quinta-feira, 21 de março de 2013

«A Vidente», de Lars Kepler

Editora: Porto Editora
Ano de Publicação: 2013
Nº de Páginas: 536
Depois de O Hipnotista (cuja adaptação ao cinema esteve a cargo de Lasse Hallstrom, realizador de Chocolate, As Regras da Casa, Um Refúgio para a Vida, etc.) e O Executor, a Porto Editora publica A Vidente, o terceiro livro do casal sueco de escritores de suspense que tem conquistado os topos de vendas em inúmeros países. Neste novo trilher protagonizado por Joona Linna, a ação principal se desenrola num centro de acolhimento de menores com problemas familiares, sociais e mentais. Nessa instituição Elisabeth e Daniel, enfermeira e psicólogo, estão sempre em vigília, pois as desavenças entre as adolescentes são constantes e podem resultar em ferimentos graves, devido à sua inconstância psicológica. Numa noite são cometidos vários homicídios; Vicky, uma menor e das mais recentes internas, desaparece misteriosamente; uma criança é raptada; Flora, uma mulher com visões premonitórias contacta a polícia, ora dizendo mentiras, ora verdades. O alerta é disparado e é perante este rol de acontecimentos e cenários, e depois de algumas investigações, que o detective Joona afirma: «[Flora] ela sabe mais sobre os crimes do que qualquer outra pessoa.» (p. 439) Joona conheceu um bom número de assassinatos no decorrer da sua vida profissional, mas a extrema violência dos homicídios do presente caso, leva-o a perguntar a si próprio se este não terá sido o pior caso deles todos.
O que acompanhou-me ao longo das 536 páginas desta obra? Momentos de expectativa e de tensão
relativamente ao que iria acontecer nas próximas páginas que folhearia. A que pedalada li? A velocidade de leitura tornou-se do mais célere possível. Sobre o epílogo? É grandioso e não desanima, é o que posso somente afirmar.
Sobre Lars Kepler? Têm uma capacidade excepcional em moldar a história revelando de xis em xis páginas dados novos, algumas «rasteiras».
O senão deste policial? As últimas trinta páginas. Não, o epílogo está definido antes. A partir da página 502 os autores abordam um assunto que em nada tem a ver com A Vidente, mas com o próximo livro deles. Ou seja, é publicidade grátis, forçada. Para quê? O 4º livro da dupla já foi lançado na Suécia e ao ler a sinopse, confirmei o que induzi sobre o intuito das últimas páginas de A Vidente.

1 comentário:

Ana disse...

Apesar de não ser a maior fã deste género literário (leio de tudo, mas há sempre uns que nos prendem mais do que outros), Kepler tem a capacidade de ter uma escrita muito apelativa e que nos prende e com uma descrição de tal forma exata que nos faz crispar as mãos ao agarrar o livro.
Confesso que só li o Hipnotista e ainda não tive a oportunidade de ler mais nenhum...mas fiquei fã. A adquirir numa oportunidade futura.