quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Está a chegar «Vladimir», um romance sobre desejo, culpa e a mudança dos costumes sexuais


Catarina Ferreira de Almeida assina a tradução para Português de Vladimir, o livro de estreia da nova-iorquina Julia May Jonas, que a Quetzal Editores vai publicar a 21 de Setembro.
É tido como um romance «surpreendente, inteligentíssimo e cheio de humor, sobre o desejo, a vergonha e a culpabilização nas relações, e sobre a mudança dos costumes sexuais entre gerações.»

Texto sinóptico
Professora de Literatura numa universidade americana, a narradora desta história é extremamente popular junto dos alunos e entre os seus pares. Tem um longo casamento com John, também ele um professor apreciado, união essa que, por comum acordo, lhes deu sempre espaço e liberdade para outras experiências e aventuras. Mas ela encontra-se num mau momento: foi aberto um inquérito sobre as relações que o marido manteve com várias alunas ao longo dos anos. E, para complicar as coisas, entra em cena um jovem professor, Vladimir Vladinski, brilhante romancista com um extraordinário primeiro livro publicado, e a sua igualmente fascinante mulher, uma jovem memorialista. É aí que a nossa narradora desenvolve uma obsessão destrutiva pelo magnético professor, de quem inveja a juventude e o sucesso literário. A fixação dela vai culminar no sequestro de Vladimir e num confronto tragicómico - uma maravilhosa homenagem a Stephen King.

«Uma estreia que celebra a transgressão.»
The New York Times

«Em Vladimir, o desejo de uma mulher leva-a a lugares perigosos.»
The Washington Post

Primeiro parágrafo
«Embora eu já o tivesse visto e ouvido falar durante o seminário, no almoço dos candidatos ou nos retiros da faculdade, a oportunidade de trocar mais do que umas breves palavras com Vladimir só surgiu no semestre de outono. Quando nos cruzáramos pela primeira vez na primavera, depois de ele ser contratado como professor assistente a tempo inteiro, eu fazia tudo por chegar tarde a todos os eventos da faculdade, e por sair cedo, para não ter de falar com as pessoas. Sentar-me a três cadeiras de distância de Florence já era, para mim, um esforço no limite do suportável – relâmpagos de ira saíam-me disparados da vagina para as extremidades. Sempre senti que a origem da minha ira residia na vagina, e até me surpreende que isso não seja mencionado mais vezes na literatura.»

Outras novidades da editora: O Sexo das Mulheres e O Demónio da Depressão (2.ª edição).

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