quinta-feira, 3 de novembro de 2016

«Maestra», de L.S. Hilton

Editora: Presença
Data de publicação: 09/06/2016
N.º de páginas: 304
Judith Rashleigh sempre se interessou por arte. Quando termina o mestrado em História da Arte, é logo admitida para trabalhar na British Pictures, uma das principais casas de leilões da cidade de Londres. É com bastante energia e fulgor que esta mulher se apresenta todos os dias nesse trabalho, mas para seu descontentamento Judith percebe que Rupert, o seu chefe, a subestima, e mais grave, envolve-a em negócios fraudulentos.
Após ter descoberto uma falcatrua da leiloeira, ela é despedida, para não pôr em risco a reputada casa de arte, que encobre magnatas e outros respeitados membros da sociedade londrina. Este ponto de viragem na história é crucial para o restante desenvolvimentos da trama e da própria personagem, pois começa a emergir nela um sentimento de vingança aterrador.
Será como acompanhante de luxo que esta mulher, que não olha a meios para chegar ao que quer, conhece James, um dos clientes mais ricos do clube onde ela começa a trabalhar. Será ele, aliais, a primeira das vítimas da ambição pelo poder e pela desforra desta femme fatale, uma assassina sociopata que usa o sexo promíscuo para atingir os seus objectivos.
Foragida, Judith viaja pela Europa gastando em roupa o dinheiro que vai amealhando das suas conquistas, numa jornada de vingança, enquanto se diverte satisfazendo os seus desejos mais prementes seduzindo vários homens.
Maestra, publicado originalmente em Inglaterra a 10 de Março deste ano, é um romance que mistura arte, crime e sexo. A junção destes ingredientes na trama elaborada pela escritora L.S. Hilton é pouco bem conseguida. Tirando as menções sobre História da Arte — e neste ponto, a autora é eficiente (não por acaso ela estudou História da Arte) — ao longo da história, que acrescenta conhecimento ao leitor interessado no assunto, este denominado “romance thriller erótico” escrito com ironia (um pró), não acrescenta não de novo a quem o lê. A narrativa não é cativante, não tanto pela história mas pelo modo fastiento como a autora decidiu apresentá-la por escrito.
«O thriller mais chocante do ano» vem estampado na capa do livro (desta edição da Editorial Presença, da edição britânica e de todas as outras edições internacionais). Em Março, o editor de L.S. Hilton consegue prever tal feito? Na opinião deste blogger, Maestra (no Goodreads, o livro tem 2,82 de rating actualmente, com mais de 6 mil leitores a contribuir para esta pontuação), cuja 1.ª edição por cá esgotou em pouco menos de um mês, não é um livro marcante e não é, de todo, «o thriller mais chocante do ano».

1 comentário:

Ana Vieira disse...

Um livro que vou querer ler no início do novo ano!
Boas leituras e boas festas!