quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

«Reino de Feras», de Gin Phillips

Editora: Suma de Letras
Data de publicação: 02/01/2018
N.º de páginas: 272

Reino de Feras é o quinto romance da escritora americana Gin Phillips e foi lançado no transacto mês de Julho nos Estados Unidos. Esta obra é a primeira incursão da autora no mundo do tríler, após ter escrito dois romances e dois livros direcionados para os jovens-adultos (YA). Fierce Kingdom (título original) é o primeiro livro da escritora que é trazido para Portugal, pela Suma de Letras.
O pano que serve de fundo para a história — que tem um tempo de acção de poucas horas — é um jardim zoológico. A poucos minutos do recinto fechar portas, Joan e o filho de quatro anos, Lincoln, estão ainda longe da saída. Mãe e filho estiveram a desfrutar do jardim, dos animais e dos atractivos que o mesmo tem, como um belo carrossel, e esqueceram-se das horas. Quando ambos aprontam-se para sair do zoo, são ouvidos uns tiroteios e a partir desse momento o apelo pela sobrevivência muda as regras drasticamente: «As regras hoje são diferentes (…) As regras são que temos de nos esconder e não deixar que o homem da pistola não nos encontre.»
Reféns de um trio de rufias, mãe e filho (ambos com uma imaginação fértil: ela é obsessiva na protecção da sua “cria”; ele tem uma mente «complexa e ímpar, tecendo os seus próprios mundos»), juntamente com Kailynn, uma adolescente tagarela, e Margaret, uma professora aposentada, irão testemunhar atrocidades cometidas não pelos animais selvagens tidos em cativeiro no jardim zoológico, mas por homens que se comportam como tal.
À medida que esta história aterrorizante avança, vamos acompanhando até onde Joan é capaz de ir, qual mãe-leoa, para proteger a sua cria dos predadores humanos: «Se alguém tentasse fazer mal a Lincoln, ela seria capaz de lhe espalhar os miolos pelo chão.»
Aflitivo, angustiante e perturbador, com estes adjectivos posso caracterizar de uma forma geral Reino de Feras. Através de uma prosa ritmada, muito descritiva, por vezes inebriante, a autora cria agitação na mente do leitor até ao desfecho da história (que se revela inconclusiva). Há alguns aspectos no enredo que ficam também por explicar e Gin Phillips introduz umas referências na história que nada acrescenta ao romance. Tirando estes apontamentos, para quem é fã de leitura com adrenalina, este romance é recomendado.
Dado que este é um tríler muito visual, posso facilmente imaginar esta história transposta para o cinema. Quiçá!

5 comentários:

Rita Lopes disse...

Quero muito ler este livro.

Claudia Raposo disse...

Tenho muita curiosidade com este livro!

Unknown disse...

Deve ser interessante!

Unknown disse...

Bastante interessante, gostaria de ler esta historia.

Catarina disse...

Fiquei curiosa, tenho que ler este livro