quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Entre as novidades da Presença constam «O Homem que Caiu na Terra» e «Um Gato em Tóquio»

A 17 deste mês, a Presença publica Invisível, Desejar - Again 5 e O Homem que Aprendeu a Dar Para Receber. Além destes títulos, chegarão às livrarias: O Homem que Caiu na Terra, um clássico da ficção científica de Walter Tevis, «que nos faz confrontar com a imagem que temos de nós, humanos, quando pensamos no nosso lugar na terra»; e da autoria de Nick Bradley, o livro Um Gato em Tóquio, «um romance onde o Japão e a magia felina se juntam de forma tão delicada quanto arrebatadora».

Thomas Jerome Newton vem de Anthea para a Terra numa missão desesperada: salvar os poucos habitantes que ficaram no seu longínquo e desconhecido planeta. O primeiro passo é construir, aqui, uma nave que traga os 300 seres da sua espécie de um planeta sem água - e onde os outros recursos são cada vez mais escassos - para a Terra.
Com uma inteligência bastante superior à dos humanos, Newton torna-se rapidamente um empresário muito bem-sucedido, na área das patentes tecnológicas, mas descobre também a solidão, a ausência de esperança e o álcool.
Esta imagem do ser extraterrestre confrontado com o lado mais humano da vida na Terra oferece-nos uma finíssima parábola da década de 1950, do início da Guerra Fria e das mudanças que o mundo enfrentava nesses anos de extraordinária viragem.
A força da escrita e a tensão poética desta delicada história permitiram fazer de O Homem que Caiu na Terra - adaptado ao cinema em 1963, por Nicolas Roeg, com David Bowie a estrear-se no grande ecrã como protagonista - uma das ficções científicas mais realistas de sempre, uma metáfora perfeita da angústia e da solidão existenciais da espécie humana.


Ah, Tóquio: uma das cidades onde o futuro mais brilha no Japão. Novas estradas, guindastes que levam as torres até ao céu, um ritmo frenético que invade toda a metrópole. No entanto, no bairro de Asakusa, ao lado do templo mais antigo da cidade, há uma loja pequenina que permanece intacta desde tempos imemoriais. É nela que, certo dia, entra uma rapariga com um pedido especial: quer que o tatuador use as tintas mais vivas para desenhar Tóquio nas suas costas - quer um retrato da cidade mas… sem presença de humanos.
O tatuador aceita o desafio, que demorará meses a concluir; porém, não resiste a desenhar um gato mesmo em frente à estátua de Hachiko. Na sessão seguinte, incrédulo, não encontra o gato nas costas da rapariga. Procura, procura e acaba por ver que mudou de lugar, estando agora escondido atrás de um prédio. O mesmo voltará a acontecer, e o felino reaparece num telhado de uma estação. O que o tatuador não sabe é que desde o dia em que desenhou aquele ser, há um gato que vagueia por Tóquio, encontrando pessoas com histórias de vida muito diferentes: um sem-abrigo que vive num hotel abandonado, um motorista de táxi que enviuvou, um menino tímido que precisa desesperadamente de um amigo, um funcionário de uma loja de conveniência que procura o seu grande amor… o gato aparece-lhes fugazmente, e nenhum deles parece notar que aquele felino é uma espécie de força que os impele a procurar o verdadeiro sentido das escolhas, da vida… Um ser que os une, de forma inesperada e mágica.

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