domingo, 30 de junho de 2019

A 19 de Julho dão entrada nas livrarias novos livros da Quetzal

Um Inverno, Sete Sepulturas, de Christoffer Petersen
Na remota comunidade ártica de Inussuk, no final de cada verão, são cavadas sete sepulturas antes que o solo congele. À medida que o inverno se aproxima, a questão que se coloca é se serão em número suficiente. Neste primeiro livro de uma série que tem a Gronelândia como cenário, aparece a figura de David Maratse, um polícia prematuramente reformado que pretende levar uma vida calma, caçando e pescando, observando as baleias e os icebergs que se deslocam lentamente pelo fiorde.
Mas quando, durante a pesca, encontra o corpo da filha desaparecida da primeira-ministra Nivi Winther, torna-se o principal suspeito e, em simultâneo, o investigador do homicídio mais célebre da Gronelândia.

O Comboio da Noite, de Martin Amis
Mike Hoolihan, uma mulher polícia de uma cidade americana, depara-se com a morte suspeita da jovem Jennifer Rockwell. Mike conhecera-a: era muito bela, inteligente, amorável, gregária, uma criatura extraordi-nariamente adorada por toda a comunidade. Encontrá- -la morta em casa, com um tiro na cabeça, foi um choque tremendo, e maior ainda foi a perplexidade quando todos os indícios apontaram para o suicídio. Até mesmo o facto suspeito de terem sido disparados não um mas três tiros pôde ser rapidamente explicado.
Quando Mike se preparava para dar o caso por encerrado, o pai de Jennifer, antigo polícia e chefe de Mike, pede que esta olhe para o caso uma segunda vez. Tom Rockwell fora o amigo que a ajudara a reabilitar-se de um hábito alcoólico quase fatal - e não iria descansar enquanto não encontrasse uma explicação satisfatória. Porém, à medida que Mike vai investigando e sabendo mais sobre Jennifer Rockwell, a possibilidade de encontrar uma motivação linear vai-se tornando cada vez mais remota, e a verdade por trás daquela morte voluntária é cada vez mais perturbadora.
Ao invés dos livros que o precederam (e que, no geral, fomentam o distanciamento crítico do leitor), este romance de Martin Amis promove a proximidade e a empatia com a sua narradora e protagonista, faz com que o leitor sinta e sofra com ela, enquanto a narrativa segue a receita clássica de uma boa história americana de detetives.

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