terça-feira, 16 de maio de 2023

Biografia de Tolstói, escrita por um Nobel da Literatura

A Vida de Tolstói
é um livro-homenagem da autoria do escritor laureado com o Prémio Nobel da Literatura de 1915, o francês Romain Rolland (1866-1944). Esta obra, que segue a edição revista e aumentada em 1928, por ocasião do centenário do nascimento de Tolstói (1828-1910), reforça a colecção 'Biografias Guerra e Paz', que já conta com os títulos Nietzsche – O Combate com o Demónio, Marquês de Pombal, Réu Confesso e Chopin – A Última Valsa de Chopin.

A Vida de Tolstói inclui também a tradução de uma carta que Tolstói escreveu dois meses antes da sua morte, endereçando-a a Gandhi - de quem escreveu uma biografia, La Vie De Gandhi.
Também de Romain Rolland,
será publicada em Julho outra biografia com o selo da Guerra & Paz Editores: A Vida de Beethoven.

Texto sinóptico
Rolland admirava a grande alma de Tolstói, que exerceu especial influência sobre a geração de intelectuais franceses da época, tanto pela originalidade das suas ideias quanto pela magnificência das suas obras. Mais do que a vida literária, que inclui clássicos como Guerra e Paz ou Anna Karénina, o biógrafo analisa aspectos da indissociável vida pessoal de Tolstói, ela própria um romance épico, desde a infância aristocrática e a participação na Guerra da Crimeia até à morte na estação de Astapovo. Revela ainda como foi um profeta genial, inimigo da Igreja Ortodoxa, e exalta o seu importante legado.
O imenso talento literário de Romain Rolland sobressai nesta biografia, uma das que terão levado Stefan Zweig a afirmar que as biografias de Rolland serviram de modelo para os seus próprios livros.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

«Viver ao Ritmo da Natureza», um livro inspirador sobre os efeitos benéficos da jardinagem

Em Viver ao Ritmo da Natureza, a psiquiatra e psicoterapeuta Sue Stuart-Smith apresenta os efeitos curativos da jardinagem e a sua capacidade para diminuir o stresse e promover o bem-estar.
Com base na neurociência e psicanálise, e através de uma narrativa apaixonante, revela aquilo que muitos já conhecem há anos: trabalhar com a natureza pode transformar radicalmente a nossa saúde, bem-estar e confiança.

Pode a jardinagem aliviar o stress? Pode ajudar-nos a cuidar da nossa saúde mental? Pode o contacto regular com a natureza mudar-nos a saúde mental? Pode o contacto regular com a natureza mudar-nos a vida para melhor? A resposta é simples: sim, sim e sim.

Com histórias reais e exemplos práticos de como, através da jardinagem, muitas pessoas lutaram contra o stress, a depressão, o trauma e o vício, Viver ao Ritmo da Natureza mostra-nos, também, como compreensão da natureza e dos seus poderes restauradores está apenas no início, mas já com reveladoras provas do seu importante papel. Diz-nos a autora que se dedica à jardinagem «como uma forma de me acalmar e descomprimir a mente» e que «enquanto realizo toda esta atividade física, também estou a jardinar a minha mente». E quem não quer, nos dias de hoje, acalmar e «jardinar» a sua mente?

domingo, 14 de maio de 2023

Chegam no dia 18 de Maio às livrarias os novos livros de Jeff Abbott e Elin Hilderbrand

A Dança da Traição é o novo tríler do escritor norte-americano Jeff Abbott, cujas as mais recentes obras a Porto Editora tem vindo a publicar, desde 2015. Esta nova aventura tem como protagonista o agente secreto Sam Capra. Uma tradução a cargo de José Remelhe.

Sam Capra e o filho de treze anos, Daniel, desfrutam de uma vida tranquila em Austin, de onde Sam continua a administrar a sua rede de bares e clubes noturnos. Secretamente, porém, Sam trabalha para a agência de espionagem mais sigilosa dos Estados Unidos, conhecida como Secção K, enquanto tenta parecer um típico pai suburbano.
Um dia, é abordado por um colega, que lhe faz uma revelação incrível: Markus Bolt desapareceu. Bolt é o traidor por definição, responsável por denunciar nomes de agentes aliados dos EUA e segredos militares aos russos. Há décadas que vive exilado em Moscovo, de onde parece ter agora fugido para parte incerta e sem razão aparente. Sam é encarregado de vigiar Amanda, a filha que Bolt abandonou nos EUA, e determinar se ela conhece o paradeiro atual do pai. O objetivo é encontrar o traidor antes dos seus ferozes perseguidores e ajudar à sua captura. No entanto, à medida que a busca se vai intensificando, Sam é forçado a envolver-se mais do que o planeado, não só para proteger Amanda, como para enfrentar um crescendo de ameaças – uma das quais pode mudar a sua vida e a do filho para sempre.

Elin Hilderbrand vive em Massachusetts. As suas obras são presença constante nas listas dos livros mais vendidos do New York Times. Em Portugal encontram-se já publicados Segredos de Verão (Contraponto, 2009), Descalças (Contraponto, 2010) e Esta Noite, Fala-me de Amor (Asa, 2015). O Hotel Nantucket (um trabalho de tradução assinado por Carla Ribeiro) é o título do seu novo romance, a publicar a 18 de Maio, também pela Porto Editora.

O verão no Hotel Nantucket nunca é aborrecido. Muito sol, segredos e escândalos…
Ainda a recuperar de uma relação que terminou mal, Lizbet Keaton procura desesperadamente um novo começo. Quando é escolhida para diretora-geral do Hotel Nantucket, uma verdadeira relíquia, espera que o seu conhecimento sobre a vila e os funcionários carismáticos consigam dar novo rumo ao hotel – e à sua vida.
Só precisa de conquistar o novo proprietário milionário, o londrino Xavier Darling, e a muitíssimo popular influencer do Instagram, Shelly Carpenter.
Mas, por detrás da fachada impecável do centro de bem-estar cinco estrelas e do restaurante liderado por um famoso chef, escondem-se muitos segredos. Os hóspedes do renovado hotel trazem muita bagagem além da roupa de férias.
Deliciosamente escapista e carregada de emoção, esta é a leitura perfeita da “rainha dos romances de verão”.

sábado, 13 de maio de 2023

«A Cura da Cicuta», a história de duas mulheres que partilham um vínculo inquebrável e perigoso

Raquel Mouta foi a tradutora de A Cura da Cicuta, um romance histórico cuja história vai-se desenvolvendo com momentos de muita tensão. É «uma narrativa viva que nos leva de regresso ao século XVII à vila de Eyam onde todos guardam segredos». A autora britânica Joanne Burn conjuga um romance fruto da conjugação de grande pesquisa com a capacidade para contar uma história belíssima, com protagonistas que têm tanto de compaixão quanto de rebeldia. Uma publicação com a assinatura da Bertrand Editora, nas livrarias a 18 deste mês.

«Um retrato comovente da irmandade entre duas mulheres.» Publishers Weekly

«Uma história descrita de forma deslumbrante e poética na sua atmosfera e capacidade de observação. O leitor sente-se plenamente inserido naquilo que era a vida durante este período histórico.» The Historical Novel Society

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Novidades da editora Casa das Letras

A Casa das Letras publica este mês As Descobertas da Madame Cristóvão Colombo, da exploradora e pioneira ambiental Paula DiPerna, e O Oposto da Caça às Borboletas, da actriz e modelo irlandesa Evanna Lynch.

Sinopse

Sabemos que os navios navegaram, que os Descobrimentos aconteceram, mas esta é a história que não nos foi contada: o relato fictício mantido pela única mulher com quem Cristóvão Colombo se casou, Dona Filipa Moniz de Perestrelo. Uma das mulheres mais negligenciadas da História, que nenhum de nós conhecia. A sua viagem começa em Portugal, na realeza do século XV, percorre as ilhas atlânticas ensolaradas, as exuberantes florestas tropicais africanas, e depois as novas terras de beleza e vulnerabilidade impressionantes enquanto, a nível pessoal, viaja das expectativas domésticas elementares às circunstâncias épicas: da paixão, à verdade e à autodescoberta.
Mais do que uma reflexão de uma esposa e uma narrativa histórica, este romance é um comentário apurado sobre as conquistas que mudaram o mundo para sempre através do olhar da mulher que os viveu, vendo e registando o que mais ninguém viu. É também uma história de casamento e amantes; e uma versão significativamente diferente da de Colombo, que se esqueceu de mencionar a importância do seu casamento para os seus sonhos, o seu sucesso e da fonte da sua inspiração.
Tão pessoal como uma única história de amor, tão vasta como a exploração do mundo, As Descobertas da Madame Cristóvão Colombo é um romance lírico e evocativo, mas, simultaneamente, bem atual face aos tempos turbulentos mas apaixonados que vivemos hoje.



Sinopse

Evanna Lynch, conhecida pelo seu papel como Luna Lovegood, que a levou a uma ascensão meteórica a nível mundial, nos filmes da saga Harry Potter, é vista por muitos como um exemplo na recuperação da anorexia. Neste livro confronta todas as suas complexidades e contradições mais íntimas, revelando como ultrapassou um distúrbio alimentar que lhe colocou a vida em risco, como começou a vencer o ódio autoinfligido, enfrentou o medo de deixar para trás a segurança imaculada da meninice e embarcou na travessia imprevisível que é ser uma mulher, com as luzes impiedosas da fama internacional a incidirem sobre ela.
Indo ao âmago da relação de uma mulher com o seu próprio corpo, Evanna explora os momentos e as escolhas centrais de uma vida que a levaram a seguir o caminho da criatividade e dos sonhos, bem como a uma aceitação da realidade selvagem, sensual e imprevisível da sua condição por oposição à procura vazia da perfeição.

Novo romance de J.M. Coetzee entre os próximos lançamentos

Eis duas das novidades editoriais da Dom Quixote para este mês, entre elas, O Polaco, do escritor sul-africano J.M. Coetzee, e, com tradução de Maria Leonor Raven, Minha Querida Favorita, da autoria de uma das grandes vozes da nova literatura neerlandesa, Marieke Lucas Rijneveld. Nas livrarias a 23 e a 30 de Maio, respectivamente.

O Polaco conta a história de Witold Walczykiewicz, um virtuoso pianista polaco, intérprete de Chopin, que fica enfeitiçado por Beatriz, uma patrona das artes espanhola, depois de esta ajudar na organização do seu concerto em Barcelona.
Beatriz é casada e, de início, não se deixa impressionar, mas rapidamente se vê perseguida pelo pianista e arrastada para o seu mundo. Witold envia-lhe cartas, faz-lhe inúmeros convites para viajar e acaba por visitá-la na casa de verão do marido, em Maiorca, onde a relação improvável entre os dois começa a florescer, embora apenas nos termos estipulados por ela. Mas à medida que a luta pelo poder entre eles se intensifica, questionamo-nos: É Beatriz que limita a paixão ao controlar as suas emoções? Ou é Witold, ao tentar por todos os meios dar vida ao seu sonho de amor?
Diferenças de gostos, diferenças culturais, diferenças de idades: é sobre estas tensões que se desenvolve esta variação moderna e irónica da lendária história de amor de Dante e Beatriz. Para isso, Coetzee faz uma mudança radical e conta-nos os sucessos e fracassos deste amor a partir da perspetiva precisa, sincera e incisiva da sua protagonista feminina.


Minha Querida Favorita, o impressionante novo romance de Marieke Lucas Rijneveld, é a história de um verão asfixiante em que um veterinário rural se aproxima da filha adolescente do criador de gado para quem trabalha.
Apesar de correrem boatos de uma doença que afeta seriamente os bovinos das redondezas, o veterinário só pensa em fugir aos traumas da infância e a um casamento que secou há muito tempo e dedicar-se de corpo e alma à sua «querida favorita» que, praticamente sozinha na quinta nessas férias, prefere viver num mundo de fantasia a aceitar o abandono da mãe. Nesse verão, os dois desenvolvem um fascínio tão obsessivo um pelo outro que chegam a cruzar todas as fronteiras concebíveis. E a confissão opressiva presente nestas páginas é uma história comovente e ao mesmo tempo chocante sobre a perda, o amor proibido, a solidão e a identidade.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

«A Ciência de Respirar», de Mike Maric

Editora: Alma dos Livros
Data de publicação: Março de 2023
N.º de páginas: 232

A respiração é a primeira necessidade de sobrevivência. Podemos passar vários dias privados de alimento e água, mas ninguém consegue sobreviver muitos minutos sem respirar.
Um livro, não técnico, inteiramente dedicado à respiração, chegou recentemente às livrarias, da autoria do médico, cientista e professor italiano Mike Maric. O livro (La scienza del respiro (2017)) é uma súmula daquilo que o autor aprendeu sobre a arte e a ciência da respiração, através do seu percurso académico, da sua experiência como atleta e do trabalho como coach de desportistas profissionais de alto nível.
Após apresentar, nas primeiras páginas, a sua história pessoal e de como conseguiu ser campeão mundial de mergulho livre (em 2004), Mike Maric informa sobre a importância de uma respiração consciente e dá a conhecer vários factos interessantes sobre esse acto tão natural e automático.
Revela que a maioria das pessoas respira pela metade, porque inspiramos o ar mas não o expiramos por completo, o que faz com que desperdicemos alguns benefícios para saúde de uma boa respiração: «Se soubermos respirar corretamente, conseguiremos gerir com maior facilidade as nossas emoções», «a respiração consciente modula a emoção, o estado de excitação e o stresse», «Cada estado de espírito, cada somatização, relaciona-se com a respiração, tornando-se um indicador muito preciso da nossa personalidade e de como encaramos e gerimos a vida».
Ao longo do livro, ficamos a conhecer várias técnicas de respiração: para aliviar o stresse e a ansiedade, para melhorar o sono, para deixar de fumar, para termos uma melhor digestão, etc. São muitas as curiosidades que o autor apresenta no livro, como as seguintes: em média, efectuamos 14-16 respirações por minuto e inalamos dez mil litros de ar por dia.
Dicas sobre alimentos e receitas de infusões que promovem uma boa respiração, vamos também encontrar nestas páginas.
A Ciência de Respirar é um livro indicado para todo o tipo de público que deseja começar a ter consciência respiratória. Uma leitura fascinante e surpreendente sobre o mais espontâneo dos nossos gestos.
Mike Maric é autor também dos livros Il potere antistress del respiro (2020) e Respirazione e High performance (2022).

Excertos
«A nossa respiração é um espelho absolutamente fidedigno das nossas emoções: a tensão emocional e corporal é facilmente revelada através da nossa respiração.»

«Dediquei muito tempo, passei muitas horas nas profundezas do meu ser, viajei por grande parte do mundo para aprender o que sei, e ainda tenho muito para aprender. Cada dia, uma nova surpresa. Mas, hoje, para entender a essência da vida, bastou-me uma respiração.»

Clássico da Literatura Russa, de Ivan Turguénev, é publicado pela Presença

Hoje considerado um dos grandes romances do século XIX, Pais e Filhos (publicado em 1862) causou grande celeuma, tanto entre as gerações mais novas como junto dos mais velhos - reaccionários, românticos ou radicais -, enquanto, pela Europa fora, o autor, Ivan Turguénev, recebia o elogio de autores como Flaubert, Maupassant e Henry James.
Traduzido directamente do russo por Nina Guerra e Filipe Guerra, Pais e Filhos é a grande aposta deste mês da Presença.
Ivan Turguénev (1818-1883) foi um escritor, poeta, dramaturgo, tradutor e ensaísta russo. Além de romances como Águas de Primavera e O Primeiro Amor, a obra de Turguénev destaca-se ainda pela qualidade de um grande número de contos e novelas, que publicava regularmente. Pais e Filhos é considerado a sua obra-prima e um marco da literatura do século XIX.

«Pais e Filhos não só é o melhor romance de Turguéniev, mas também um dos maiores romances do século XIX.» Vladimir Nabokov

Sinopse
O jovem Bazárov tem tantas qualidades quanto transborda de impaciência e causticidade. Niilista, como de si próprio diz, anti-social e avesso a todos os tipos de autoridade, é mentor de Arkádi Kirsánov, que, terminados os estudos na universidade, regressa a casa na companhia de Bazárov. Rapidamente, esta figura, um corpo estranho agora infiltrado na família, transforma-se no combustível para grandes convulsões na propriedade e na vida dos Kirsánov, reflectindo, vívida e exemplarmente, as grandes mudanças que acontecem na Rússia do século XIX.

Já está à venda o livro «Essa Dor Não é Tua», de especialista mundial em constelações familiares

Pioneiro no campo do trauma familiar hereditário e fundador do Instituto de Constelações Familiares, em São Francisco, Mark Wolynn, conceituado especialista mundial na área do trauma, apresenta no livro Essa Dor Não é Tua uma abordagem transformadora para a resolução de conflitos que atravessam gerações e condicionam os comportamentos actuais.
Esta obra editada pela Albatroz está publicada em mais de 25 línguas.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Romance finalista do Prémio Goncourt, da autoria de Pauline Delabroy-Allard, é publicado em Portugal


Na linhagem de Marguerite Duras e Annie Ernaux, Quem Sabe é o romance de consagração de Pauline Delabroy-Allard (n. 1988), escritora e professora parisiense, que nesta sua nova obra, que foi finalista do Prémio Goncourt, vem questionar a fronteira entre vida e literatura.
O seu primeiro romance, Ça raconte Sarah, obteve um sucesso imediato entre leitores e crítica. Quem Sabe é o seu segundo livro, e o primeiro da autora a ser publicado em Portugal, pela Alfaguara, já no próximo dia 15. Assina a tradução Rui Pires Cabral.

Sinopse
Aos trinta anos, grávida, Pauline vai tratar do seu documento de identidade pela primeira vez. Descobre então que, além do nome de batismo, possui outros três nomes próprios: Jeanne, Jérôme e Ysé. Não lhes conhece a origem, nem a razão pela qual lhos deram. Na sua família, não se fala sobre passado ou intimidade; na sua família, não se fazem estas perguntas.
Durante o parto, Pauline vive um momento devastador, que deixa marcas e lhe traz de volta as indagações de sempre. Como estratégia de sobrevivência, inicia uma meticulosa pesquisa e decide procurar os três fantasmas do seu nome. Talvez ao descobri-los encontre a salvação, ou os elementos que lhe faltam para reconstruir uma identidade perdida. É então que conhecemos Jeanne, a bisavó louca; Jérôme, imerso na Paris gay dos anos 1980; e Ysé, heroína de um outro romance.
Quem Sabe relata o percurso de uma mulher à procura das suas raízes. Dessa busca, emerge um romance sublime sobre maternidade, luto e segredos de família. Esta é a história de uma obsessão, de um périplo e de um renascimento, mas também de uma surpreendente reflexão sobre a literatura.

Elogios da imprensa
«Delabroy-Allard confirma aqui o que já suspeitávamos: a sua pena graciosa procura incansavelmente o imperioso discorrer da consciência.»
Le Figaro Littéraire

«Um romance belíssimo, onde a própria escrita é a protagonista. Delabroy-Allard aprofunda um pouco mais o sulco da autobiografia e leva-nos pela mão ao longo da fronteira subtil que separa realidade e ficção.»
L'Humanité

«Um livro ambicioso e fortíssimo. (…) Um romance esplendidamente concebido, que tem a elegância de ceder o protagonismo ao leitor. É também, por fim - e não é uma das suas menores virtudes -, um verdadeiro manifesto sobre as transformações que a literatura oferece e a escrita contém.» Livres Hebdo

Outra novidade da editora: As Primas, de Aurora Venturini.

Nova edição de um dos romances que Agatha Christie escreveu sob pseudónimo


Será publicada pelas Edições ASA, na segunda quinzena deste mês, uma nova edição de Ausente na Primavera, uma das obras que Agatha Christie escreveu sob o pseudónimo Mary Westmacott. Relato intenso da vida emocional de uma mulher, Ausente na Primavera foi, nas palavras de Agatha Christie, “o livro que sempre quis escrever.”
A autora pretendia provar a si mesma que os seus livros eram apreciados por mérito próprio e não apenas devido à sua fama. Colocou então o seu lendário poder de observação ao serviço do romance e criou intrincadas histórias de amor, tão envolventes e memoráveis como os seus melhores mistérios. As Duas Irmãs é outro dos títulos que a Rainha do Crime assinou com o mesmo pseudónimo.

Sinopse
Durante a viagem de regresso do Iraque, onde foi visitar a filha, Joan Scudamore dá por si sozinha numa pensão isolada. A viagem de comboio foi inesperadamente interrompida, obrigando-a a permanecer no deserto. Esta súbita solidão leva-a a avaliar a sua vida pela primeira vez e a encarar algumas verdades sobre si própria. Ao olhar para trás, Joan reexamina dolorosamente as suas atitudes, relações e ações, e fica cada vez mais apreensiva com a pessoa que lhe é revelada. Decidida a recuperar o tempo perdido, pensa apenas em regressar a Inglaterra e à vida que pretende transformar drasticamente.

«Merece ser reconhecido como um clássico da literatura.» The New York Times

domingo, 7 de maio de 2023

Chega a Portugal a última das sete magníficas autobiografias de Maya Angelou

Após Carta à Minha Filha (2019), a LeYa, sob a chancela da ASA, publica, na segunda quinzena de Maio, A Mamã e Eu e a Mamã, de Maya Angelou (1928-2014), uma das mais destacadas vozes das artes e letras norte-americanas. Escritora, poeta, cantora e activista dos direitos humanos, tornou-se conhecida sobretudo pelas suas autobiografias, que são também uma história da América.
Da sua autoria, foi traduzido para português, por Tânia Ganho, também a sua obra Sei Porque Canta o Pássaro na Gaiola (2017).


Sinopse
Começa assim, sem floreados, a última das sete extraordinárias autobiografias de Maya Angelou. E neste livro, que marca o fim de um ciclo, a autora desenha um círculo completo, volta ao princípio de tudo, à história da mãe dela, Vivian Baxter. Filha de uma relação fortuita, infeliz e violenta, Maya Angelou tinha apenas três anos quando a mãe se separou. Vivia então na Califórnia e foi enviada, juntamente com o irmão, para o muito remoto estado de Arkansas. Ali cresceram sob os cuidados da avó paterna até que, uma década, foram chamados de novo à casa materna.
Aquela tão longa ausência, remendada com contactos breves, raros e dolorosos, deixou na escritora uma cicatriz imensa, que a passagem dos anos nunca esbateu. Durante anos só conseguiria tratar a mãe por Lady, vincando assim a distância entre ambas; mas no final acabaria por ver nela o que de facto era: uma mulher extraordinária no seu espírito indómito, na luta pela sobrevivência.
História de um abandono e de um trauma, de um regresso e de uma reconciliação, A Mamã e Eu e a Mamã é também um fresco sobre a história da América, pintado com a generosidade imensa de quem tudo aceita e perdoa. Uma obra-prima das letras afro-americanas.

sábado, 6 de maio de 2023

«O Nome da Rosa» de Umberto Eco foi adaptado para banda desenhada

A Gradiva lançará em Portugal no próximo dia 16 de Maio o primeiro volume da adaptação para banda desenhada de O Nome da Rosa, a obra-prima de Umberto Eco. O artista Milo Manara, um dos mais reconhecidos desenhadores italianos, numa tradução assinada por Jorge Vaz de Carvalho. Já adaptado ao cinema pelo realizador Jean Jacques Annaud com Sean Connery no papel principal, o romance O Nome da Rosa foi editado pela primeira vez em 1980 tornando-se rapidamente num bestseller mundial.
Seguir-se-á a publicação do segundo volume em 2024, acompanhando o ritmo de publicação da editora original.

Umberto Eco (1932-2016) foi um eminente filósofo, medievalista e semiólogo italiano. Estreou-se na narrativa com O Nome da Rosa, a que se seguiram obras como O Pêndulo de Foucault, A IIha do Dia Antes, Número Zero e Confissões de um jovem escritor.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

A obra-prima de uma escritora argentina catapultada para a fama aos 85 anos


A escritora argentina Aurora Venturini (1921-2015) poderia ser uma das peculiares personagens dos seus romances, já que o seu percurso ficou marcado pelo fait-divers de ter vencido (sob pseudónimo) um concurso literário para novos talentos quando já se aproximava do fim da vida. Entre o romance de formação, a delirante autobiografia, o divertimento literário e a radiografia de uma época, As Primas é uma obra que celebra, ao mesmo tempo, as dimensões universal e privada da literatura, revelando a desconcertante originalidade de uma autora que ousa colocar perguntas quase sempre cuidadosamente mantidas em silêncio.

Esta é a primeira obra da autora editada em Portugal, que lhe valeu o prémio Nueva Novela, em 2007, aos 85 anos, depois de ter publicado dezenas de livros de ficção e poesia. A edição portuguesa é da Alfaguara e assina a tradução Rita Custódio e Àlex Tarradellas.

Texto sinóptico
Na cidade argentina de La Plata, nos anos de 1940, conhecemos Yuna e Petra, duas primas que pertencem à mesma família disfuncional, precária e destinada à desgraça. Pela voz de Yuna, vemos um universo tortuoso de mulheres abandonadas à sua sorte, a braços com a pobreza, a deficiência, o delírio fantasmagórico e a pressão social. Para se evadir do cerco das histórias de ameaças, violações e homicídios, Yuna recorre à sua imaginação artística: a cada episódio de violência, pinta uma nova tela. Vendo na arte uma fuga ao estropiamento familiar, Yuna lança sobre o seu mundo um olhar selvático — ora cândido e perspicaz, ora violento e ensimesmado — e protagoniza uma história que desafia todas as convenções literárias.

Elogios da crítica
«Um romance perversamente genial.» Enrique Vila-Matas

«Pessimista e selvagem, sem heroínas evidentes, um romance de mulheres excessivas, enfermas, obsessivas, maltratadas. Rimo-nos em voz alta com as provocações e decisões insólitas. E, em simultâneo, vemos corpos levados ao limite, numa escrita em golfadas de sangue.» Mariana Enríquez

«É impossível não nos rendermos ao charme corrosivo de Yuna Riglos.» Camila Sosa Villada

«Um livro meticulosamente feminino, corpóreo e visceral, que joga com a miséria, roça o terror e triunfa. As Primas tem ainda o maior trunfo que uma obra literária pode ter: uma personagem principal que fica na memória, vívida e flagrante. O seu nome é Yuna.» La Repubblica

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Os livros que a editora Glaciar vai publicar em Maio

O Teatro Invisível
História do teatro radiofónico
de Eduardo Street

Para quem nasceu já com a presença da televisão, é difícil imaginar um serão familiar com todos reunidos à volta da telefonia. O relógio da casa de jantar, o relógio que o avô trazia no bolso do colete, eram acertados pelo sinal horário da Emissora Nacional. Ouvir o noticiário lido por João da Câmara trazia à família um sentimento de segurança, de paz, a falsa ilusão de que se vivia no melhor dos mundos. Os programas eram ouvidos, saboreados em silêncio como um digestivo. A informação serena, a atenção, a entrega aos pacíficos prazeres que a estação oficial oferecia, lembravam os serões que Eça de Queirós descreveu n’O Primo Basílio. Às primeiras palavras, o ouvinte reconhecia o locutor, o actor. E, porque em muitos casos se ignorava o aspecto físico de quem falava, esgotavam-se as revistas que trouxessem uma fotografia do dono ou da dona da voz. Quantas vezes, um intérprete do Teatro Invisível, num café ou num táxi, ao falar, ouvia a invariável pergunta: "Não é X?"

Deus Tem Medo do Escuro
E outros contos sobre a imaturidade
de Christophe Sauvage

Deus Tem Medo do Escuro é uma coletânea de cinco contos sobre o tema da imaturidade. Não retratam a que caracteriza as crianças e os adolescentes — esperada no caminho do crescimento —, mas a que sobrevive no adulto, com a qual o mesmo vai ter que lidar durante a sua vida toda e que terá consequências diversas na sua existência.
É que a imaturidade — que se pode definir como tudo o que não cresceu dentro de nós — exprime-se de várias maneiras, muitas vezes (ou talvez sempre) de forma cómica — sobretudo quando não chega à consciência — e cola-se tão bem à pele que não se pode fugir dela facilmente. Afinal, a imaturidade não será a característica humana mais partilhada no mundo?

«Sensações» e «Gratidário» são novos livros de não-ficção com o selo do Grupo BertrandCírculo

A Bertrand Editora publica hoje Sensações, uma obra que apresenta um novo olhar sobre os sentidos. O biólogo australiano Ashley Ward guia-nos nesta viagem surpreendente sobre a forma como os sentidos funcionam, não olhando apenas para os cinco sentidos clássicos. Explica como o cérebro molda a nossa perceção do mundo e nos apresenta mais de cinquenta formas de interagir com ele.

Partindo das mais recentes investigações científicas nas áreas da perceção e dos sentidos, com um toque de humor, Ashley Ward mostra-nos até que ponto a nossa realidade sensorial é pouco mais do que uma ilusão fantástica construída pelos nossos cérebros. O autor leva-nos numa expedição sensorial para responder a todas aquelas perguntas e muitas mais. Por que razão as mulheres têm um olfato mais apurado do que os homens? Por que motivo temos visão a cores? Será possível que o iPhone tenha mudado a forma como nos tocamos? O Danúbio parece mesmo azul quando se está apaixonado?

Gratidário é o primeiro livro de Noémia Luz, que é coach de orientação espiritual, tem formação de base em Psicologia, com especialização em PNL e Psicologia Positiva. Publicado pela Arteplural, o livro chega às livrarias no dia 11 de Maio.

A gratidão é uma das emoções mais poderosas e transformadoras que podemos sentir e exprimir. Contudo, quantas vezes não concentramos a atenção (e, por isso, a energia espiritual) não naquilo que temos, mas no que nos falta ou que desejaríamos ter?
Precisamente por isso, a gratidão é como um músculo que temos de exercitar; temos de a praticar e desenvolver, e aprender a encontrar todas as coisas, à nossa volta e dentro de nós, pelas quais podemos dizer: «Obrigado, vida!»
É aí que entra este Gratidário: um verdadeiro ginásio de gratidão, com exercícios específicos para rever e reapreciar a vida e tudo aquilo que ela oferece. Estes exercícios, simples mas eficazes, são atividades de reflexão e reencontro pessoal que te vão ajudar a descobrires a riqueza da tua vida e a incentivar a prosperidade.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

João Albano Fernandes vence Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal 2023

O Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal 2023 foi atribuído ao livro O Lixo dos Outros,
da autoria de João Albano Fernandes. O romance está previsto ser publicado no dia 14 de Junho, pela Guerra e Paz Editores.

Um tocante retrato social, O Lixo dos Outros conta-nos a história de Florêncio, um cantoneiro que renega a sua filha por não aceitar que esta se prostitua. Ao mesmo tempo Mariana não concebe que o pai, figura central da sua existência, a renegue desta forma. Não acredita que haja mais dignidade em recolher o lixo dos outros do que em servir os seus desejos.

terça-feira, 2 de maio de 2023

Já foi traduzido para português «Maybe Someday», de Colleen Hoover

No fim de Maio chegará às livrarias Talvez Um Dia (Maybe Someday, originalmente publicado em 2014), mais uma comovente e marcante história de amor, amizade e traição da escritora norte-americana Colleen Hoover, a já apelidada rainha do TikTok.
Os romances desta autora bestseller do New York Times, actualmente com 43 anos, tem chegado a milhares de leitores em todo o mundo, já traduzidos para cerca de 30 línguas. Da sua vasta lista de obras incluem-se Tudo Me Lembra de Ti, Isto Acaba Aqui e Isto Começa Aqui, publicados em Portugal pela Topseller.

Literatura Estrangeira que a Quetzal lançará em Maio

Além dos livros dos autores portugueses Anabela Mota Ribeiro (O Quarto do Bebé), Fernando Sobral (O Jogo das Escondidas) e J. Rentes De Carvalho (Tempo Contado), a Quetzal Editores publica a 11 de Maio um romance da autoria da voz mais importante da literatura das Caraíbas, Maryse Condé.
Um dos mais importantes romances espanhóis do século XX, esgotado há muitos anos no nosso país, do autor galego Gonzalo Torrente Balleste (1910-1999),
chegará às livrarias no dia 18.

À Espera da Subida das Águas
Babakar Traoré estudou no Canadá, é médico e vive sozinho em Guadalupe, onde estão as origens da sua família materna - mas também a sua solidão, os seus fantasmas, bem como a recordação de uma infância africana, de uma mãe de olhos azuis que vem visitá-lo em sonhos, de um antigo amor, Azélia, também desaparecida, e de outras ilusões juvenis antes do seu exílio e da idade adulta.
Quando, a meio de uma noite de temporal, é chamado para assistir um parto, Babakar não sabe que a sua vida está prestes a mudar por causa dessa criança que vai nascer; a mãe, Reinette, uma refugiada haitiana, morre ao dar à luz - e a pequena Anaïs fica a seu cargo.
O desejo de Reinette era que a filha fosse criada no Haiti, e Babakar muda-se para a ilha, à procura de quem pudesse ensinar a Anaïs de onde ela vem. Através da história dessa dupla improvável, Babakar e Anaïs, dos amigos Movar e Fouad, que os acompanham, e dos que foram encontrando naquela ilha martirizada por violência, governos corruptos e gangues rebeldes, mas tão bela e fascinante, irá reconstruir-se um novo mapa ligado pelos danos do colonialismo, bem como as raízes do amor, da amizade, da comunhão com os outros - e o lugar de cada um no Mundo.

A Saga/Fuga de J.B.
Fantasia, ironia, sentido da paródia e humor são os instrumentos de Gonzalo Torrente Ballester para construir este romance complexo e divertido cuja ação decorre algures na Galiza, numa cidade inventada, e cuja tranquilidade é interrompida quando desaparece misteriosamente a relíquia do Corpo Santo. Será José Bastida (J.B.) a contar a história desta cidade milenar - desde antes do aparecimento da relíquia até os dias de hoje. Nela, não existe passado nem futuro, apenas presente: gente de há mil anos cruza-se com figuras da atualidade, os temas parecem esvoaçar, as personagens sofrem de incontinência verbal (inventando por vezes uma língua própria) e é impossível silenciá-las, misturando literatura e história, sexo e religião, visível e invisível.
Mas a melhor leitura do romance é a do anónimo responsável da censura franquista que, em 1972, permitiu a sua publicação: «Totalmente impossível de entender, a ação decorre numa cidade imaginária, Castroforte del Baralla, onde há lampreias, um Corpo Santo que apareceu na água e uma série de malucos que dizem muitos disparates. De vez em quando, alguma coisa sexual, quase sempre tão disparatada como o resto, e alguns palavrões - para seguir a moda literária atual. Este livro não merece proibição nem aprovação. A proibição não encontraria justificação e a aprovação seria demasiada honra para tanto cretinismo e insensatez. Propõe-se que se lhe aplique o silêncio administrativo.» Não há maior elogio. 

segunda-feira, 1 de maio de 2023

O livro de Max La Manna, o 'Chef' sensação do Tik Tok

Chega hoje às livrarias Tu Consegues Cozinhar Isto!, o livro de Max La Manna, o Chef sensação do Tik Tok, que vem descomplicar o veganismo. O livro oferece 135 receitas, para todas as refeições do dia, à base de plantas, que qualquer pessoa pode cozinhar com facilidade.