segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Obra-prima de Machado de Assis, «Memórias Póstumas de Brás Cubas», ganha uma nova edição


Depois de reeditados os títulos Casa Velha e Histórias da Meia-Noite, a editora Narrativa lança este mês no mercado livreiro uma nova edição da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicada originalmente em 1881, da autoria de Machado de Assis, o mais importante escritor brasileiro de todos os tempos. Este livro é considerado uma das maiores proezas do escritor, nascido em 1839, num Rio de Janeiro.

Autor de dez romances, de várias dezenas de contos, centenas de crónicas, algumas peças de teatro, muitos poemas e vários ensaios críticos, Machado de Assis (1839-1908) acompanhou a decisiva transição brasileira da Monarquia para a República. Juntamente com intelectuais e colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras, de que é o presidente perpéctuo.

Sinopse
A história é narrada na primeira pessoa por Brás Cubas, um «autor-defunto», que deseja escrever a sua autobiografia a partir do túmulo. O protagonista é um homem oportunista e egocêntrico que se envolve com Marcela, uma prostituta de luxo, e é amigo de infância de Quincas Borba, até que morre subitamente, deixando muito por dizer.
Nesta obra, Machado de Assis desenvolve um novo estilo e utiliza uma linguagem mordaz que, na época, deixaram os críticos confusos e pouco agradados. Com Memórias Póstumas de Brás Cubas, o autor descarta o discurso linear herdado de Flaubert e Zola para adoptar um estilo livre ao género de Sterne e Maistre.
Com este livro, o autor dá início ao Realismo no Brasil, onde retrata a escravidão, as classes sociais e o positivismo no Rio de Janeiro com pessimismo, ironia e indiferença, sem dispensar uma grande dose de humor ao longo de toda a obra.

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