Sombras do Atlântico da Emigração Açoriana no Brasil, de Luís Mendonça
Tal era a convicção com que os dois sujeitos [engajadores] apresentavam os seus argumentos, tal a visão otimista com que pintavam o Brasil, tal a segurança que transmitiam acerca da eficácia da operação, desde que salvaguardadas as devidas precauções, que aqueles jovens não hesitaram em aceitar desafio tão tentador. O Brasil surgia-lhes, assim, como a possibilidade de promoção social que, de outra forma, eles jamais conseguiriam. Com não colocar os seus destinos nas mãos daqueles dois indivíduos, que pareciam enviados pela Providência Divina, com a celestial missão de ressuscitar as esperanças daquela gente!
Don Juan – A Travessia Interior de Um Mito em Desassossego, de Sara José Calisto
«Munida de um firme bisturi analítico, Sara Calisto revela-se bem-sucedida no levantamento de interrogações que, ora seminais, ora desarmantes, revelam um processo de pensamento in statu nascendi, o que tinge esta reflexão de um amoralismo salutar, no modo como lança essas mesmas perplexidades ao leitor deste labor ensaístico. […] Levando a cabo uma problematização plural em torno do mito de Don Juan, a obra em pauta, colocando particular relevo na análise literária do romance A Mulher que venceu Don Juan, de Teresa Martins Marques, consubstancia uma investigação competente, explorando as grandes questões científicas que o tópico suscita, bem como uma assinalável capacidade de construção teórica, a partir de autores como Kierkegaard, Pierre Brunel, Georges Bataille e Jean Rousset. A presente obra socorre-se, ainda, de uma metodologia científica de permanente diálogo com os principais debates ao nível sócio-cultural e literário-filosófico, evidenciando, com assertividade e acutilância, uma tese bem precisa e irmanando-se, com insofismável propriedade, à ideia perfilhada por Edgardo Dobry que, no seu opus magnum Historia Universal de Don Juan. Creación y Vigencia de un Mito Moderno (2017), se reporta a um mito sem sossego, aludindo não só à figura do insaciável burlador, mas à interminável exegese que sobre o mito se foi produzindo ao longo dos tempos.» - Ricardo Gil Soeiro
Lembranças a Lápis, de Roberto Pereira Rodrigues
Mal recebi o que logo no primeiro momento me pareceu ser um precioso testemunho, refugiei-me no quintal da casa onde nasci, por sorte situado a dois passos do mar, onde, numa brevíssima leitura em diagonal de algumas das suas densas páginas, pude perceber de imediato o que nelas se relatava de forma detalhada: a própria vida da sua autora, começando pelas memórias mais antigas e terminando, como pude mais tarde confirmas, já nos nossos dias, cerca de 70 anos depois dos primeiros episódios relatados nas primeiras páginas.As Ilhas Desconhecidas, de Raul Brandão; Flores do Nosso Jardim, de Raimundo Quintal; Notícias de Lugar Nenhum, de William Morris; Plantas Maravilhosas, de Teófilo Braga.
terça-feira, 22 de julho de 2025
Publicações de Julho das Edições Letras Lavadas
publicado por Miguel Pestana
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