Segunda Guerra Mundial. Ali, Charlotte revela um segredo perturbante e Heidi fica a saber a verdade sobre o «verão perdido» da mãe, quando ela era ainda criança. Ao mesmo tempo que três gerações colidem entre si, com uma vizinha que conhece todos os segredos da família e um francês enigmático, Heidi, Charlotte e Abbot iniciam uma viagem que passa pelo amor, pela dor e pelas gargalhadas entre as vinhas, os ventos quentes e pela deliciosa comida da Provença. Conseguirá a magia da casa curar também o coração de Heidi?»

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Filme: O Artista (The Artist) 2011

Trailer

Idealizar um filme como este, O Artista, nos dias que correm - em que os espectadores estão acostumados a ver filmes inovadores, coloridos, com grande som e até mesmo em 3D, - à priori, seria um desastre autêntico. O director francês Michel Hazanavicius atreveu-se a fazer isso mesmo, e penso eu, tendo sido criticado - e quiçá chamado de louco - por muitas pessoas. Ora, são ideias inovadoras, divergentes, audazes que o mundo [cinéfilo] necessita. Para grande espanto dos «comodistas», O Artista funciona perfeitamente.

O Artista é um filme mudo, tendo como força-motriz, o romance/ deslumbramento mútuo entre George Valentin e Miller Peppy – duas estrelas do cinema, uma em decadência e outra em ascensão.
A escolha do par de protagonistas foi uma combinação perfeita: Jean Dujardin como George Valentin, a estrela de cinema mudo e Berenice Bejo como Miller Peppy, a jovem e bela actriz (na ficção e na realidade), que torna-se a «namoradinha» de Hollywood. Berenice Bejo brilha cada vez que aparece na tela com o seu sorriso encantador e charmoso. O seu desempenho dá muita cor ao filme pintado de preto e branco, por ironia. Os dois actores protagonizam, neste filme, cenas que são difíceis de olvidar, principalmente a cena final, que não arranjo palavras para a descrever, simplesmente. 
O terceiro personagem que fornece ternura e comoção ao filme é o fiel companheiro de George Valentin, o seu cão. As cenas de Dujardin e o cão são de uma grande importância, porque despertam risos, compaixão, deslumbramento. 

É um belo filme que presta tributo e revive o final dos anos 20 e início dos anos 30. A música orquestral - que acompanha em quase toda a extensão do filme - é subtil quando assim é necessário, dramática quando a ocasião exige, e nunca fora de enquadramento. 


Este filme é uma rara preciosidade - inteligente, surpreendente, charmoso, encantador e belo. Irei vê-lo novamente futuramente, pois tenho a certeza de que não se pode absorver toda a magia logo na primeira vez que o vemos.