A novela gráfica O Desassossegado Senhor Pessoa foi uma das grandes sensações no mundo da Banda Desenhada em França em 2024 e candidato aos prémios do festival de banda desenhada de Angoulême 2025. A obra, em capa dura, editada pela Levoir, é "um retrato comovente de Fernando Pessoa, um dos maiores escritores do século XX".
O Desassossegado Senhor Pessoa, do francês Nicolas Barral, foi traduzido para o nosso idioma, a partir de L'Intranquille Monsieur Pessoa (Dargaud, Set. 2024), por Ricardo Belo de Morais, escritor, investigador e especialista em Fernando Pessoa (autor de livros como O Quarto Alugado e Transição), que também assina o posfácio.
Texto sinóptico
Simão Cerdeira, um jovem jornalista do Diário de Lisboa é indicado para escrever o obituário de Fernando Pessoa, porque corre o rumor, em Novembro de 1935, de que o poeta está doente e morrerá em breve. Mas Cerdeira nada sabe sobre o poeta lançando-se numa investigação, percorrendo o seu rasto, entrevistando as principais testemunhas da vida desta enigmática figura.
Ao mesmo tempo, Pessoa prepara a sua morte. Na altura Fernando Pessoa trabalhava nos textos do Livro do Desassossego, do heterónimo Bernardo Soares.
«Dizem que Pessoa tinha um baú cheio de milhares de textos, uma espécie de caixa de correio onde todos esses escritores vinham regularmente deixar os seus manuscritos. Um baú cheio de pessoas que talvez só existam na imaginação do seu dono.»Críticas
«O Desassossegado Senhor Pessoa é mais do que uma simples biografia ilustrada. É uma meditação que respeita a memória de Pessoa sem a enclausurar. Nicolas Barral, com sensibilidade e mestria, oferece-nos uma história que não pretende decifrar o poeta, mas acompanhá-lo nos seus últimos passos, através de uma carta de amor à Lisboa dos anos 30, ao mistério da criação artística, e ao homem que, do seu baú, deu voz a muitos outros homens e que continua, desassossegadamente, a falar connosco. Saibamos nós ouvi-lo.» Hugo Pinto, Blogue Vinhetas 2020
«(...) um belo tributo ao autor de Mensagem, que tem edição recente da Levoir e autoria do francês Nicolas Barral que, como já tinha feito em Ao som do fado, ambientado no estertor da ditadura, volta a usar Lisboa como palco de um romance gráfico, aqui com uma belíssima reconstrução da capital nos anos 1930, perfeitamente reconhecível como lugar real e não um artifício vazio para tornar mais cativante a obra.» Pedro Cleto, Jornal de Notícias
«Do ponto de vista técnico, esta obra está muito bem conseguida. Já tinha lido Ao Som do Fado, do mesmo autor, e também me agradou imenso. (...) Uma leitura imprescindível para todos os admiradores do poeta e para quem quiser aproximar-se da sua complexa e fascinante figura.» Urbon Adamsson, GoodreadsO autor
Nicolas Barral, nasceu em Paris, é argumentista e desenhador, tendo vários álbuns publicados em Portugal, nomeadamente Ao Som do Fado (2020) e três volumes da série As aventuras de Philip & Francis, co-assinado com Pierre Veys.Outras novelas gráficas recentes
Rumo ao Sul; O Caderno Azul-Depois da Chuva.
Sem comentários:
Enviar um comentário