quarta-feira, 22 de setembro de 2021

António Raminhos partilha em livro as suas vivências relacionadas com a ansiedade e obsessões

No último ano, António Raminhos tem assumido um papel de abertura nas questões sobre saúde mental ao abordar de forma despretensiosa, mas séria, a ansiedade, a depressão e a perturbação obsessivo-compulsiva (POC). O humorista já várias vezes falou - nos seus canais, em entrevistas televisivas, etc. - dos problemas de saúde mental dos quais sofre e agora publica o livro Somos Todos Estranhos Até Percebermos Que Isso é Normal, que é um testemunho poderoso e de grande honestidade.
Este livro, que pretende que contribua para o diálogo em torno da saúde mental, estará disponível nas livrarias a partir de 7 de Outubro, com o selo da Contraponto, editora que em 2017 também publicou As Marias.

Raminhos lançou recentemente o podcast 'somos todos malucos', conversas sobre saúde mental que podem ser vistas através do seu canal de Youtube, aqui.

Sinopse
A saúde mental não pode ser tabu. Sobretudo numa altura em que a própria trajetória do mundo nos convida a olhar à volta, e depois para dentro, e compreender que não estamos sozinhos nas nossas lutas. Por isso, este é um relato cru, pertinente e, sobretudo, muito útil para qualquer leitor. Neste livro, o humorista António Raminhos partilha um testemunho de grande honestidade sobre a ansiedade, os medos e as obsessões que há muitos anos o habitam e quase o fizeram enlouquecer. E, claro, em vários momentos bem-humorado, porque como o próprio diz, para haver comédia é preciso haver tragédia.
Nestas páginas, os episódios divertidos narrados pelo autor - como a tentativa de sedução de que foi alvo por um homem de metro e meio num bar gay - têm o mesmo valor ilustrativo que os mais emotivos - de que é exemplo o momento em que, vendo-o chorar, conseguiu perdoar e entender o próprio pai. Começando leve e divertido, este livro apresenta-se ao leitor em crescendo, terminando como um convite claro para descobrirmos mais sobre nós próprios. Porque só quando perdemos a vergonha de pedir ajuda ou de partilhar as nossas histórias, os nossos medos, ou as nossas derrotas sem julgamentos é que começamos a entender que somos todos estranhos. E também só nessa altura é que percebemos que isso é normal.

2 comentários:

Ana Machado disse...

Um livro com um assunto muito pertinente e, vindo de um humorista, deve ter outro impacto no leitor.

sonia disse...

Dizem que eu sou engraçada. Já percebi que todo humorista ou pessoa engraçada usa essa fachada para encobrir uma vida com traumas e vivências pesadas demais para serem encaradas sem a máscara do bom humor.