O romance A Uruguaia (novo título da colecção 'Confluências', com tradução de Carla Maia de Almeida), o ensaio Abril é um País (com tradução assinada por Helena Pitta) e Educar Através da Arte (Novo volume da colecção de Pedagogia 'ÁGORA K', traduzido por Elisabete Ramos) são os títulos das mais recentes publicações para o leitor adulto, da Kalandraka e da Faktoria K de Livros.
Texto sinóptico
O romance que catapultou o argentino Pedro Mairal para a fama, tornando-o numa das grandes vozes da actual literatura latino-americana, promete enredar o leitor nas singulares peripécias do seu protagonista. Esta é a história trágico-cómica de Lucas Pereyra, um escritor que atravessa várias crises - a dos 40, a conjugal e a criativa -, ao mesmo tempo que lida com a atracção e os sentimentos confusos que nutre por uma mulher mais jovem que o faz empreender uma viagem até à capital do Uruguai.
Narrada com leveza, mas também com brilhantismo, e abordando temas como o amor ou a culpa, a responsabilidade ou a libertação pessoal, A Uruguaia, já adaptada ao cinema, é simultaneamente uma viagem sensorial e cultural pela cidade de Montevideu, ao longo da qual se exploram, com humor, as agruras e as expectativas de uma paixão quase adolescente.
O autor
Pedro Mairal (Buenos Aires, Argentina, 1970): Escritor e cronista, despertou a atenção do público com o seu romance Una Noche con Sabrina Love, livro vencedor do prémio Clarín de Novela em 1998, mais tarde adaptado a filme. Tem mais de uma dezena de livros publicados, desde o romance à poesia, passando ainda pelo ensaio ou pelo conto. A Uruguaia, uma tragicomédia sobre a infidelidade, arrecadou o prémio 'Tigre Juan' para melhor romance, em 2017, e chegou também ao cinema. Actualmente, Pedro Mairal é reconhecido como uma das vozes mais originais da literatura da América Latina.
Texto sinóptico
Tereixa Constenla, jornalista e actual correspondente do El País em Portugal, viajou no tempo pelo país de Abril até há cinquenta anos, com o intuito de perscrutar as figuras da nossa Revolução, como o bravo capitão Salgueiro Maia; mas também da luta contra a ditadura, como o jornalista Carlos Albino ou os militantes comunistas Domingos Abrantes e Conceição Matos.
A partir dos arquivos de Natércia Salgueiro Maia, entre outros, e de cerca de vinte entrevistas a alguns capitães de Abril, como José Manuel Costa Neves ou Vasco Lourenço, e a escritoras, como Lídia Jorge ou Paulina Chiziane, a autora logra um retrato vibrante deste acontecimento que fez estremecer o mundo em 1974.
De leitura compulsiva, também pelo estilo cinematográfico de Constenla, Abril é Um País cativa o leitor através do olhar assombrado com que retrata o Portugal asfixiado e tumultuoso da época, em espelho com a ditadura espanhola, e o momento pleno de esperança da sua libertação, não deixando de piscar o olho à nossa actualidade política e social.
A autora
Tereixa Constenla (Espanha, 1968) é, desde julho de 2021, a correspondente do diário El País em Portugal. Com um longo percurso profissional enquanto repórter de temas sociais e mais tarde jornalista cultural, os seus artigos já lhe valeram vários galardões. A par desta carreira, Constenla estreou-se como escritora em 2021 com Cuaderno de urgencias, uma obra autobiográfica sobre o amor e o luto. Abril é Um País é o seu primeiro ensaio, publicado em Espanha em galego e castelhano, por ocasião das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, e agora no nosso país, numa edição revista à luz dos acontecimentos mais recentes e acrescida de novos testemunhos.
Texto sinóptico
A arte como ação criadora é o núcleo deste ensaio, Educar Através da Arte, de Vicente Blanco e Salvador Cidrás, artistas e docentes universitários, especializados na formação de professores. Direcionado não apenas para estes profissionais, mas também para todos os interessados na educação e arte, os autores tecem nele um modelo de trabalho orientado para instigar mudanças no sistema educativo, com enfoque no ensino artístico.
A partir de experiências concretas na sala de aula, no intuito de balizar as crenças e as problemáticas metodológicas instituídas e inibidoras da criatividade e do desenvolvimento pessoal, Blanco e Cidrás defendem alternativas que valorizem a diversidade e a diferença, o espírito crítico e a autonomia dos discentes, ao mesmo tempo que demonstram que é possível transformar o mundo, servindo-se muito simplesmente de papel ou barro, desenho ou colagens, mas acima de tudo da imaginação.
Os autores
Vicente Blanco (Santiago de Compostela, 1974); Salvador Cidrás (Vigo, 1968).
Licenciados pela Faculdade de Belas-Artes de Pontevedra, artistas multidisciplinares especializados em vídeo, desenho, escultura e instalação. Os seus trabalhos já estiveram expostos nos mais importantes museus de arte contemporânea de Espanha, mas também em cidades como Berlim, Amesterdão, Nova Iorque, Tóquio ou Los Angeles. Professores na área de Expressão Plástica da Universidade de Santiago de Compostela e na Faculdade de Formação de Professores de Lugo.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Novidades da Kalandraka para o público adulto
publicado por Miguel Pestana
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