terça-feira, 15 de novembro de 2011

Silêncio - Eugénio de Andrade



O Silêncio

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade
in "Obscuro Domínio"

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Miguel. Não conhecia este blog, mas descobri-o enquanto pesquisava sobre um livro no Google. Gostei bastante desta informação e dos passatempos. Obrigado :)

Miguel Pestana disse...

Eu é que agradeço a sua visita ao blogue.
Já agora qual foi o livro que pesquisou?

Cumprimentos

Anónimo disse...

Pesquisava sobre os livros da Agatha Christie. Fui lendo algumas observações aqui e ali e chegei a este blog. É das poucas vantagens da internet actualmente: permite-nos chegar a um ponto - não sabendo como - e encontrarmos mais do que procurávamos :)